Fonte: No Varejo
Ao serem questionados pela CardMonitor e o Instituto Medida Certa sobre o uso do cartão de crédito, 17% dos usuários de cartões bancários alegam que o utilizam em função deles serem aceitos em qualquer lugar, enquanto que para os clientes de cartões híbridos (24%), a preferência se deve ao limite de crédito.
O estudo foi realizado com cerca de 7,8 mil usuários de cartões emitidos por bancos, mais de 1,0 mil usuários de cartões híbridos (aqueles emitidos com função crédito e bandeira, em parceria com empresas comerciais) e 3,7 mil titulares de cartões private label (sem bandeira, próprios de redes de lojas). Como critério, as faixas de remuneração foram divididas em 11% de domicílios com renda abaixo de R$ 1000; 41% com renda entre R$ 1000 e R$ 3000; 37% com renda de R$ 3000 a R$ 9000, e 12% com renda de mais de R$ 9000. Os entrevistados foram sorteados a partir de um mailing qualificado, fornecido pela Serasa Experian.
As regiões metropolitanas pesquisadas foram Porto Alegre, Curitiba, São Paulo (e interior), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza e Manaus. O que representa, segundo os institutos, 40% da população do País, gerando mais da metade do PIB.
“Entre os cartões bancários, o fator que mais pesa para os clientes indicarem o cartão a pessoas de seu relacionamento é o sistema de atendimento, a face visível e tangível do produto”, afirma o diretor da CardMonitor, José Antonio Camargo de Carvalho. Já na categoria private label, as tarifas e taxas praticadas determinam maior ou menor propensão de recomendar o produto, sinalizando que os clientes não as aceitam em produtos desta natureza, cuja aceitação restringe-se a uma rede de lojas.
A propensão de os clientes recomendarem seu cartão de crédito é maior entre os possuidores de cartões bancários e híbridos, e reduzida entre possuidores de private label, o que também é influenciado pela aceitação restrita desse meio de pagamento. “Os portadores desta categoria de cartão, não gostam da ideia de pagarem pela sua posse, pois consideram que o fato de manterem o produto já é reciprocidade suficiente”, complementa Daibert.
Curiosidades ligadas a insatisfação com taxas de juros
Curiosamente, os maiores níveis de insatisfação com as taxas de juros cobradas pelos cartões partiram das pessoas com renda mais elevada, que têm acesso a juros menores e evitam utilizar a função crédito do produto. Por outro lado, as pessoas de baixa renda estão mais satisfeitas, em função da desinformação e pouca educação financeira.
Nessa mesma linha de raciocínio, 84% dos entrevistados de alta renda consideram atrativos os programas de milhagem para troca por passagens aéreas, contra, por exemplo, 56% dos entrevistados de baixa renda que consideram atrativa a troca de pontos por minutos de celulares pré-pagos.
Detalhe: a pesquisa revela que, independente do público, 16% dos portadores de cartões possuem restrições de crédito na Serasa Experian.
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