quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Tempo de doces negócios

Data comemorativa aquece as vendas e empresárias diversificam os produtos

Foto: Fernando Pscheidt
Brigadeiros variados são uma opção diferenciada

Cuiabá - Difícil de resistir a ele - o chocolate é uma delícia que impulsiona inúmeros negócios. Empreendimentos de todos os tamanhos e formatos usam como matéria-prima esse ingrediente proveniente do cacau. Entre os pequenos negócios, não é diferente. Empreendedores Individuais (EI), micro e pequenas empresas (MPE) aproveitam o período da Páscoa para criar novos produtos, aplicar estratégias diferentes, incrementar as vendas e fazer investimentos visando o crescimento do negócio. 

É o caso da empresária Audiley Aparecida de Freitas, 29 anos, proprietária da Ki Delícia Chocolate, de Tangará da Serra, a 239 km de Cuiabá. Aberta há um ano, a microempresa está sendo preparada para ser Limitada, o que deve ocorrer ainda este ano. Audiley começou fazendo docinhos de leite em pó e alguns clientes questionaram porque não fazia ovos de Páscoa. “Ao começar a fazer ovos e bombons, me encontrei”, conta a empresária que trabalha com chocolate há 11 anos. 

Com um mix de mais de 60 itens, entre ovos decorados, recheados com sabores clássicos como trufado, prestígio e maracujá, novas texturas como os marmorizados, coloridos e formatos diferenciados como tabletes e placas escritas, a empresa dobra a produção e as vendas nesta época do ano. “A Páscoa é o meu Natal”, constata a empresária.  “Este ano, vamos processar dois mil quilos de chocolate. Se tivermos encomendas de algum supermercado, esse volume tem que ser aumentado. Ao todo, são dez pessoas na produção e, se preciso, viramos a noite trabalhando para atender a todos os pedidos”, informa. 

Ele relata que aproveita o período de Páscoa para fazer novos investimentos e expandir o negócio. “Toda inovação na empresa e compra de maquinário, eu faço nesta época. Além de melhorias físicas”, revela, acrescentando que esse ano vai lançar sua marca própria, a Chocoey. 

Audiley fez o Empretec, seminário aplicado pelo Sebrae com a finalidade de desenvolver o espírito empreendedor dos participantes. Ela diz que o crescimento da sua empresa está acontecendo dentro do previsto no plano de negócio que fez. “As capacitações abrem a cabeça do empresário”, constata. 

Chocolate é também a matéria-prima da empreendedora individual Rosany Ortiz, que produz brigadeiros enrolados e de colher. A principal marca de sua empresa, a Doce Brigadeiro, é ter sabores regionalizados – pequi, furrundu, pixé, guaraná, entre outros. Para essa Páscoa, a empresária planeja lançar novos sabores, de caju, manga, castanha-do-brasil, e incluir outros clássicos - quindim, amêndoa e nozes, por exemplo. As novidades já estão sendo testadas. Outro diferencial são as embalagens em formato de coelho, caixas mais bonitas e propícias para presente. 

Rosany participa de festivais de Chocolate, uma estratégia para divulgar ainda mais seus produtos e aumentar o leque de clientes. No mercado desde o ano passado, ela tem uma funcionária, mas tem consciência de que vai precisarde mais gente na produção nestes dias que antecedem a Páscoa. 

Finalista do concurso O Melhor Brigadeiro do Brasil, organizado por uma multinacional, ela vende uma média de 400 brigadeiros por dia, atendendo pedidos feitos pelas redes sociais da Internet, por telefone e levando os produtos a empresas e instituições públicas e privadas. O uso de uma máquina para cartões de crédito e débito também facilita para os clientes e estimula as vendas. 

Há dois anos no mercado, a Cookeluxo, de Rosana Ferraz, produz e comercializa um mix de cerca de 100 produtos feitos com chocolate. São cestas de ovos de Páscoa, trufas, bombons, saquinhos com barras de chocolate e muito mais. Segundo a empresária, das datas comemorativas, a Páscoa está em segundo lugar no faturamento do empreendimento, ficando atrás apenas do Natal. “Na Páscoa temos um aumento nas vendas da ordem de 80% e procuro fazer coisas para chamar a atenção, sobretudo das crianças, que motivam os pais a comprarem”, conta. 

“Aproveitar a sazonalidade é importante para os negócios, mas é preciso criar outras estratégias para faturar durante todo o ano e não deixar equipamentos e estrutura ociosos”, alerta Rosana Rocha, da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae em Mato Grosso. Segundo ela, o primeiro passo é conhecer bem seus consumidores, trabalhar a carteira de clientes e desenvolver ações de marketing para saber o quanto de produto pode ser absorvido pelo mercado. “Tentar aproveitar todas as datas e criar outras oportunidades ao longo do ano é um ponto importante para a sobrevivência e desenvolvimento do negócio”, ressalta.


Fonte: Agência Sebrae de Notícia
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Por que é tão difícil conciliar empresa e lazer?

Gerenciar o tempo entre trabalho, lazer e família é uma tarefa árdua para empreendedores

Foto: Divulgação

Porque é tão difícil conciliar empresa e lazer? 

(Respondido por Christian Barbosa, especialista em produtividade)

Hoje em dia, todo mundo anda ocupado e cheio de coisas para fazer. O problema é: será que você está ocupado com as coisas que realmente deveria estar fazendo? 

Temos muito trabalho e quase nenhum tempo. Se não formos capazes de selecionar as coisas que trazem mais resultados, recusar as tarefas desnecessárias e saber resolver rapidamente as urgências, vamos acabar esgotados, estressados e sem disposição para fazer nada pessoal.

Se não aprendermos a gerenciar nosso tempo no trabalho, a vida pessoal pula para um segundo plano e só fazemos algo pessoal quando sobra um tempo ou quando ir ao médico, por exemplo, se torna urgente. 

É vital colocar você na agenda: seu lazer, hobbies e coisas que te dão prazer. Uma forma de fazer isso é planejar pelo menos 3 dias com antecedência e evitar o erro de planejar o dia seguinte, que não te permite grandes escolhas de tempo. 

Aprenda a limitar seu tempo de trabalho e torne a hora extra uma exceção e não um padrão em sua vida. Busque amigos ou familiares e envolva-os em atividades fora do trabalho, assim eles te motivam a não furar. Não deixe a vida para depois, os juros que ela cobra podem ser carros demais. 

* Christian Barbosa é cientista de computação e especialista em administração de tempo e produtividade.


Fonte: Revista Exame

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Como se dar bem no franchising

Donos de lojas de seis famosas redes dão sugestões para quem deseja começar no ramo de franquias

Foto: Divulgação 

São Paulo - Apesar de ser um mercado em expansão, com uma previsão de crescer 15% este ano, segundo estimativa da Associação Brasileira de Franchising (ABF), franquia não é garantia de sucesso. É preciso pesquisar muito sobre a marca de interesse, conversar com franqueados e também com quem desistiu do negócio. Além disso, ter compatibilidade com as diretrizes é essencial para o bom andamento da empresa. 

A pedido de Exame.com, seis franqueados considerados promissores por suas redes deram dicas e conselhos para quem deseja entrar nesse mercado. Não se acomodar, investir na divulgação local da marca e entender a metodologia da franquia foram algumas das estratégias seguidas por eles. Confira o que cada um deles ressaltou como indispensável na hora de gerir uma franquia.

1) Seja persistente

Não desistir diante das dificuldades foi primordial para o sucesso das 14 lojas que Fernando Carbonell tem da marca de cosméticos O Boticário. “Não se pode perder o foco mesmo quando existir dificuldade. Tem que resistir à tentação de voltar para o mercado de trabalho, insistindo e acreditando sempre”, avalia o empresário.

Segundo ele, estudar e conhecer o mercado em que vai atuar também é essencial. “Isso vai implicar na gestão de pessoas, processos e resultados”. Carbonell destaca, ainda, o respaldo da franqueadora, que passa segurança e confiança ao franquiado. “Franquia é um excelente negócio, desde que o franqueador tenha competência e comprometimento com seus franqueados, em um relacionamento parceiro.”

2) Vá além das orientações

Com 15 lojas em funcionamento em 3 estados nordestinos e previsão de inaugurar mais 20 unidades da SOS Profissional até o ano que vem, Pedro Alves Pereira da Rocha Junior apostou na inovação. “Como estávamos longe da franqueadora, cuja sede fica no Sudeste, começamos a caminhar com as próprias pernas e desenvolvemos ações e metodologias próprias de administração que nos proporcionou um desenvolvimento maior", conta.

Junior destaca que, para se adequar à realidade do Nordeste, precisou oferecer os mesmo serviços da rede SOS a preços mais baixos. Da mesma forma, o empresário adicionou serviços para que os clientes pudessem perceber o valor dos cursos. “Agregamos cursos adicionais, serviços de encaminhamento ao mercado de trabalho, desenvolvimento de sistemas operacionais e informatização interna”, explica. Segundo ele, alguma ideias acabaram inclusive sendo levadas para outras unidades da rede em outros estados.

3) Entenda a metodologia da franquia

A dica do franqueado da escola de idiomas CCAA José Lyra para quem pretende investir em franquias é entender bem a proposta da franquia. “É essencial saber o que a empresa pretende entregar a seus clientes, as estratégias e conjunto de ações utilizadas", ressalta.

Ele conta que sempre procurou seguir a proposta da franqueadora em suas duas unidades no Rio de Janeiro, abertas em 2002. “A CCAA é focada no resultado alcançado pelo aluno ao final do curso. Dando atenção a isso, temos vários alunos que se tornaram instrutores de ensino e que, ao concluir o curso, são contratados como professores", exemplifica.

Segundo explica, a escolha por não abrir mais unidades da escola deve-se a uma estratégia administrativa. “Em uma cidade grande, como o Rio de Janeiro, cada bairro tem suas peculiaridades e preferi focar nas duas áreas de influência onde me instalei inicialmente.”

Dono da ideia de oferecer um workshop de preparação para o processo seletivo da Disney, que contrata universitários para trabalhar nos parques temáticos durante as férias escolares, Lyra ressalta o sucesso. “Todos os anos, enviamos alunos e ex-alunos para participar desse programa.”

4) Elabore bem seu plano de negócios

O franqueado da Cacau Show Cleber Bairari, há oito anos na rede, destaca o plano de negócios como essencial ao empreendedor que está começando. “O pilar primordial seria a questão financeira, que deve ser planejada dentro do plano de negócios”, sugere.

Para o empresário, todo início de negócio exige um grande investimento e é importante que o empreendedor tenha capacidade financeira. “Quando entramos na Cacau Show, existia um forte preceito para que tivéssemos capital disponível e não precisássemos captar em nenhuma instituição financeira”, explica.

Bairari acredita que, além do cuidado com as ações de marketing e lançamentos, é necessário investir em bom atendimento. “Temos atendentes sempre disponíveis para ouvir ideias que os clientes sugiram. O bom atendimento é o que cativa o cliente e o faz retornar à loja”, diz. 

5) Divulgue a marca

Logo que abriu sua primeira unidade da L’acqua di Fiori, em Francisco Beltrão, no Paraná, Adriana Dalponte investiu na divulgação da marca pela cidade. “Colocava uma placa na porta da loja com a frase “volto logo” e saía para vender de porta em porta, utilizando até um auto-falante”, lembra. O sucesso fez com que a empresária abrisse a segunda loja em Cascavel, no mesmo estado.

A aposta de levar produtos até os clientes e a divulgação visual da marca foram as apostas da empresária. “Hoje contamos com três veículos personalizados e  isso também nos trouxe o aumento de clientes e de revendedoras na região, fortalecendo cada vez mais a marca”, ressalta Adriana.

Ela acredita que o sucesso se deve mais ao trabalho em equipe do que a uma visão de futuro. “É resultado de equipes que trabalham felizes, amam o que fazem e se sente parte do negócio”, afirma a empreendedora que participa pessoalmente dos treinamentos de funcionários e aceita sugestões dos colaboradores "sempre que há algo a dizer.” 

6) Respeite as características da sua região

Após 10 anos como funcionário do grupo Spoleto, Fabiano Lot decidiu abrir sua primeira unidade da franquia em 2009. Hoje já são oito lojas em funcionamento e duas a serem inauguradas até o próximo ano.

Com a diversidade de localidades, o empresário investiu em campanhas isoladas, de acordo com as peculiaridades de cada região. “Em um shopping mais popular, ataco com promoções voltadas a preços, fazendo combos para atrair clientes. Nas lojas que atendem os públicos A e B, foco em produtos diferenciados apesar dos preços mais altos”. Como destaca, o padrão de atendimento da marca é seguido, mas o trabalho ocorre de forma diferente em cada loja.

Para o empresário, o importante é ter atenção ao que está em volta de cada loja. “Faço parceria com concessionárias, escolas e agências bancárias que tem na região, oferecendo pacotes fechados para os funcionários”, explica. 

7) Participe ativamente do negócio

O casal Ricardo Moura Gois e Mônica Carla Gois nunca trabalhou tanto desde que adquiriu uma franquia. “Mesmo com uma franquia conceituada não se pode dar ao luxo de abandonar o balcão”, afirma o dono de sete lojas da Água de Cheiro.

Gois acredita que o grande erro de novos franqueados é acreditar que as coisas acontecem sozinhas. “Hoje, mesmo depois de 20 anos como franqueado da Água de Cheiro, permaneço tocando de perto cada uma das unidades", conta.

O empresário diz que divulgação regional da marca é um impulso para mais vendas. “Nossas lojas são todas em Aracajú, cidade com 500 mil habitantes e temos a meta de chegar a uma loja para cada 7 mil habitantes”, projeta. Ele conta, ainda, que a visibilidade da marca faz com que surjam muitos convites para abrir novas lojas na cidade. 


Fonte: Revista Exame




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

PMEs não podem ignorar as redes sociais

"Se você não colocou sua empresa lá, alguém já fez isso por você", diz Felipe Morais, em palestra na Campus Party 

Foto: Divulgação
São Paulo - Você não quer aparecer nas redes sociais? Esqueça isso, ordena o especialista Felipe Morais. Praticamente todas as empresas, sejam grandes ou pequenas, já foram comentadas no Twitter, citadas em vídeos no Youtube ou em páginas do Orkut ou do Facebook. “Se você não colocou a sua marca lá, alguém já fez isso por você”, anuncia.

Um dos grandes erros que um negócio pode cometer atualmente, segundo ele, é ignorar o movimento das redes sociais e as vantagens que elas podem trazer para a credibilidade da marca. “Pode ser um comentário bom no Twitter ou uma reclamação no Foursquare. Você pode perder oportunidades de negócios”, alerta Morais.

Em sua palestra, no Like a Boss, espaço do Sebrae na Campus Party, Morais citou o exemplo das revendedoras de carros. Segundo ele, muitas vezes, os clientes já chegam à loja sabendo mais informações sobre o modelo que procuram do que o próprio vendedor. As informações estão em sites e nos comentários das redes sociais. “A empresa precisa estar nas redes e saber o que estão falando a respeito dos produtos que ela revende. Depois preparar o vendedor para conversar com o cliente a respeito disso”, recomenda.

As empresas precisam planejar como vão aparecer nas redes sociais. Morais sugere que o empresário participe das redes para saber o que estão falando da sua marca. “Acompanhe sistematicamente até encontrar um objetivo para participar de uma determinada rede. Se o seu negócio é apenas ganhar dinheiro, reveja a estratégia. As redes sociais são feitas por pessoas que querem relacionamento”, assevera. Morais explica que o consumidor de uma marca quer ouvir mas também quer falar. Então a empresa precisa responder aos questionamentos e também disponibilizar vários pontos de contato de relacionamento na internet (e-mail, fale conosco, SAC 2.0).

Outra preocupação é não ter pressa para ver os resultados. A relação de confiança entre o cliente e a marca nas redes sociais é fundamental. Por isso, assim como uma pessoa não casa com o primeiro que aparece, os usuários também conversam muito antes de seguir alguém no Twitter ou curtir uma fanpage no Facebook. “Mas quando isso acontece, as pessoas falam bem do seu produto gratuitamente, indicam para outras pessoas, falam sobre a experiência”, alerta.
Morais afirma que, na internet, as pessoas não gostam de marcas egocêntricas. Aquelas que falam apenas de suas qualidades e desempenho, sem levar aos seus seguidores informações interessantes. “Fique atento aos posts que não têm nenhum comentário. Isso é ruim”, opina. Ele também recomenda que os empresários busquem engajamento. “Sessenta milhões de pessoas no Brasil acessam blogs todos os meses. É possível que muitos desses sites tenham relação com a atividade que você exerce. Converse com os blogueiros, sugira assuntos. Pense em uma forma de engajamento”, sugere.

Por último, ele recomenda que o empresário avalie a participação em uma rede social sobre os seguintes aspectos: economia com a conta do telefone 0800, relacionamento direto com SAC 2.0, relacionamento do usuário com a marca, indicações, recomendações e elogios, economia em pesquisas de opinião.

Fonte: Estadão PME

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Jovem empresário compra pizzaria e transforma negócio em rede com faturamento de R$ 3,3 mi

Empreendedores transformaram a rede O Pedaço da Pizza em negócio promissor

Foto: Joaquim Floriano
 
Pedro e o amigo de infância compraram a pizzaria que frequentavam
No primeiro mês à frente da rede de pizzarias O Pedaço da Pizza, Pedro Morganti, de 29 anos, comemorou um importante resultado: economizar dez quilos de queijo no preparo das redondas. Essa seria a primeira de uma série de mudanças para transformar uma empresa até então estagnada em rede de franquias lucrativa e com potencial para transformar-se em uma das maiores do ramo no País.  

Nos últimos dois anos e meio, ele promoveu cortes de custos e reestruturações para profissionalizar a gestão, criar processos e preparar o terreno para uma expansão acelerada. E os primeiros resultados já aparecem. Lançada em maio de 2011, a franquia O Pedaço da Pizza já tem quatro lojas em São Paulo – outras três são próprias. E a partir de maio, será vendida a outros estados. “Nosso plano é levar o estilo norte-americano de comer pizza para todo o Brasil”, diz Morganti.

É justamente o estilo casual e descolado de vender pizza que tornou-se o diferencial da rede. No mercado desde 1998, a marca foi criada por um empresário que queria solucionar o problema de jovens que, como seus filhos, frequentavam casas noturnas e tinham dificuldade de encontrar um lugar aberto onde comer na madrugada. Por isso, para rivalizar com as redes de fast-food, o local vende pizzas fracionadas e funciona em horário incomum: começa ao meio-dia e vai até o início da manhã. 

Frequentador assíduo do estabelecimento, Morganti investiu na rede, com a ajuda do amigo de infância Danilo Iacovone, no momento que ficou sabendo que o local estava à venda. “Percebemos que era um negócio com grande potencial de crescimento, mas que não estava sendo bem gerido”, explica. Sem nenhuma experiência prévia como empreendedores, eles enfrentaram muitos desafios para profissionalizar o negócio. 

“Comprar uma empresa não é fácil porque você precisa refazer muito trabalho”, afirma Morganti. Um dos principais impasses enfrentados por ele, por exemplo, foi adaptar os funcionários a nova cultura da empresa. “No começo nós escutávamos muito o que eles tinham a dizer porque eles conheciam a operação melhor do que nós”, relembra. “Mas para conquistá-los, tivemos que mostrar que mudanças podem ser boas”, lembra. 

Entre as alterações estava o acréscimo de novos produtos ao cardápio, como calzones, massas e saladas. Um serviço de buffet para festas e eventos também foi incorporado ao portfólio da empresa. O novo cardápio atraiu mais clientes no horário do almoço, período hoje responsável por 40% do faturamento total da rede. Dessa forma, em três anos, o ticket médio da loja subiu de R$13 para R$ 16 e o faturamento cresceu de R$ 2,2 milhões em 2008 para R$ 3,3 milhões em 2011 – alta de 50%.

Com a venda de franquias, o plano é dobrar o número de lojas nos próximos quatro anos e chegar a 50 até 2015. Uma franquia da rede O Pedaço da Pizza custa a partir de R$ 300 mil e tem faturamento estimado em R$ 70 mil. 

Cuidado

Apesar da experiência bem-sucedida de Morganti, comprar uma empresa não é tarefa indicada para iniciantes, afirma o consultor do Sebrae- SP Gustavo Carrer. “É um processo que exige experiência para que o empresário não descubra problemas escondidos depois de o negócio estar fechado.” 

Além da experiência prévia, o candidato a empreendedor precisa avaliar os benefícios da operação, fazer auditoria para identificar eventuais erros e inconsistências nos indicadores de resultados e avaliar o quanto a empresa e seu ramo de atuação são promissores. “É importante ainda falar com consumidores e fornecedores para detectar qual a imagem da empresa no mercado.” 

Já Batista Gigliotti, especialista em compra e venda de empresas, destaca que a aquisição de um negócio traz vantagens, mas é preciso paciência. “O comprador deve entender que existe uma outra cultura no negócio e que é preciso calma e planejamento para fazer a transição.”
 
Fonte: Estadão PME

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Os 7 erros mais comuns dos homens de negócio malsucedidos

Se você estiver cometendo um ou mais deles, fique atento – o fracasso está bem próximo  

Por: Daniel Barbosa  
Foto: Getty Images  

São Paulo - O mundo corporativo é repleto de homens de negócio que sabem fazer a diferença. Seja porque tomam decisões rápidas, porque administram bem a companhia em um momento de crise, ou, até mesmo, porque conseguem formar uma equipe alinhada com os interesses da empresa. 

Mas as empresas não contam apenas com bons executivos. O professor Sydney Finkelstein, especialista em gestão, decidiu investigar a fundo os fracassos empresariais e os principais erros cometidos por administradores malsucedidos. 

Durante seis anos, Finkelstein estudou 50 empresas e realizou mais de 200 entrevistas com executivos que fracassaram. Ao final, o professor reuniu 7 erros comuns e fatais cometidos por eles:  

Dominam o ambiente: um dos erros mais comuns dos executivos fracassados tem a ver com a ideia de eles se enxergarem como a própria companhia, ou seja, têm a necessidade de dominar o ambiente a ponto de não permitir a evolução natural da empresa.  

Não separam interesses pessoais e profissionais: eles se identificam tanto com a empresa, que não existem barreiras entre seus interesses pessoais e os interesses da companhias. Na cabeça deles, trata-se de uma única coisa.  

Têm todas as respostas: eles se julgam tão capacitados que têm todas as soluções para todos os problemas da companhia. Normalmente, costumam ser rápidos na hora de propor soluções  

Ninguém é mais capaz que eles: alguns executivos se consideram tão completos, que acreditam que não precisam de mais ninguém, mesmo porque, ninguém poderia ter uma ideia ou solução melhor que a deles.  

Não voltam atrás: quando tomam uma decisão, mesmo que seja a errada, normalmente não dão o braço a torcer.  

Têm dificuldade para superar obstáculos: ficam intimidados com obstáculos e não conseguem encarar um problema como algo temporário e que pode ser ultrapassado.  

Gastam tempo demais com a imagem da empresa: alguns gestores acreditam que só precisam cuidar da imagem da companhia e esquecem que também são pagos para resolver outros tipos de problemas. 

Em resumo, os que realmente fracassam não têm a humildade de admitir as próprias falhas, simplesmente porque se acham perfeitos. É claro que, se você percebeu que está cometendo um ou mais dos erros listados acima, ainda há uma esperança – e mude o quanto antes. 

Fonte: Revista Exame

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Dez erros que podem levar qualquer empresa à falência

Falta de conhecimento, problemas com a sociedade e até contratar um empréstimo errado podem acabar com seu negócio

Foto: José Patrício

Fábio e Adriano sabem levar muito bem a sociedade
O cenário econômico em 2012 sugere cautela e cuidado ao pequeno empresário, principalmente se a crise na Europa desembarcar no Brasil. Por isso, é preciso controlar como nunca as finanças do seu empreendimento. E mais do que isso: o empresário precisa ter atenção total aos erros que podem levar qualquer empresa à falência, principalmente em um momento onde a economia - ao que tudo indica - não ajudará tanto assim os pequenos negócios.

Pensando nisso, o Estadão PME consultou o Sebrae de São Paulo para elaborar uma lista de erros triviais e perigosos que podem - isoladamente ou em conjunto - contribuir para o fechamento de um negócio de pequeno porte.Entre esses erros está a remuneração dos sócios, muitas vezes incompatível com a situação financeira da empresa.

A relação entre os sócios de um negócio, aliás, é sempre delicada. E por isso mesmo requer muito cuidado. Donos da rede de franquias Rizzo Gourmet e também do restaurante Le Marais, os empresários Adriano Bernardes e Fábio Moro dizem ser mais fácil manter a amizade do que a sociedade, mas contam que superam as diferenças porque têm perfis semelhantes. “Na hora de escolher o sócio deve-se avaliar se ele tem o mesmo objetivo, se você conviveria bem com essa pessoa e se ambos chegariam a um entendimento durante uma discussão”, aconselha Adriano.

Conheça os dez erros que podem levar qualquer empresa à falência:

1º erro: confusão
Confundir os gastos pessoais com os gastos da empresa, quase sempre, levam o negócio para o buraco.

2º erro: plano de negócios
Começar uma empresa sem um plano de negócios, na opinião de muitos especialistas, pode ser o primeiro passo para o fracasso.

3º erro: investimento errado
O empresário tem dinheiro, faz o investimento que imagina necessário, mas não leva em conta quais são as reais necessidades operacionais do empreendimento.

4º erro: ausência de controle
O empreendedor não faz o controle de custos e também ignora qual é o volume de compra, de vendas, quais são os níveis do estoque ou a situação das finanças do negócio.

5º erro: capital de giro x prazo de venda
É preciso estabelecer o prazo de venda do seu produto levando em consideração o capital de giro da sua empresa.

6º erro: acumular dívidas
Ter dívidas é sempre ruim no empreendedorismo. Mas ter dívidas e usar recursos emprestados a uma taxa de juros alta para saldar esses débitos é meio caminho andado para o fracasso.

7º erro: análise

Vender em prestações é um artíficio que deve ser usado pelas empresas. Mas cuidado: é preciso fazer uma análise criteriosa a respeito da situação financeira de quem está comprando. Por isso, solicite comprovante de renda, de residência e outros documentos que ajudam você a ter segurança na venda.

8º erro: inexperiência
Se você - ou seu sócio - não conhece a área que pretende atuar é melhor protelar o início da empresa até você descobrir todas as características daquele mercado. Conhecimento é peça chave para o sucesso.

9º erro: remuneração
Outro erro que pode levar ao fracasso da sua empresa é a remuneração dos sócios ser incompatível (leia-se maior) com a situação financeira da empresa (leia-se lucra pouco).

10º erro: conhecimento
O empresário não buscar capacitação constante.
  

Fonte: Estadão PME

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

5 coisas que os chefes nunca dizem a seus funcionários, mas gostariam de dizer

O colunista da revista Inc explica que muitas vezes a imagem que temos de um chefe mau-humorado e inalcançável não passa de pura atuação

Foto: Divulgação

Jeff Haden, colunista da revista norte-americana INC diz que adquiriu grande parte de seu conhecimento na área de negócios e carreiras enquanto trabalhou em uma editora. Lá, ele galgou postos e foi de motorista de empilhadeira a gerente. 

Baseado em sua experiência como empregado e chefe, publicou em sua coluna que existem muitas coisas que o chefe gostaria, mas não pode dizer aos funcionários. Veja alguns dos itens enumerados por Haden:  

1. “Eu me importo se os funcionários gostam ou não de mim” 

Haden diz que a impressão de que um chefe é difícil e inalcançável muitas vezes não passa de atuação. É extremamente difícil encontrar alguém que não ligue para o que outros pensam, principalmente se essa pessoa lidera outras. Eles se importam, sim, para a opinião de seus funcionários e ficam chateados quando ela não é boa, defende o colunista. “Meu negócio é uma extensão de mim mesmo. Eu quero que você goste dele e de mim”, diz.  

2. “Eu acho ótimo que você se divirta enquanto trabalha” 

Você não precisa abaixar a voz ou fingir que estava trabalhando arduamente quando o seu chefe passa por perto, diz Haden. “É possível trabalhar e se divertir ao mesmo tempo. Antes de eu virar essa pessoa séria como chefe, eu trabalhava exatamente desse jeito”. Que chefe não fica feliz quando você gosta do que faz e consegue se divertir com isso? “Nessas situações, eu penso que criei algo maior do que só um negócio”, reflete Haden.  

3. “Eu adoraria que você fosse independente” 

O colunista diz que todo chefe gostaria de poder dar mais liberdade a seus funcionários, mas destaca: liberdade é algo conquistado e não dado de graça. Por isso, ele aconselha que você mostre que pode ficar por conta própria e, assim, o seu chefe te deixará mais independente. Um discurso como “pode confiar em mim, eu consigo lidar com isso sozinho” pode trazer respeito e independência. 

 4. “Eu percebo quando os outros não estão trabalhando” 

Os chefes não são cegos e notam quando um funcionário trabalha menos do que os outros, diz Haden. Mas chamar a atenção de alguém na frente de todos pode ser desrespeitoso. “Nenhum empregado, não importa quão ruim seja o desempenho dele na empresa, merece ser humilhado na frente de seus colegas de trabalho”.  

5. “Ser responsável por uma empresa me torna inseguro” 

Um chefe precisa lidar com diversas preocupações: os resultados da empresa, os custos, as instalações, os funcionários, os clientes. Por isso, é normal que ele não esteja em seu melhor humor na maior parte dos dias, destaca Haden. “Às vezes posso ficar tenso, irritado, mal-humorado. Não é culpa de ninguém. Estou apenas preocupado”. 


Fonte: Época Negócios Online

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Misto de bar e manicure, nail bar é oportunidade para empreendedoras

Foto: Egberto Nogueira  

Aberto em São Paulo, o Cosmopolish reúne manicures em ambiente de bar e atende até 70 clientes por dia  

Ideias como o Cosmopolish inovam o mercado e atraem clientes
São Paulo – Uma nova tendência do mercado de beleza está embarcando no Brasil: o nail bar. O espaço é uma mistura de salão de manicure e bar, onde as mulheres podem fazer as unhas enquanto bebericam um café ou um drink. 

Em São Paulo, o primeiro estabelecimento com foco neste tipo de serviço é o Cosmopolish, aberto em dezembro, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista. O negócio é fruto da sociedade entre a manicure Jack Cardoso, 31 anos, e a economista Agnes Cruz, 41 anos. “A ideia eu peguei viajando pela Europa”, conta Agnes. Espaços parecidos em Paris, Amsterdã e Londres inspiraram as empreendedoras. 

Mais do que misturar um bar e um salão de manicures, o objetivo do negócio, segundo Agnes, é tratar as unhas como acessório de moda. “Isso significa atualizar o conceito da forma de usar as cores nas unhas e sair da ditadura do vermelho, branquinho e rosinha. Ter um monte de cores e não ter quem as use é o mesmo que ter milhões de opções na indústria têxtil e não ter um estilista”, explica. 

O Cosmopolish oferece mais de 700 opções de esmaltes para as clientes e usaram em vários tipos de serviços, desde um atendimento mais rápido feito em um balcão (como em um bar) até unhas mais personalizadas. “A palavra bar vem de comercializar conceitos e serviços em um balcão. Não só fazer as unhas no balcão, mas ter um ambiente contemporâneo, descolado, agradável e bem decorado”, diz Agnes.

Diferente de um salão de beleza, os nail bars oferecem serviços focados a pedicure e manicure. “Em geral, a estrela é o cabeleireiro. Nosso foco são as manicures”, conta. Outra diferença para um salão comum é o horário de funcionamento. “Abrimos do meio-dia às 21 horas, de segunda a sexta. O nosso ‘cardápio’ de unhas é dividido por horário e tem desconto em alguns momentos. Em outros, são servidos drinks por conta da casa, na happy hour”, explica. Os preços dos serviços variam de 15 a 70 reais. 

O movimento mais intenso neste tipo de negócio é de sexta-feira e segunda-feira, quando as sete manicures se dividem para atender até 70 clientes em um dia. “O perfil tem sido de mulheres que trabalham, entre 22 e 40 anos e que costumam vir em grupos”, ressalta. A taxa de retorno chega a ser de 40%. 

Segundo Agnes, apesar do pouco tempo de operação, a necessidade de crescer é evidente. “A gente tem bastante vontade de crescer, mais ainda não definimos o modelo de expansão. Precisamos de um certo tempo com número girando para poder ver uma série de aspectos financeiros e econômicos”, afirma. 

Quem pensa em abrir um negócio deste tipo precisa estar disposto a investir pelo menos 200 mil reais. Segundo Agnes, pelo mercado estar muito aquecido, contratar manicures não é uma tarefa fácil. “Tem sido uma profissional muito bem requisitada”, conta. Outra dica é estar atento ao conceito do negócio. “Não é bar nem salão. É um nail bar. É preciso esclarecer esse conceito e é um desafio que eu sinto no meu negócio”, define. “O Brasil está muito aquecido e as pessoas não podem ter medo de empreender”, sugere.

Fonte: Revista Exame

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Oito dicas para abrir uma empresa

Por: Andressa Trindade
Foto: Divulgação

Especialistas orientam o empresário nas principais etapas pra começar um novo negócio
Começar um negócio de sucesso não é só encontrar um ramo de atuação, um nicho de mercado e o perfil certeiro de cliente. No processo de abertura da empresa em si, é preciso estar atento em todos os passos e detalhes mais técnicos desse processo, como o contrato social, a tributação e a escolha do imóvel. São questões importantes que, se mal resolvidas, podem atrapalhar os planos do empresário. Confira a seguir oito dicas de especialistas para enfrentar esses passos de maneira mais eficiente e segura.  

1) Confecção do contrato social 

Na abertura do negócio, o empresário deve atentar na confecção do contrato social, em que são relacionados aspectos práticos do funcionamento do negócio, como definição básica da empresa (nome, endereço e atividade), o capital social (valor ou bens investidos), a relação entre os sócios e a divisão dos lucros. Uma maneira de agilizar o registro do contrato social é procurar o sindicato da categoria da empresa e verificar se possui um posto avançado da junta comercial. Assim, o procedimento, que geralmente demora cinco dias para ser concluído, pode ficar pronto em 24 horas. De acordo com o contador Vicente Sevilha Júnior, autor do livro Assim Nasce Uma Empresa (editora Brasport, R$ 59), é importante ter certeza dos termos especificados no contrato social, porque mudanças de regras, ou seja, alterações contratuais, implicam refazer as inscrições federal, estadual e municipal e as licenças. As modificações, no caso das sociedades limitadas, só podem ser feitas se 75% do capital estiver de acordo. Erros formais, como grafias incorretas, são facilmente resolvidas com retificações no contrato.  

2) Escolha do melhor regime de tributação 

Na hora de abrir a empresa, o empreendedor deve estudar os três regimes de tributação existentes – Simples, lucro presumido e lucro real – e decidir qual deles é o mais indicado para o negócio. “No início das atividades, a tendência é usar o lucro presumido ou Simples. Como não há histórico, é difícil prever qual será margem de lucro efetiva. Se o negócio indica prejuízos consideráveis nos primeiros anos, o lucro real é o melhor negócio”, afirma Sevilha Júnior. No sistema do Simples, permitido para empresas com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões, a cota de pagamento de imposto varia de acordo com a atividade e o porte da empresa e é crescente em relação ao faturamento – quanto mais a empresa fatura, maior é o valor desse tributo. As alíquotas variam de 4% a 27,9% do faturamento. 

3) Escolha do imóvel 

Ao instalar a estrutura física do negócio, o empresário deve escolher um local que seja adequado para o seu público-alvo. “Se as classes A e B são o foco do negócio, é interessante oferecer espaço para estacionamento; e se o perfil está nas classes C e D, o empreendedor deve procurar locais mais populares, com fácil acesso a transportes públicos”, exemplifica Sandra Fiorentini, consultora jurídica do Sebrae-SP. Em relação aos contratos de locação, a consultora observa que muitos empresários costumam alugar o imóvel comercial por um ano apenas. “Eles devem pensar se é por um ano que querem ter a empresa. Por isso é interessante procurar fazer o contrato com o prazo máximo, normalmente de cinco anos. Assim o empreendedor garante o direito de ficar naquele local por pelo menos esse período”, explica Fiorentini. Com esse contrato, o empresário também tem chances de ser beneficiado com a possibilidade de ação renovatória da locação, que permite mais cinco anos de aluguel, desde que o pedido seja feito até seis meses antes do término do contrato. Outros aspectos que necessitam atenção são negociação de carência para pagamento do aluguel e percentuais de reajuste – itens que podem causar conflito entre inquilino e proprietário.  

4) Registros do imóvel e licenças 

Antes de assinar um contrato de aluguel, é essencial verificar qual é a condição do Habite-se do imóvel (autorização da prefeitura para que ele possa ser habitado) e as regras de ocupação de solo (cada cidade define regras específicas em leis de zoneamento). Em algumas áreas, não é permitido funcionamento de atividades comerciais. Além disso, imóveis que têm declaração residencial não devem ser usados para fins comerciais. Quando a empresa já está legalmente constituída, com contrato social, CNPJ e inscrições, zoneamento e Habite-se regularizados, o empresário consegue o alvará de funcionamento. A emissão do documento é taxada pelas prefeituras, com valor aproximado de R$ 100. “Recomendo que a solicitação do alvará seja feita por um engenheiro, que é um profissional qualificado para avaliar zoneamento, Habite-se e condições do imóvel”, afirma Sevilha Júnior. Outras licenças também podem ser necessárias e dependem da atividade da empresa. Uma indústria, por exemplo, precisa de uma licença ambiental, que vai analisar a melhor maneira para cuidar dos resíduos gerados durante a produção. Em São Paulo, o documento é emitido pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). 

5) Contratação inicial de mão de obra

O plano de negócios, feito antes de a empresa começar a funcionar, deve conter um cálculo cuidadoso do volume de operações do empreendimento e do número de funcionários necessário para manter essa atividade.

Para Sandra Fiorentini, consultora jurídica do Sebrae-SP, o empresário precisa verificar a sazonalidade do negócio que vai iniciar e, a partir disso, quantos funcionários deverá ter e quantas horas deverão trabalhar. De acordo com Sandra, o contrato chamado “a tempo parcial” permite uma jornada de trabalho de até 25 horas semanais, sem hora extra e com registro em carteira de trabalho. O modelo é adequado, por exemplo, para o segmento de lojas e restaurantes: com demanda de clientes maior nos finais de semana, é necessária a contratação de mão de obra para esses dias específicos. O empresário remunera esse profissional multiplicando o valor por hora do piso salarial da categoria pelo número de horas trabalhadas. “Assim, não há ociosidade de funcionários, há considerável redução de custos e a prática está totalmente de acordo com a lei”, afirma Sandra.

6) Cálculo dos custos de abertura da empresa

Além dos custos com infraestrutura e pessoal, é preciso levar em consideração os custos com a abertura da empresa em si. Os principais gastos para abrir uma empresa são as taxas da junta comercial e da emissão do alvará, além de outras que variam entre estados. Segundo Sandra Fiorentini, do Sebrae-SP, o custo total é de entre R$ 700 e R$ 2 mil.

O empresário pode fazer a opção de contratar um profissional apenas para resolver a burocracia, como um despachante ou um consultor, como geralmente fazem os contadores. Esse tipo de escolha influencia os gastos de abertura do negócio. Sevilha Júnior afirma que o preço dos escritórios contábeis pode variar até 200%, mas normalmente fica em torno de R$ 1.500. Advogados também podem ser contratados para orientação e também para serviços mais técnicos.

7) Pagamento de pró-labore e lucros

Um erro muito comum do empresário, segundo Vicente Sevilha Júnior, é se esquecer de contabilizar o seu próprio pagamento pelo trabalho que realiza no negócio. “Na hora de montar uma empresa, todas as contas dos gastos mensais são feitas, mas os empresários esquecem que precisam de um salário para passar o mês. Essa remuneração é chamada de pró-labore e deve fazer parte dos custos”, esclarece.

Os sócios que trabalham diretamente na administração do negócio têm direito a receber essa remuneração tributada, que corresponde a um salário compatível com a função desempenhada. “A melhor regra para definir esse valor é ter como base os salários de mercado”, explica Sevilha Júnior. Desde 2003, a legislação permite que administradores não-sócios também recebam pró-labore.

A distribuição de lucros deve ser feita na mesma proporção do valor investido na empresa. Outra maneira de pagamento para sócios são os juros sobre capital próprio, referentes ao valor que foi investido, por exemplo, na compra de máquinas e equipamentos.

8) Escolha do contador

Para escolher um profissional sério e capacitado, principalmente que dê orientação ao empresário iniciante, é aconselhável fazer uma pesquisa do registro do profissional no Conselho Regional de Contabilidade – em alguns estados, é possível fazer a consulta pela internet. Sevilha Júnior também recomenda visitas ao escritório do profissional e conversas com outros clientes atendidos por ele. “Uma sugestão é procurar profissionais que atendam empresas do mesmo segmento do empreendedor”, afirma Sandra Fiorentini. 

Fonte: PE&GN

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

10 lições para vencer o medo de inovar

Texto: Camila Mendoça (em colaboração para a Folha de SP)
Fotos:  Alessando Shinoda/Isadora Brant
 
Consultores indicam ações simples que promovem crescimento sustentável e gradual, mas que requerem persistência.

Confira abaixo:
 

1) Faça uma devassa na papelada

Entender o momento da empresa e a trajetória que ela segue no mercado é o primeiro passo para traçar qualquer estratégia ou sair de uma situação difícil.
Para começar, o ideal é mapear itens como variações de fluxo de caixa, desempenho de funcionários, qualidade de produtos, perfil e volume de clientes e relação com fornecedores. É como "tirar o pulso da companhia constantemente". Não vale fazer as avaliações só no fim do ano fiscal, diz o advogado Artur Lopes, autor de "Quem Matar na Hora da Crise" (ed. Évora). Alterações não previstas indicam necessidade de reavaliar o planejamento.

 
2) Reivente a própria história

Luis Berti, dono da Toca da Leitura, inovou estratégia
De onde vem o sucesso da concorrência? Que estratégias em seu setor têm dado certo? Que produtos têm abocanhado mercado? Tem havido mudança na cadeia produtiva? Como o consumidor avalia os serviços da empresa?

O mundo empresarial se reinventa a todo momento, e "quem não acompanha esse movimento cai", afirma Marcos Hiller, coordenador do MBA de Gestão de Marcas da Trevisan Escola de Negócios.

Feiras e congressos são oportunidades para identificar tendências. Outra opção é visitar empresas do setor, como fez Luis Berti, 31, dono da Toca da Leitura, de locação de livros.
Ele descobriu que, conforme o valor da locação, os clientes preferiam comprar a obra.

Pensou em algo para diferenciá-lo. Hoje, investe em espaço "gourmet" para os clientes e agregou à locação a venda de livros. "Ficaríamos para trás se não mudássemos."

3) Deixe os funcionários terem ideias

O empresário pode reservar um dia na semana ou no mês para avaliar o negócio e fazer "brainstorming" com funcionários. O intuito não é sair com ideias prontas, mas com propostas, diz David Callás, professor do Insper.

4) Revolucione prevendo necessidades

Mesmo que o principal produto da empresa seja inédito, é importante "desconcentrar investimentos para aplicar em desenvolvimento" e ampliar o
portfólio, avalia Callás. Inovar não significa só criar algo revolucionário, mas elaborar um artigo de que o consumidor precise ou incrementar um já existente.

5) Mova-se, mesmo que seja em passos lentos

Não adianta identificar tendências e pensar em mudanças se a empresa não for flexível, afirma Caio Brisolla, diretor-executivo da Marcondes Consultoria. Começar devagar, investindo pouco no início, minimiza perdas.

6) Mude o dinheiro de lugar

Para investir em inovação, a receita é dura e simples: poupe e corte gastos da empresa. Depois, o montante obtido com o redirecionamento de recursos deve ser dividido em dois eixos: reinvestimento e reserva para cobrir possíveis gastos com desvio de rota, ensina Fábio Gallo, professor da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).

7) Volte sempre ao banco da escola

Cursos e oficinas auxiliam a traçar estratégias. Se não souber onde procurar, vale buscá-los em sites como o do Sebrae e o do Ministério do Desenvolvimento.

8) Misture presente e futuro

Estratégias de curto prazo dão retorno imediato e são também uma armadilha para que o empresário deixe de lado as de longo prazo. Ainda que seja difícil fazê-las coexistir -pois exigem compartilhamento de equipes e de estrutura-, as metas devem estar no planejamento e ter acompanhamento, diz Fernando Serra, diretor da HSM Educação.

9) Descubra o poder de investir em pessoas

Marcos Mendes, da AcquaZero, treinou equipe
Boas ideias, planejamento em dia, reservas a contento. Falta algo primordial: treinamento da equipe.

"Uma empresa que preza pela qualidade é baseada no incentivo à criatividade e no poder de decisão conferido a seus funcionários", diz Luiza Sampaio, economista do Instituto IOB.
Isso resulta na qualidade do atendimento ao cliente. Equipes bem orientadas são estimuladas a estudar o mercado e estão abertas a dar boas ideias.

Foi a partir do treinamento do time que a AcquaZero, franqueadora de lavagem a seco, conseguiu crescer, afirma Marcos Mendes, 37.

O empresário investiu R$ 300 mil na compra da marca, mas descobriu que não havia padronização. Aplicou o mesmo montante para, entre outras mudanças, criar uma central de vendas e treinar os franqueados. Quando adquiriu a rede, em 2010, havia 30 unidades. Reduziu-as a 15 e hoje tem 50. Treinar a equipe foi vital para a expansão, diz ele.

Estratégias de curto prazo dão retorno imediato e são também uma armadilha para que o empresário deixe de lado as de longo prazo. Ainda que seja difícil fazê-las coexistir -pois exigem compartilhamento de equipes e de estrutura-, as metas devem estar no planejamento e ter acompanhamento, diz Fernando Serra, diretor da HSM Educação.

10) Sim, o cliente sempre tem razão


Se faltam mudanças ou se o caminho está certo, quem vai dizer é o cliente. Pesquisas no ponto de venda e nas redes sociais são formas de colher opiniões, indica Edemar Wolf de Paula, gerente da Incubadora Raiar da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica).

A Yogoberry, rede de franquias de frozen, mudou estofamento de bancos e cores das lojas por sugestão de cliente. "O consumidor sabe distinguir o que tem qualidade", afirma o diretor Marcelo Bae.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Evento em SP apresenta tendências para o setor varejista em 2012

A GS&MD - Gouvêa de Souza, consultoria especializada em varejo, marketing e distribuição, promoveu o “Pós-NRF 2012”, no dia 07/02, em São Paulo.

O objetivo do encontro foi apresentar ao mercado brasileiro as últimas tendências identificadas durante a 101ª Convenção Anual da NRF Big Show, que aconteceu de 15 a 18 de janeiro, em Nova York.

Entre outros renomados especialistas, Marcos Gouvêa e Alberto Serrentino, respectivamente diretor geral e sócio sênior da GS&MD, comentaram com exclusividade ao Newtrade.tv os principais assuntos que movimentaram a convenção norte americana.

Confira a seguir a matéria com as entrevistas feitas durante o evento: 


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

10 dúvidas mais frequentes dos empreendedores

Questões de planejamento, gestão, estoque,  incentivo à equipe, dentre outras, são esclarecidas para os empreendedores

Foto: Sérgio Neves

Planejamento, gestão, atendimento ao cliente, marketing, finanças, expansão da empresa. O dono de um empreendimento tem muitas preocupações – mesmo que o negócio ainda seja pequeno. Por isso, é natural que as dúvidas não parem de surgir. Para ajudar a solucionar seus problemas cotidianos, o Estadão PME listou as dez principais dúvidas que os empreendedores enviam ao Sebrae-SP e respondeu cada uma delas. Confira a seguir:


1) Como controlar o estoque?

Duas premissas básicas devem nortear a formação de estoque: não podem faltar produtos e nem sobrar em demasia. O difícil é conseguir estimar essa demanda ideal. Para isso, o empresário deve fazer a previsão de vendas para os vários períodos do ano, usando como base os resultados anteriores e a projeção de crescimento da empresa para aquele período.

A partir daí, deve estipular o estoque mínimo, ou seja, a quantidade mínima de produtos que a empresa precisa ter para não perder vendas. Para chegar a esse número, o empresário deve considerar, entre outras questões, o tempo que a empresa precisa esperar para receber as compras realizadas e até o tempo de produção daquela mercadoria.

O planejamento também deve indicar as ações de venda que devem ser implantadas para garantir que o que foi previsto de fato aconteça. Não dá para planejar e apenas ficar esperando acontecer. Ao perceber que vai sobrar mais estoque do que o previsto, por exemplo, o empresário deve agir com antecedência e promover ações que minimizem o problema.

2) Como incentivar a minha equipe de funcionários?

Formar uma equipe motivada exige um árduo trabalho de liderança, capaz de conciliar os aspectos individuais dos profissionais com as expectativas da empresa e dos clientes. E cada empresa tem o seu estilo, as suas peculiaridades. Assim, não existe uma receita pronta.Entretanto, algumas práticas podem ser inspiradoras para o desenvolvimento de equipes vencedoras:

- Definir claramente as  metas e praticar constantemente o “feedback”: uma palavra colocada de forma correta faz toda a diferença; comunicação é tudo.
- Dar liberdade para que as pessoas peçam ajuda.
- Compartilhar as visões de futuro com os colaboradores, parceiros e fornecedores.
- Dialogar aberta e francamente com todas as pessoas envolvidas.
- Aceitar, implantar e valorizar as boas idéias
- Delegar autoridade e responsabilidades para que a equipe consiga trabalhar unida e coesa.
- Alternar a chefia dos trabalhos conforme as competências exigidas em cada caso e ocasião.
- Capacitar e valorizar o conhecimento de todos.
- Estimular o trabalho em equipe e buscar o comprometimento de todas as pessoas.

3) Quais são os controles básicos de gestão?

Em primeiro lugar, o empreendedor deve visualizar e analisar os processos da empresa com os seus clientes e fornecedores. Portanto, os controles empresariais devem contemplar desde o atendimento (cadastro dos clientes), as análises internas (custos, formação dos preços de venda, fluxo de caixa e demonstrativos de resultados), o estoque (controles de entrada, saída e giro), a entrega do produto ou serviço, até o pós-venda. Todas estas atividades precisam ser monitoradas por controles diários, se possível, informatizados e integrados, para oferecerem os recursos necessários à gestão empresarial e às suas decisões estratégicas.

4) Quais são os prós e contras de ter um sócio?

Ter uma maior capacidade de investimento, proporcionando condições de crescimento para a empresa, é um dos principais benefícios de ter um sócio. Decisões partilhadas e discutidas também reduzem os riscos de erros de análise. Interesses comuns e distribuição de responsabilidades ajudam ainda a fortalecer o negócio.

Mas há também aspectos negativos. Pode ocorrer que um dos sócios pense ou sinta que está fazendo mais que o outro.  As decisões também ficam mais demoradas, em razão de divergências de pensamentos sobre o negócio. Mas a maior parte dos problemas é financeira. Retiradas de lucros parciais, sem ter a certeza de que a empresa suporta essa ação, é um risco muito grande tanto para a saúde da empresa como para o bem - estar da relação. E vale lembrar que a os resultados financeiros, que podem ser pequenos no início, terão de ser divididos por dois.

5) Como prospectar clientes?

A prospecção de clientes é a iniciativa que o empresário deve ter para aumentar as vendas e também para repor os clientes que serão perdidos com o passar do tempo. Isso pode ser feito de várias formas:

- Listas de clientes potenciais: podem ser obtidas em diversas fontes como associações, sindicatos, conselhos regionais, etc. O empreendedor também pode comprar listas qualificadas
- Indicações qualificadas: são listas de clientes em potencial, selecionadas por profissionais ou por outras empresas (não concorrentes) que atuam diretamente com o mesmo público-alvo da sua empresa.
- Indicações feitas por clientes: elas podem ocorrer de forma espontânea ou estimulada, quando a empresa oferece algum tipo de incentivo, que pode ser desde um simples brinde, até um bom desconto para novas compras.
- Prospecção na internet: quando os clientes da empresa são pessoas jurídicas, é possível encontrar as empresas pelos seus sites. No caso das pessoas físicas, as redes sociais ajudam a mapear seus perfis e facilitar o contato com a marca.

6) Como montar uma equipe de vendas?

A estrutura da área de vendas de uma pequena empresa depende dos seguintes fatores: dimensão da empresa; produto, ou serviço a ser comercializado; especificidades do produto, ou serviço; grau tecnológico do produto, ou serviço; dispersão geográfica dos atuais clientes; modelos de organização da equipe de vendas.Por isso, ao montar uma equipe de vendas, é preciso levar-se em conta os seguintes fatores:

- Geográficos: distribua os elementos da sua equipe pelas regiões mais relevantes. Cada vendedor tem uma região, podendo vender todos os produtos da empresa.
- Produtos: cada vendedor é responsável por um produto ou por um conjunto de produtos da empresa. No caso da comercialização de produtos que exigem conhecimentos técnicos específicos, os clientes têm que ser bem informados e o vendedor não pode demonstrar ignorância sobre o que está vendendo.
- Tipo de cliente: se a empresa tem clientes com perfis distintos, os vendedores devem se especializar nos ramos de cada um deles. Por exemplo: a empresa pode ter pessoas que se dediquem apenas aos atacadistas e outras só ao varejo.

7) Qual é a diferença entre os custos fixos e os variáveis?

Os custos fixos não variam em decorrência das vendas. São contas como pró-labore dos sócios, aluguel, salários e encargos, energia elétrica e telefone. Já os custos variáveis são diretamente ligados às vendas, oscilando conforme o aumento ou a redução das receitas. Exemplos: valor da compra dos produtos, impostos e comissões. Entender esta diferença é a primeira etapa para se penetrar diretamente no mundo financeiro da empresa.

8) O que é o fluxo de caixa e qual é a sua importância?

A função desta ferramenta é a de informar o empresário sobre a situação da movimentação diária dos recursos financeiros, disponibilizando as informações pertinentes aos pagamentos, recebimentos e ao saldo.A composição do Fluxo de Caixa pode variar muito, porém as informações devem estar estruturadas diariamente e de forma acumulada, informando os pagamentos, recebimentos e o saldo, ao longo do tempo. O resultado acumulado do fluxo de caixa, quando negativo, pode significar oóbvio: a empresa está gastando mais que a sua receita permite.

9) Como formar o preço de venda adequado ao mercado?

Existem diversas fórmulas para o cálculo do preço de venda. Abaixo, segue uma das mais utilizadas:

(100% - (% Impostos + % Custo Fixo +% Comissão + % Frete + % Margem de Lucro)) /100

É preciso descobrir qual é o porcentual que impostos, custo fixo, comissão, frete e margem de lucro representam frente ao faturamento médio mensal. Depois de encontrar o resultado da fórmula acima, divida 1 pelo resultado obtido.

Exemplo do cálculo do preço de venda:
- Custo do produto = R$ 9,00
- Imposto  = 4,0%
- Comissão = 3,0%
- Custo Fixo = 25,0%
- Frete = 6,0%
- Margem de Lucro = 15,0%

Cálculo do índice = (100-(4+3+25+6+15)) = 47 / 100 = 0,47 = 1 / 0,47 = 2,1277
Preço de Venda = 9,00 X 2,1277 = 19,15

10) Como reconhecer se o custo dos produtos ou dos serviços é competitivo no mercado?

Conseguir identificar a competitividade de venda de um produto ou serviço, antes mesmo de disponibilizá-lo ao mercado, é uma informação que não pode ser desprezada. Para isto, é preciso conhecer a metodologia de cálculo do custo-alvo, ou do custo de compra que atenda as expectativas de margem de lucro do empresário.O custo-alvo informa, portanto, o custo que você deveria conseguir de um determinado produto ou serviço, para oferecer um preço de venda compatível com o praticado no mercado.

A fórmula do custo-alvo é a seguinte: 

Custo-Alvo = Preço de Venda do concorrente / índice de venda utilizado pela sua empresa

Exemplo de cálculo do custo-alvo (CA)
1. Preço de Venda do concorrente = R$ 18,00.
2. Índice praticado na sua empresa = 2,1277
CA = 18,00 / 2,1277 = 8,46 -> este é o custo-alvo, que a sua empresa deve procurar ter junto aos seus fornecedores.

Fonte: Estadão PME