sexta-feira, 30 de março de 2012

Quiz: Você tem perfil empreendedor?

Quantas vezes você não pensou em jogar tudo para o alto e começar aquele pequeno negócio dos sonhos? No entanto, especialistas recomendam cautela no momento de iniciar a transição. É preciso ter perfil empreendedor. Confira a matéria e faça o teste para saber qual é seu perfil.

Foto: Divugação
A maior parte das pessoas já pensou, pelo menos por um momento, em largar o emprego e abrir um negócio próprio. Os especialistas, no entanto, recomendam cautela na tomada deste tipo de decisão. "Pendurar o crachá da empresa parece tentador, mas nem todos estão preparados para encarar esse desafio. O que parece um sonho pode se tornar um pesadelo se a pessoa não tiver o perfil de empreendedor," diz Sulivan França, presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching.

Na opinião dos especialistas ouvidos pelo site ‘Economia & Negócios", o verdadeiro empreendedor já nasce com essa marca e é facilmente reconhecido. "Está impresso no DNA," diz o ex-presidente da Ernst & Young, Júlio Sérgio Cardozo. "A pessoa que não tem essa vocação pode até abrir um negócio e ganhar dinheiro, mas isso não a deixará, necessariamente, mais feliz."

Com mais de 30 anos de experiência no mundo corporativo, Cardozo diz que percebe rapidamente quando está diante de alguém com vocação para tocar um negócio próprio. "São pessoas obstinadas por resultados, que gostam de desafios, têm iniciativa e buscam sempre o sucesso. Geralmente elas usam o fracasso como aprendizado, uma espécie de mola propulsora para se aperfeiçoar." O executivo, que hoje atua como coach de carreiras, brinca que nunca viu um empreendedor pessimista. "Onde os outros veem barreiras eles veem oportunidades. O empreendedor não tem dúvidas, tem certezas, e trabalha o quanto for preciso para que tudo dê certo."

Tamanho comprometimento com a vida profissional, que parece natural para os empreendedores, pode ser extremamente desgastante para quem tem outro perfil. O gerente de atendimento da Catho, Lucio Tezoto explica: "Ser empresário tem um certo glamour, mas nem todos estão dispostos a pagar um preço alto por isso. É preciso deixar bem claro: quem deixa de ser funcionário para virar patrão acaba trabalhando algumas horas a mais por dia."
O presidente da fabricante de softwares Totvs, Laércio Cosentino, diz que muitos se enganam ao pensar que o empresário só faz o que quer porque não tem que obedecer ninguém. "Quando você abre um negócio, seu patrão é o cliente," diz Cosentino, que chama a atenção para ainda a importância de saber liderar uma equipe e construir um bom relacionamento com o cliente. "Quem abre um negócio tem que saber lidar com gente. Apenas ter um bom produto não é suficiente."

Para Bruna Dias, gerente de orientação de carreira da Companhia de Talentos, o grau de satisfação com a vida aumenta significativamente quando há coerência entre o perfil da pessoa e a atividade que ela desenvolve profissionalmente. "Para muitos, a felicidade não vem do dinheiro e do poder, que são supervalorizados em nossa sociedade, mas sim da qualidade de vida. São profissionais que querem ter tempo para a família e não gostam de levar trabalho para casa, como fazem as pessoas que têm um negócio próprio," diz a especialista. "Por isso, é muito importante que a pessoa pese os prós e os contras das duas opções antes de fazer uma escolha que pode afetar significativamente sua vida. É preciso, antes de mais nada refletir sobre os próprios valores."

Bruna Dias lembra que o emprego com carteira assinada traz ainda a vantagem da previsibilidade da remuneração, com direito a férias, 13º salário e outros benefícios. "Isso conta muito para pessoas que não suportam a idéia de enfrentar a variação dos ganhos de um negócio." 

Acostumada a receber jovens em busca de orientação profissional, Bruna diz que é preciso desmistificar a idéia de que só quem tem um negócio próprio ganha dinheiro. "As empresas hoje precisam remunerar bem seus funcionários para não perdê-los para a concorrência. O bom profissional pode até ganhar mais do que um pequeno empresário por conta das políticas de distribuições de bônus, cada vez mais comuns no mundo corporativo."

Lucio Tezotto, da Catho, ressalta que algumas pessoas empreendem por necessidade e não por vocação. "Tem gente que perde o emprego e tem dificuldade de se recolocar no mercado de trabalho. Aí acaba optando por abrir um negócio próprio. Mas é preciso cuidado. Se isso for feito com pressa, sem um estudo de mercado e sem um plano de negócio, as chances de fracasso aumentam."    

O criador do programa de empreendedorismo do Sebrae Fernando Dolabela, acredita que a imensa burocracia na hora de abrir uma empresa e os altos impostos acabam desestimulando quem tem vontade de abrir um negócio no Brasil. Ele aponta também a questão cultural da aversão ao risco como um dos principais fatores que desencorajam iniciativas empreendedoras. "Nossa sociedade não tolera incertezas. Prova disso é que é cada vez maior a procura pelo emprego público no País. O Brasil sai perdendo com isso, muita riqueza deixa de ser gerada." Para reverter esse comportamento, Dolabela recomenda que os pais estimulem nos filhos a criatividade e a inovação. "É preciso perguntar para a criança qual é o seu sonho e o que ela fará para alcançá-lo," diz o especialista.


Faça o teste e descubra:

Você tem perfil empreendedor?




Fonte: Estadão PME e Sebrae

quinta-feira, 29 de março de 2012

Boletim Oportunidades & Negócios – Varejo (Ed. Março/2012)

O Boletim Oportunidades & Negócios – Varejo traz, na edição de Março 2012, informações sobre um tema de grande importância para os empresários do comércio: a Nota Fiscal Eletrônica

Além dos aspectos legais e tecnológicos, o boletim aborda essa nova tecnologia a partir de seus benefícios para o processo de gestão e vendas das micro e pequenas empresas do comércio varejista. 

* O boletim é uma publicação mensal da Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros (UAMSF) em parceria com a Unidade de Atendimento Coletivo Comércio (UACC) - Carteira de Comércio Varejista.

quarta-feira, 28 de março de 2012

10 tendências no segmento de varejo online

Estimativas para o e-commerce superará qualquer expectativa

Foto: Divulgação 


No ano passado, enquanto mercados de varejo internacionais sofriam queda, o comércio eletrônico continuava apresentando forte crescimento. Estimativas atuais da JP Morgan, empresa líder em serviços financeiros, indicam que a receita do e-commerce irá atingir US$963 bilhões este ano. Somente a Rakuten atraiu cerca de 3 mil novos vendedores e sua participação no mercado cresceu para mais de US$13 bilhões. 

O dinamismo deste setor está sendo impulsionado por uma onda de inovações técnicas que mudaram de forma irrevogável a relação entre vendedor e comprador. Há 10 principais tendências que a companhia espera alcançar nos próximos 12 meses, e para comentá-las sugerimos entrevista com Alessandro Gil, CMO da companhia no Brasil.


1) Dispositivos portáteis de navegação ficarão em alta – Em 2011, os dispositivos portáteis com plataforma para web transformaram o comércio virtual, abrindo um novo canal 24/7 ao consumidor e criando formas inovadoras de empreendimento para eles, que passaram de códigos QR para ofertas locais. Embora sites móveis tenham desenvolvido uma ótima navegabilidade, a incerteza do consumidor a respeito de pagamentos móveis está dificultando a conversão das vendas. A indústria está abordando esta questão e ao longo dos próximos 18 meses veremos a introdução de plataformas de serviços móveis de pagamento, o que irá aumentar a confiança do consumidor e impulsionar as vendas móveis.

2) Comerciantes menores irão adotar canais móveis – Muitas vezes são as maiores marcas que possuem os recursos para investir em novas tecnologias. No entanto, em 2012, graças ao aumento de serviços de afiliados e mercados como a Rakuten, grandes e pequenos comerciantes conseguirão aproveitar o canal móvel, sem incorrer em altos custos de infraestrutura. Sites afiliados como o Groupon e o Vouchercloud, por exemplo, permitem que comerciantes experimentem novos canais de consumo sem a implementação de um programa móvel dedicado.

3) Compras online irão se tornar mais pessoais – Já se foram os dias em que o consumidor sabia o nome de seu açougueiro ou vendedor de flores; no entanto, em 2012, veremos um ressurgimento deste modelo de serviço pessoal. Como consumidores se cansam do excesso de comunicação das marcas online, comerciantes que oferecem um serviço mais personalizado irão liderar a área de atuação para a fidelidade à marca.

4) Comércio de tablet irá criar experiência mais concreta em compras online – Para diminuir a diferença entre o celular e o computador, tablets apresentam uma excelente oportunidade aos varejistas. A rica funcionalidade do tablet substitui a tradicional experiência de barganha online numa experiência de loja virtual, tornando a web uma experiência mais tangível. Para capitalizar com isso, varejistas devem otimizar o conteúdo para tablets e pensar de forma criativa na apresentação, como se estivessem na loja.

5) Varejistas irão difundir funções online e offline – As barreiras entre os mundos online e offline estão cada vez mais difusas, uma vez que varejistas misturam as suas ofertas digitais e do mundo real. Em 2012, varejistas irão começar a juntar os pensamentos online e offline, reaplicando valores e ofertas do mundo digital nas lojas e a rica experiência do produto de lojas virtuais.

6.Um modelo de filial será planejado para lojas de rua – Serviços de digitalização de código de barras, como o ShopSavvy, auxiliam usuários a fechar o melhor negócio online para um produto que está na loja fisica. Este sistema insustentável significa para a loja física, que ela não teve papel nenhum neste tipo de venda. É importante manter o papel das lojas de rua como um modelo de referência na conversão de vendas, como acontece online, para oferecer uma participação nas vendas virtuais que elas promovem.

7) Mais pessoas irão às compras junto com suas redes sociais – Pedir uma segunda opinião antes de realizar uma compra não é novidade, mas agora em vez de levar um amigo às compras, você pode levar toda sua rede social. Em 2012, varejistas irão utilizar cada vez mais as redes sociais, não apenas para o conhecimento da marca, mas para o desenvolvimento do produto e serviços de atendimento ao cliente, também. O recurso de fazer compras em companhia de sua rede social, oferecido pela Rakuten, por exemplo, permite que comerciantes capitalizem com o serviço social, possibilitando usuários do mercado da Rakuten a convidar amigos para navegar no site e conversar por chat ao vivo, enquanto buscam pela página do produto.

8) Comunidades comerciais sem fronteiras irão surgir – No final de 2011, a Rakuten fez uma pesquisa de interesse sobre compras online no mundo e os resultados revelaram que consumidores dos mercados em expansão, como Brasil e China, estão abertos para fazer compras online internacionalmente. No próximo ano, modelos de mercado internacional irão fornecer a vendedores de pequeno, médio e grande porte a oportunidade de expandir suas operações no exterior, sem o custo abusivo tradicionalmente associado ao estabelecimento de modelos de distribuição local, instalação de lojas e etc. Vendedores poderão se envolver em comunidades comerciais internacionais e aplicar recursos com base na demanda do mundo real.

9) Modelos de transporte local e flexíveis serão vitais para a fidelidade do cliente –
Segundo relatório de janeiro de 2011 da Forrester, questões de transporte foram um dos principais motivos de abandono de carrinho na Europa. Como resultado, modelos de transporte flexíveis e específicos serão vitais para o crescimento. No Reino Unido, isso é evidenciado pela crescente popularidade do fenômeno clique & receba, o que representou 10.4 % do total das vendas de comércio digital no Reino Unido neste Natal, de acordo com o IMRG.

10) Varejistas irão se comunicar com perfis de clientes individuais – A velha máxima “informação é poder” assume um novo impulso em 2012. Hoje, varejistas online podem adquirir grandes volumes de dados sobre clientes potenciais e existentes, com base nos hábitos de navegação do usuário. Em 2012, a troca de dados entre varejistas e redes sociais irá oferecer novos conhecimentos sobre a psique do consumidor. Através do uso destes perfis de clientes, times de marketing de varejo devem transformar essa riqueza de dados em tempo útil, comunicações personalizadas e relevantes.


Fonte: Revista Fator

terça-feira, 27 de março de 2012

Dupla triplica ganhos vendendo bilhete aéreo a quem voa pela primeira vez

Agência de turismo online foca em criar ambiente em que a classe C consiga se familiarizar com a viagem de avião

Foto: Divulgação
Alex Todres e Bob Rossato faturaram R$ 200 mi em 2011
Os clientes da Viajanet, agência de turismo online, não usam "tickets", fazem "check-in" ou embarcam pelos "gates" dos aeroportos. Em vez disso, eles compram bilhetes de embarque, despacham a bagagem no balcão de atendimento e entram no avião pelo portão de embarque.

Usar termos em língua portuguesa, em vez dos jargões em inglês, para descrever as rotinas dos aeroportos foi uma das formas que Alex Todres e Bob Rossato, sócios-fundadores da agência online, encontraram para conquistar uma massa de turistas que começa a ter acesso às viagens de avião agora e não está familiarizada com os procedimentos dos voos.

“A ideia é criar um ambiente em que a classe C se sinta à vontade. Muitos destes clientes estão viajando de avião pela primeira vez”, afirma Alex Todres.

A estratégia de tornar a compra da passagem aérea mais amigável a esse público colaborou para que, em 2011, a arrecadação da empresa mais do que triplicasse. Aumentou em mais de 260%, chegando aos R$ 200 milhões.

O sistema de busca e comparação de preços de passagens foi facilitado pensando nesse público que, em geral, está atrás dos menores preços. Com isso, a empresa criou um diferencial. “Nosso buscador de preços fica visível o tempo todo. Outros sites o escondem, pois cada busca feita (no banco de dados das empresas aéreas) gera um custo para o site”, afirma Todres. Para o usuário, no entanto, a pesquisa é gratuita.

Todres afirma que, mesmo que o turista faça várias buscas, o custo da pesquisa gerado para o site acaba sendo suprido quando a compra é efetivada. Outra facilidade foi disponibilizar um filtro para a busca, em que o consumidor pode pesquisar passagens de acordo com a faixa de preço, companhia aérea, horário e local de embarque e desembarque. “O produto e o preço que oferecemos são os mesmos da concorrência. O diferencial está na experiência de compra”, diz.

Outra preocupação foi criar formas de amortizar o pagamento. A inspiração veio das lojas de departamentos, que oferecem vendas à prestação sem acréscimo de juros. Segundo o outro sócio, Bob Rossato, isso fez com que o Viajanet conseguisse juntar preço baixo e facilidade de compra com a renda maior dos consumidores. “Não adianta termos preço baixo se o cliente não consegue utilizar o nosso serviço e não oferecermos conforto.”

Faturamento da empresa alçou voo em dois anos

Em pouco mais de dois anos no mercado, os números da agência de viagens online Viajanet impressionam. Em 2010, o primeiro ano de atividade, o faturamento da empresa foi de R$ 55 milhões. Em 2011, a arrecadação aumentou em mais de 260%, chegando aos R$ 200 milhões.

A agência já conta com mais de 200 profissionais contratados e parcerias com quatro grandes marcas para a operação do serviço de venda de passagens aéreas pela internet. Além disso, dois escritórios da empresa estão em funcionamento fora do país, um no México e outro na Venezuela, inaugurado em janeiro deste ano.


Os sócios Alex Todres, 31, e e Bob Rossato, 35, se conheceram em 2006, quando trabalharam em uma grande agência de viagens online. Depois, foram para um banco, onde criaram um serviço de venda de passagens aéreas para os correntistas, até decidirem administrar o próprio negócio.
 

Investimento de fundo tornou ideia possível

Antes mesmo de a empresa iniciar suas operações, o projeto recebeu um aporte de investidores. O acordo uniu um fundo de investimentos norte-americano para o setor de turismo com o Viajanet e possibilitou sua entrada no mercado. “O fundo já procurava uma empresa para investir e nós tínhamos um projeto e experiência na área”, declara Rossato.

No final de 2010, um grupo espanhol adquiriu parte da agência. Em maio de 2011, dois fundos de investimentos estrangeiros injetaram US$ 19 milhões na empresa, cerca de R$ 33 milhões na época, o que possibilitou a expansão do negócio para outros países. “Além do capital, os investidores trouxeram expertise à empresa. São pessoas com conhecimento de mercado que ajudam a economizar tempo e energia”, afirma.
Em outubro do ano passado, a agência inaugurou um escritório no México e iniciou sua estratégia de atuação em toda a América Latina. Estes países apresentam um perfil semelhante ao brasileiro no mercado de venda de passagens aéreas pela internet. Ainda existem poucos players em atividade e há grande potencial de crescimento.

Segundo os empresários, abrir uma operação em outro país é extremamente difícil. Além de contratar profissionais, alugar um espaço, adquirir suprimentos e formatar o serviço, é preciso se adequar às leis e à cultura local. “No México, por exemplo, é comemorado o Dia dos Mortos. Então, colocamos várias caveirinhas no nosso site de lá para fazer alusão à data. Isso seria impossível no Brasil”, diz Alex Todres.


O segundo escritório internacional foi inaugurado em janeiro, na Venezuela. Até o fim de 2012, a empresa pretende abrir operações na Argentina, Colômbia e Chile. “São países que estão emergindo e entrando na era do
e-commerce. Estamos atentos a esta oportunidade”, declara Bob Rossato.


Fonte: UOL

segunda-feira, 26 de março de 2012

6 erros de design que você deve evitar em sua loja

Confira dicas dadas no site Entrepreneur sobre o que deve ser evitado quando se trata em design de um estabelecimento

Foto: Divulgação
Lojistas muitas vezes pensam demais na qualidade dos produtos e dos serviços que oferecem e subestimam a importância do design de loja para o sucesso do empreendimento. Detalhes do planejamento espacial do estabelecimento sofrem com a economia de gastos, o que pode ser um perigo. O barato pode sair caro e acabar prejudicando o funcionamento e as vendas. Para ajudar lojistas, a jornalista americana Jane Porter, do site Entrepreneur, reuniu seis erros que devem ser evitados para você não ter de correr atrás do prejuízo. 

1) Deixar de fazer uma inspeção completa da instalação
O espaço desejado para a loja pode parecer um lugar ideal para as suas necessidades, mas pode ter problemas ocultos. Instalações elétricas e sistemas de ventilação mal projetados custam uma fortuna para consertar. Por isso o ideal é detectá-los antes de assinar um contrato de aluguel de longo prazo. O consultor em planejamento de lojas Jerry Birnbach aconselha a levar um arquiteto ou empreiteiro ao local antes de fechar qualquer contrato. “Há muitos esqueletos escondidos, coisas que você precisaria saber logo de cara”, diz.

2) Dar pouca atenção ao giro do estoque
Muitos varejistas não pensam sobre a relação do espaço da loja com a rotatividade dos produtos. Antes de considerar as opções do projeto de design, é bom estimar a quantidade de mercadoria que você vai vender e quanto de estoque será necessário para manter a loja, e consequentemente, o espaço que eles ocuparão. Para a consultora canadense Melanie McIntosh, o mais importante é planejar e questionar: “Qual o estoque que minha loja precisa ter para cobrir o custo do funcionamento?”

3) Escolher uma iluminação errada
A escolha da iluminação adequada é extremamente importante para o quão apelativo seu produto vai parecer. Todos os produtos, de vestidos de gala a cortadores de grama, têm um tipo de iluminação mais adequado. Isso envolve conceitos como temperatura e eficiência energética. “A questão não é apenas enxergar o produto, mas também levar em consideração as cores e a temperatura da luz”, diz Birnbach.

A iluminação é muitas vezes mal projetada porque os varejistas estão tentando cortar custos. Outra situação comum é confiar muito em conselhos de terceiros – especializados ou não – sobre o assunto sem levar em conta o conhecimento próprio sobre o funcionamento do negócio.

Harvey Rovinsky, dono de sete joalherias em Nova Jersey, comprovou a importância de uma iluminação adequada quando reformou a loja matriz. O arquiteto contratado por ele selecionou um tipo de luz fria, que deixava as joias sem brilho. “No ramo de joalherias, é necessário ter um trabalho de luzes incrível”, explica Rovinsky, que atribui seu erro à sua confiança excessiva no arquiteto.

4) Negligenciar o design da área do caixa
Muitos varejistas não ligam muito para a área do caixa, apesar da sua importância. Mas é importante certificar-se de que haverá espaço suficiente para que o espaço não fique muito lotado com devoluções, clientes e produtos. “Você quer causar uma boa impressão nos clientes quando eles estão saindo”, diz McIntosh.

5) Exibir produtos de forma desordenada
O modo de exibir as mercadorias pode afetar significativamente as vendas, mas alguns varejistas não consideram a forma como seus clientes fazem compras quando planejam a loja. “Quando um cliente pergunta sobre um produto, você tem de ziguezaguear pela da loja em busca do que deseja?” pergunta McIntosh. Se a resposta for positiva, há um problema.

Jim Broadhead, dono de uma loja de artigos de viagem em Alberta, no Canadá, só percebeu como seu estabelecimento era mal organizado quando procurou a ajuda de McIntosh. A loja já funcionava havia 12 anos e contava com três andares, mas ainda assim não tinha uma distribuição de produtos eficiente. Os itens eram agrupados por tipo, com todas as calças juntas, por exemplo, desconsiderando estilo ou função.

Broadhead descobriu que os consumidores podiam se localizar melhor se os itens fossem disponibilizados por categorias, colocando, por exemplo, todas as roupas de ginástica em um só lugar. Desde o redesenho da loja, no ano passado, suas vendas cresceram 15%.

6) Renunciar flexibilidade
As tendências de compra do consumidor estão sempre mudando, o que significa que os varejistas precisam agregar flexibilidade em seus projetos. Ao mesmo tempo em que displays flexíveis podem requerer mais investimento inicial, eles podem tornar a vida muito mais fácil quando for a hora de modificar as ofertas da loja.

E você, empreendedor? Quais são as suas dicas para quem está projetando uma loja?


Fonte: PE&GN

sexta-feira, 23 de março de 2012

7 expressões proibidas na hora de vender

Saiba quais frases os empreendedores devem evitar na hora de lidar com um cliente.

Foto: Getty Images
São Paulo - Provadores de lojas de roupas costumam ser cenário de uma clássica cena no mundo dos vendedores. A atendente, nitidamente constrangida, diz que a peça ficou ótima na cliente que mal consegue respirar vestindo uma roupa tão apertada. No fim das contas, a venda não acontece.

Muitas vezes, o vendedor fica com fama de mentiroso, mesmo que a intenção não seja exatamente esta. “Essa abordagem de venda faz o cliente ficar ainda mais em dúvida”, explica Mário Rodrigues, diretor do IBVendas.

Mentir, não deixar o cliente falar e ser pouco profissional são erros fatais na hora de vender. Um empreendedor que sabe vender deve ser também um consultor e evitar algumas expressões que pegam mal com a clientela e podem até manchar a imagem da sua pequena empresa.



1) “O produto foi feito para você”
O clássico dos provadores ainda é muito usado pelos vendedores na tentativa de convencer o cliente. O produto pode ter ficado bem no consumidor, mas, levada ao pé da letra, a expressão é mentirosa. “É óbvio que aquilo não foi feito sob medida para o cliente. Se ele estiver inseguro, vai ficar em dúvida”, diz.

2) “Tenho uma condição especial só para você”
Este é mais um caso de expressão que pode soar altamente falsa. A sugestão do especialista é evitar frases que não pareçam reais. “Está na cara que é uma mentira. O cliente percebe e deixa de confiar no vendedor”, conta Rodrigues. No fim, esta expressão mostra mais que o vendedor está interessado na comissão da venda e do que no bem estar dos clientes.

3) “O nosso produto é melhor”
É muito comum, segundo Rodrigues, a tática de desmerecer a concorrência para tentar convencer o consumidor. “Antes de falar que o seu produto é melhor, saiba o que o cliente quer. Ele pode rebater o seu argumento e a situação ficaria chata”, explica. Além disso, é importante construir uma imagem própria para a sua marca, que não deve ser só baseada na comparação com os concorrentes.

4) “Você nunca vai conseguir uma proposta melhor”
Neste caso, a intenção do vendedor pode ser valorizar o seu produto e a sua marca. Mas acaba correndo o risco de ofender os clientes. “Dizer ‘nunca’ subestima a capacidade do cliente em conseguir uma oferta melhor. É uma expressão muito negativa e o cliente pode se indispor mais facilmente”, afirma. Mais uma vez, vale a pena valorizar o seu negócio indicando os seus diferenciais no mercado.

5) “Esta é a nossa política. Não há como mudar”
Quando o vendedor se vê em dificuldade, ele pode usar a empresa como desculpa para o cliente. “Não fale mal da sua própria empresa ou produto por mais que o cliente esteja pressionando”, ensina Rodrigues. Em uma negociação, o melhor a fazer é tentar uma proposta dentro das condições do cliente e da empresa.

6) “O concorrente é muito ruim”
Mais uma vez, os vendedores usam com frequência a tática de diminuir o concorrente com o objetivo de valorizar a própria empresa. “Normalmente, quando o cliente está pendendo para a concorrência ele já tende a achar que ela é melhor. O desafio é convencê-lo que a solução da sua empresa é melhor”, explica.

7) “Amiga, querida...”
Intimidade demais faz mal para as vendas também. “Não pode chegar chamando o cliente de amigo. Demora anos para se tornar amigo de alguém. Soa falso”, explica Rodrigues. O ideal, nestes momentos, é sentir qual é o comportamento do consumidor: se ele é tímido, extrovertido ou mesmo indiferente. “Existe um mito do quebra-gelo. É louvável estabelecer empatia, mas é um engano achar que simular intimidade é uma forma de conquistar o cliente”, diz. Por isso, nada de apelidos ou adjetivos. Chame o cliente pelo nome apenas.


Fonte: Exame.com







quinta-feira, 22 de março de 2012

"O Segredo é" fala sobre iluminação em estabelecimentos comerciais

A série “ O Segredo é” do programa “A Grande Ideia”, ensina estratégias para melhorar seus negócios.


Foto: Arcoweb
Tem coisa que nem se imagina, mas muda muito a imagem e o valor dos produtos. A iluminação do ambiente é uma delas. Muitas vezes, com o intuito de economizar energia elétrica, o dono do estabelecimento mantém as luzes desligadas, acendendo somente quando o cliente chega. O que é errado, pois já de fora, a luz é um dos grandes fatores para chamar a atenção do cliente. A iluminação é essencial, pois valoriza as cores e formas dos produtos.




Fonte: SBT Brasil

quarta-feira, 21 de março de 2012

Com diferentes sabores, crepes são grande negócio em GO e no DF

Empresários que apostam na iguaria receberam ajuda do Sebrae. Sabores recebem até nome de filme para atrair a clientela. 

O crepe virou um grande negócio no Centro-Oeste do Brasil. Empresários de Goiás e do Distrito Federal apostam na iguaria, criam tamanhos e receitas diferentes e dão até nome de filme nos sabores para atrair a clientela.


Em Goiás, o produto é feito em vários tamanhos. O diferencial é o equipamento desenvolvido pelo próprio empresário. No Distrito Federal, os recheios são a grande atração: com nomes de filmes de cinema, a clientela não resiste. O sabor Guerra nas Estrelas é um dos crepes mais vendidos na casa.

Difícil é imaginar uma ligação entre a receita do crepe com a saga do jovem Luke Skywalker, das forças do bem, contra Darth Vader. O destaque é o recheio: filé, mussarela e cheddar.

As receitas foram criadas pelo empresário Nilo Santiago Filho. Ele achou que batizar os crepes com nomes de filmes seria uma inovação. E deu certo. “Aqueles filmes que tivessem alguma correlação com alimentos (...), para que a gente pudesse colocar no nome dos nossos crepes”, explica. Quem experimenta, aprova tanto os crepes como os nomes de filmes.

Para montar o negócio com segurança o empresário procurou o Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“Tem que estar aberto para aprender sempre. Aberto sempre pra ouvir. Ter também uma parceria com o Sebrae, que é uma escola fantástica de campeões de vendas, de campeões de negócios”, sugere Santiago Filho.

O programa Sebraetec, entre outras ações, oferece subsídio aos serviços de inovação e tecnologia. E também orienta a implantação e treina os funcionários das empresas.

“No país, a gente conseguiu aumentar em 32% o número de atendimentos às empresas. Em 2011, nossa meta de atendimento era de 450 empresas, nós fechamos 560 atendimentos”, diz Jorge Adriano Soares da Silva, do Sebrae do DF.

E o empresário Wilson Guerino, em Goiânia, teve a ideia de fazer e vender crepes quando via na tevê o programa “Mais Você”, da Ana Maria Braga, da Rede Globo “Ela estava fazendo uma matéria sobre crepe. Eu me interessei, pesquisei, achei que o negócio era de resultado bom, comecei.”

Guerino participou do programa Agentes Locais, do Sebrae, e recebeu orientações para aumentar a clientela. Resolveu abrir uma loja em um shopping. O resultado foi imediato. As vendas só aumentaram.

Uma das ações foi melhorar a aparência do local. O resultado apareceu rápido. A creperia faturava R$ 20 mil por mês. Agora, com o apoio do Sebrae, o lucro subiu para R$ 35 mil mensais.

“Nós estamos levando para ele tecnologia, informação, atualidades e isso é que faz, aliado ao esforço, à vontade dele, junto com o que nós podemos levar, o crescimento dele e de todas as outras empresas”, sugere João Bosco Gouthier, do Sebrae de Goiás.
O empresário incrementou o negócio: criou uma exclusiva raladora de queijos, elétrica e rápida. Além disso, diminuiu o tamanho da máquina de fazer crepes. Passou de 35 centímetros de diâmetro para 25. E agora, cabe direitinho no prato. “Como Goiânia não tem a cultura do crepe, não tem opção. Busquei uma máquina no mercado e transformei para a forma que eu gostaria de trabalhar”, revela o empresário.

Stella Maris Guerino, mulher de Wilson, ajuda no empreendimento. Ela criou os recheios para os 18 crepes. O carro-chefe da cozinha é o crepe de filé com rúcula. “Ele tem um sabor diferenciado porque leva tomate seco, rúcula, filé e cheddar”, diz.

“Maravilhoso. Eu venho de longe só para comer esse crepe, que é o melhor crepe de Goiânia”, afirma Marcos Cintra, que frequenta o local.
Wilson e Stella preparam mais de mil crepes por mês. Oito funcionários ajudam o casal, que já tem planos para o futuro. “Já procurei o balcão do Sebrae. Já me orientaram alguma coisa, e vamos começar a ser franqueador”, diz o empresário.


Fonte: G1

terça-feira, 20 de março de 2012

Conecte-se: 15 perfis no Twitter que todo empreendedor deveria seguir

Atualize sua rede social com quem fala diretamente sobre empreendedorismo, inovação e gestão 

Foto: Divulgação
O Twitter é uma ótima ferramenta para os empreendedores que querem se manter em dia com as notícias, mas é também uma forma de se aproximar de personalidades e instituições que podem ajudar quem tem uma pequena empresa. Pensando nisso, Exame.com selecionou 15 perfis no Twitter interessantes para quem empreende. 

Empresários bilionários, donos de startups e organizações de apoio estão na lista. Confira nas próximas páginas o endereço para os perfis, como eles de definem e quais os assuntos mais tratados em cada um. 


Abilio Diniz
@abilio_diniz: “Twitter oficial do presidente do Conselho do Grupo Pão de Açúcar, Abilio Diniz.”

Admirado pelos novos empreendedores, Abilio Diniz, presidente do Conselho do Grupo Pão de Açúcar, usa a rede social para falar sobre empreendedorismo e outras mensagens motivacionais.


Aceleradora
@aceleradora: “Aceleradora is a network of mentors advising tech startups and facilitating early-stage funding in Brazil”

A Aceleradora ajuda empresas iniciantes a potencializarem seu crescimento. O perfil na rede social fala especialmente sobre startups, investidores e novidades no mundo tecnológico.


Cristian Barbosa
@cristiantriad: "Nerd, empreendedor e escritor. Especialista em administração do tempo e produtividade."

Expert em produtividade, Christian Barbosa ensina a gerenciar o tempo e render mais seja no trabalho ou na vida pessoal. No Twitter, ele dá dicas sobre como aproveitar melhor o tempo (assim como faz na EXAME.com, com suas Dicas de Especialista).


Eike Batista
@eikebatista: "eiketwitter@ebx.com.br"

Um dos homens mais ricos do mundo, Eike Batista – também o mais rico do Brasil – é bastante ativo no Twitter e costuma postar mensagens de motivação e inspiração aos novos empreendedores, além de notícias sobre suas empresas.


Endeavor Brasil
@endeavor: "Empreendedorismo de Alto Impacto por um Brasil com mais oportunidades. Dicas de Gestão, Marketing, Estratégia, Finanças e Negócios p/ empreendedores e startups."

A Endeavor é uma instituição que apoia empresas com alto potencial de crescimento e geração de empregos com consultorias e apoio estratégico. Empresas como Spoleto e Crivo já receberam o apoio da organização. No Twitter, a Endeavor dá dicas de gestão e cursos e anuncia suas seleções.


Eric Ries
@ericries: "Trying to change how starups are built."

Empreendedor do Vale do Silício, Eric Ries é um dos defensores da metodologia lean startup, que propõe aproveitar de forma mais eficiente possível os recursos de uma startup. Na rede social, Ries fala – claro! – sobre startups e tudo que acontece neste mercado.


Fábio Seixas
@fseixas: "Co-founder CEO at Camiseteria.com, startup mentor ar 21212.com, TEDx Speaker."

Fabio Seixas é empreendedor e co-criador do Camiseteria, um site que vende camisetas com estampas enviadas e escolhidas pelo público. O perfil de Seixas no Twitter fala sobre o universo das startups e design.


Finep
@finep: “Financiadora de Estudos e Projetos. Dúvidas? seac@finep.gov.br ou (21) 2555-0555”

Quase todo mundo que começa uma startup depende de um investimento ou de um empurrão para o negócio deslanchar. A Finep, ou Financiadora de Estudos e Projetos, fornece recursos para essas empresas. No Twitter, dá para saber sobre novos editais, regras e companhias selecionadas.


Guy Kawasaki
@guykawasaki: “Author of Enchantment: The Art of Changing Hearts, Minds, and Actions. Former chief evangelist of Apple. Co-founder of Alltop.”

Uma das personalidades mais inovadoras do Vale do Silício, Guy Kawasaki ajudou a fundar a Alltop e foi evangelista da Apple. Na rede social, ele dá dicas de tecnologia, inovação e empreendedorismo.


Inc.
@inc: “Our mission is to help entrepreneurs and business leaders succeed.”

A revista norte-americana Inc. é uma das principais fontes de informação dos empreendedores estrangeiros. Além de dicas e artigos, a publicação atualiza seu Twitter com conteúdos que podem manter os empresários brasileiros em dia com as tendências mundiais.


Marco Gomes
@marcogomes: “Criador da boo-box. Empreendedor dedicado, nerd veterano, cristão aprendiz, fotógrafo amador, marido apaixonado. Consiglieri do grupo Jovem Nerd.”

Marco Gomes é um empreendedor brasileiro e fundou a boo-box, empresa de publicidade online que chamou a atenção do mundo. Seu perfil no Twitter traz dicas, ideias e outros conteúdos sobre startups e tecnologia.


Resultson
@resultson:  “Negócios inteligentes para Geração Y”

Tudo que envolve internet, inovação e startups está no Twitter da editora Resultson. Eles falam sobre eventos, ideias e negócios na rede social.


Startup Chile
@startupchile:“Start-Up Chile is a program of the Chilean Government to attract world-class early stage entrepreneurs to start their businesses in Chile. “

Diferente do Brasil, o Chile tem incentivado empresas iniciantes a se instalarem lá com o programa Startup Chile. No Twitter, a equipe que apoia as startups dá dicas de empreendedorismo, fala sobre as empresas que estão por lá – inclusive brasileiras – e anuncia novas seleções.


Sebrae
@sebrae: “Canal oficial do Sebrae Nacional (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).”

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, ou Sebrae, é uma das principais fontes de apoio aos empreendedores. Nas redes, o órgão atualiza notícias relacionadas à tributação, novas regras e vantagens competitivas das pequenas empresas.


Sou Empresário
@souempresario:  “Um ambiente para encontro, troca de conhecimento e interação entre empresários de diversas áreas e setores.”

O Sou Empresário é uma rede para empreendedores trocarem ideias e dúvidas. O perfil dá notícias sobre mudanças na categoria e dicas de gestão e de empreendedorismo.


Fonte: Exame.com

segunda-feira, 19 de março de 2012

7 jovens empreendedores à frente de redes de franquias

Nova tendência do mercado é dar espaço às gerações mais novas e cada vez mais jovens ocupam cargos de destaque em empresas

Foto: Stock.xchng
Jovens gerentes, coordenadores, sócios, diretores ou até presidentes de grandes empresas. Uma realidade cada vez mais comum, a nova geração, chamada de geração Y, deve estar cada vez mais presente em cargos de relevância. “Essa é uma tendência no mundo atual. Empreendimentos de tecnologia e sustentáveis, por exemplo, estão normalmente nas mãos de jovens”, afirma o sócio da consultoria especializada em franquias Francap, André Friedheim. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), pelo menos 27 empresas associadas são comandadas por pessoas com 30 anos ou menos.

Segundo o especialista, o fator se deve à preparação buscada por essa geração, além do acesso mais facilitado à informação. Na opinião de Friedheim, o mercado já teve mais receio frente a empresários com pouca idade. “O que vale para as pessoas que querem comprar uma franquia é que o negócio seja bom, tenha sustentação e seja bem planejado”, diz.

Hoje, muitos jovens já são donos do próprio negócio como franqueados. E vão além: alguns criam ou viram sócios de empresas franqueadoras e administram toda uma rede de franquias. Exame.com conversou com seis jovens empresários que passaram por cima de preconceito e resistência para conseguir criar e comandar negócios.

Yoguland

Agir com profissionalismo e não se desviar das ideias que acredita foi a fórmula usada por Tiago de Souza Campos, de 25 anos, e o amigo de infância, hoje sócio, Rafael Soares, de 28 anos, para criar a Yoguland. Fundada em agosto de 2009, a rede especializada em frozen yogurt conta hoje com 37 unidades em funcionamento e outras sete em fase de implementação. 

A ideia do negócio veio após uma temporada fora do país. Tiago morou na Califórnia e Rafael, no Havaí, onde conheceram o frozen yogurt e decidiram trazer a ideia para o Brasil. “Trabalhamos quase um ano para desenvolver e executar o projeto”, destaca Campos, sócio-diretor do empreendimento.

O jovem acha graça da expressão de espanto das pessoas quando conhecem a dupla empreendedora. “Já aconteceu de reparar a cara de surpresa de algumas pessoas quando marcamos reuniões, porque elas imaginam que somos mais velhos, mas dificilmente alguém fala algo”, conta.

2Call

Acreditar no potencial e ter tranquilidade ao se expressar são características que o sócio-diretor da 2Call Luan Castello Veiga Cardoso considera diferenciais que o levaram a ocupar esse cargo aos 26 anos. “O principal ponto é saber liderar. Você tem que se expressar muito bem, pois a chave para conquistar seus funcionários e clientes é a oratória”.

Sem formação universitária, o jovem acredita que experiência de vida, como viagens e outros empregos, é tão importante quanto os estudos.Para ele, outro facilitador de sua gestão na 2Call é a idade aproximada com os funcionários. “Isso dá abertura para conversas mais francas. Percebo, também, que muitos deles passam a acreditar na possibilidade de crescimento e desenvolvimento em suas carreiras”.

A empresa é especializada em mobile marketing com plataformas de desenvolvimento para jogos e aplicativos de celulares e smartphones. São 20 unidades franqueadas, espalhadas por 14 estados brasileiros.


Resolve Franchising

Vinte e cinco anos e uma ideia de empreendimento. Era 2010, quando David Pinto, criador e presidente da Resolve Franchising, reformava sua casa e se deparava diariamente com a falta de mão de obra qualificada, ele encontrou uma oportunidade de negócio. A partir das dificuldades, o empresário, hoje com 27 anos, decidiu implementar a Doutor Resolve, franquia especializada em reformas e reparos em imóveis – hoje já são 450 unidades espalhadas pelo país.

A primeira rede de franquia do jovem empreendedor faturou cerca de 200 milhões de reais em 2011. Para expandir ainda mais a participação no mercado, em janeiro deste ano, David Pinto lançou o Instituto da Construção, uma escola de formação de mão de obra para construção civil. A expectativa é inaugurar 120 unidades até o fim deste ano.

Contra críticas e descrenças causadas pela idade, David Pinto conta que sempre usou informações de mercado para mostrar sua capacidade de gerir a empresa. “Procurava mostrar um plano de ação consistente e, quando criticado, respondia pedindo um voto de confiança e um prazo para provar que a proposta era viável”. 

Docella

Os irmãos Tiago e Gustavo Ely Chehara, de 29 e 30 anos respectivamente, enfrentaram preconceito não apenas de clientes e fornecedores, mas até para consegui o primeiro ponto comercial para instalar a loja. O mais velho passou dias seguidos aguardando por mais de oito horas no escritório de um shopping paulistano por uma reunião para conseguir um ponto comercial. “Tamanha determinação tinha por objetivo convencer o superintendente de um dos mais disputados espaços comerciais da cidade a ceder um quiosque”, conta Tiago.

Com um espírito empreendedor que apareceu ainda na infância, quando vendiam papeis de carta ou jogos de computador, já na adolescência, os irmãos venceram as resistências e hoje tem uma rede de doces com 43 unidades espalhadas pelo país. Além das franquias, após seis anos no mercado, a Docella atende a 48 buffets e redes de supermercado, com uma produção mensal em torno de 500 mil doces.

A Docella foi uma ideia repentina, quando um menino abordou os dois com uma caixa de docinhos de festa. Em dois meses, a primeira fábrica estava instalada em São Roque interior paulista. “Sempre tivemos a cultura dentro da empresa de que não há nada que mostre melhor o que é uma empresa e seus líderes do que exemplos positivos através de nossas próprias atitudes e foi desta forma que mostramos ao mercado que não estávamos para brincadeira”, afirma o mais novo. 

Couro e Cia

Enfrentar a rejeição e a resistência em escutar sua opinião por conta da idade foi necessário a Bruno de Aguiar Oliveira, de 27 anos. Quando assumiu a diretoria de franquias da Couro e Cia para expandir a rede fora de Fortaleza, onde nasceu a marca, o jovem não imaginava que iria tão longe. “Por conta da vontade de construir algo novo dentro da empresa, vendi meu carro aos 18 anos e abrimos a primeira Couro e Cia fora de Fortaleza, em Natal, que inaugurou vendendo mais do que nossa unidade na capital cearense, há 6 anos no mercado na época.”

O empresário conta algumas situações desagradáveis que já viveu por conta do preconceito pela idade. “Em reuniões de shoppings, vários lojistas me olharam com rejeição ou não quiseram escutar minha opinião”, diz. Como destaca, isso o motiva a buscar mais conhecimento e dedicação, para mostrar sua capacidade de gerir a empresa.

A primeira loja da Couro e Cia, especializada em fabricação e comercialização de acessórios em couro, surgiu há 17 anos. Atualmente, a rede tem 14 lojas, especialmente no Nordeste. A previsão é chegar a 45 unidades em todo o país até 2014.

Depil House

A oferta para que Leonardo Ribeiro Ferrero assumisse a Depil House partiu da idealizadora do negócio e mãe do jovem, Maria Antonieta. “Em 2007, ela já não estava mais confortável na gestão da empresa e me ofereceu a oportunidade. Aos 20 anos aceitei a proposta e, seis meses depois, ela já havia se afastado completamente da gestão”, conta o empresário, hoje com 24 anos.

A maior conquista, na opinião do jovem, é o respeito e crédito de franqueados, fornecedores e parceiros. “Nas apresentações de oportunidades de franquia, os primeiros olhares são sempre de surpresa, e é necessário estar muito bem preparado com informações e profissionalismo para reverter esta impressão.”

Ao invés de virar um impeditivo, a juventude fez com que Ferrero se empenhasse ainda mais. “A idade influência muito para os outros, mas isso fez aumentar meu comprometimento e vontade, pois me sentia na obrigação de provar que dava conta. Sempre procurei tomar decisões muito pensadas e planejadas”.

O processo de franquia da marca foi iniciado em 1998 e hoje são 15 unidades. Além de depilação, algumas unidades contam com serviços de cabelereiro e estética. 

Koni Store

Sócio da Koni Store aos 30 anos, Michel Jager comanda uma equipe de maioria jovem e acredita que isso facilitou as coisas. “Como fundador da marca, acredito que o crescimento da empresa foi proporcional ao meu crescimento profissional. Felizmente a idade nunca me fez viver situações inusitadas”, conta o empresário. Ele destaca que já ouviu expressões de espanto, mas nunca encarou isso como crítica, mas admiração.

Michael conta que não para de ter ideias para o negócio. “Preciso me policiar para que elas virem ação e se tornem realidades”. Inaugurada em 2006, a rede foi vendida para o grupo Umbria. Hoje, o empresário atua como sócio e gestor da Koni Store.


Fonte: Revista Exame