Escrito por Anselmo Vicente Silva Guedes
Atualmente muito se tem falado em Computação na Nuvem, ou, em inglês, Cloud Computing, termo amplamente utilizado. Mas como realmente uma empresa pode beneficiar-se dessa nova tecnologia?
Com a popularização da internet de banda larga (que no Brasil não é tão “larga” assim, mas isso é assunto para outro momento) diversos serviços disponibilizados na internet tiveram seu acesso facilitado. Internet banking, compartilhamento de arquivos, compras, vendas, leilões, anúncios, classificados, dentre outros, são serviços que ganharam notória popularidade, todos estes, serviços disponibilizados na internet. Não importa onde fisicamente estão essas empresas ou os provedores destes serviços, o importante é que, ao acessar seu site, ele esteja pronto para atender ao desejo do consumidor. Esse é o conceito de “nuvem”, não importa onde toda a infra-estrutura serviço provido está, o importante é que ele esteja sempre disponível.
Ao invés de apenas sites, servidores inteiros e softwares de qualquer tipo, sejam eles comerciais, financeiros ou de produtividade, também podem estar na nuvem. Não importa onde fisicamente estejam, o importante e que sempre que precisarem ser acessados, eles estarão disponíveis. Isso é Cloud Computing, ou Computação na Nuvem
Para as pequenas e medias empresas, manter uma estrutura de TI é dispendioso. Qualquer software que uma empresa venha a utilizar, seja por obrigações legais, ou para a otimização de seu negócio, no modelo tradicional de TI, investimentos em hardware, licenciamento de software e infra-estrutura de rede são necessários, fora os profissionais necessários para manter toda essa estrutura em funcionamento.
No modelo de Computação na Nuvem isso não e necessário, toda essa estrutura já existe. Não é necessário preocupar-se com hardware, licenciamento de software ou backup, quem se preocupa com isso é o provedor do serviço. Outra grande vantagem desse modelo é o dimensionamento dessa estrutura. No modelo de atual de TI, quando há a necessidade de adquirir novos servidores ou softwares (normalmente eles “andam de mãos dadas"), há um super-dimensionamento destes equipamentos, ou seja, as empresas preocupam-se em adquirir uma infra-estrutura que não precise ser revisitada por algum tempo, com um poder de processamento e armazenamento considerável. Essa estratégia acaba gerando custos desnecessários. Com a Computação na Nuvem a estratégia é diferente, o consumidor paga pelo que utilizar, se for necessário mais processamento ou memória, com alguns cliques você aumenta sua estrutura, se não estiver usufruindo mais de toda a estrutura, diminua-a e pague menos por isso. Chamamos isso de elasticidade. Aumente e diminua sua estrutura de TI conforme a demanda de seu negócio.
O custo de manutenção de aplicativos dentro de uma empresa é alto. Instalação, reinstalação, compatibilidade com hardware e software, backup, atualizações que devem ser realizadas em cada estação de trabalho, enfim, estes são alguns exemplos do custo de manutenção que se tem ao adquirir um software. Com o advento da Computação na Nuvem, é possível que aplicativos comerciais, fiscais, ou desenvolvidos por encomenda estejam na nuvem. Este é o conceito de Software com Serviço, ou SaaS (sigla em inglês para Software as a service). Neste modelo o software não é visto com um produto, mas sim como um serviço. Não é necessário instalar nada, basta acessá-lo através de seu navegador da internet. A preocupação com atualizações, manutenção e backup, fica por conta do provedor do serviço. Outra grande vantagem na utilização desse modelo é que, como o software está na “nuvem”, as empresas não precisam gastar muito para que todas as filiais acessem o mesmo software e o mesmo banco de dados, basta um link com a internet e o serviço estará disponível. Um vendedor que esteja na rua com um notebook e um modem 3G, ou um dispositivo móvel, poderá acessar as mesmas informações que a matriz de forma on-line. Qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, com um acesso à internet, e claro, permissões de acesso ao sistema, poderá acessá-lo sem maiores problemas.
Há ainda um paradigma a ser quebrado. A questão é muito mais cultural do que tecnológica. Muitos gestores de TI ainda olham essa nova tecnologia com certa desconfiança. Mas como em qualquer relacionamento, a confiança se constrói. A demanda por serviços de cloud computing cresce de forma muito rápida. Segundo um estudo do IDC (International Data Corporation), o percentual de empresas que adotam serviços na nuvem subiu de 3,5% em janeiro de 2010 para 15% em janeiro de 2011, sendo estas tanto pequenas e médias empresas, quanto grandes companhias.
Dessa forma podemos concluir que a solução de Cloud Computing é ideal para empresas que desejam flexibilidade com TI e querem focar nos seus negócios.
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