Fonte: New Trade
A ABAD 2013 FORTALEZA – 33ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor e Sweet Brasil International Expo – trouxe os melhores especialistas do país para debater grandes temas que envolvem o setor. A primeira palestra no segundo dia do evento atraiu vários profissionais da cadeia de abastecimento. O professor Nelson Barrizzelli, pesquisador da FIA (Fundação Instituto de Administração), falou sobre “Política Comercial da Indústria e os Diversos Modelos de Negócios do Canal Indireto”. Já o professor e pesquisador associado à FDC (Fundação Dom Cabral) discorreu sobre “Empresas Distribuidoras Proativas: Como Antecipar Mudanças no Mercado”.
A palestra do prof. Barrizzelli teve como base as discussões que vêm sendo realizadas no âmbito do Comitê Canal Indireto da ABAD, que reúne agentes de distribuição e algumas das principais indústrias de bens de consumo do país, como Unilever e Nestlé. Essas discussões têm como objetivo analisar e normatizar os diversos modelos de atuação dos agentes de distribuição (distribuidor, atacadista generalista, atacarejo), eliminar os conflitos existentes ao longo da cadeia, além de realinhar as políticas comerciais adotadas pela indústria, o que deve ajudar a eliminar discrepâncias e a padronizar o preço final para o consumidor. Com a normatização, o que se espera é aumentar o ganho de eficiência da cadeia, beneficiando o consumidor final, ampliando o consumo.
Para Barrizzelli, um dos principais objetivos do Comitê Canal Indireto é a prestação de serviço, ajudando o pequeno varejista a evoluir. “Essa evolução só vai acontecer quando os agentes de distribuição atuarem de forma equilibrada com a indústria, apresentando soluções ao varejista, como a possibilidade de reduzir a carga tributária”, afirma.
O representante da Fundação Dom Cabral, Leonardo Araújo, iniciou a palestra destacando que as empresas não podem temer correr riscos. Segundo ele, é preciso sair da zona de conforto, discutir planos de negócios, aprender a lidar com os erros, eliminar a fronteira entre o sucesso e o fracasso e gerenciar o negócio de forma flexível. “O empresário deve ter o futuro como algo a ser construído, começando hoje. Por isso, é fundamental a capacidade de gerenciar a pressão de curto prazo e controlar as rotinas e objetivos de curto e longo prazo”, afirma Araújo.
Ele também pontuou a importância da proatividade no varejo, mostrando que o empresário deve antecipar mudanças e entender os mercados regionais. Para exemplificar a antecipação, ele projetou dados do Brasil em 2020, em que o PIB deve atingir 5,4 trilhões; o consumo, 65% do PIB; a população, 207 milhões; e a População Economicamente Ativa (PEA), 144 milhões e, por fim, a classe C dominante. Finalizando sua palestra, Leonardo Araújo deu cinco dicas para a proatividade do negócio: inovação não se faz apenas na indústria; ser proativo não é só correr atrás da meta; praticar vendas 3S (sola e sapato, senso de antecipação e software inteligente); entender o cliente e estar atento aos melhores negócios.
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