02/04/2013 - POR MARCELO CABRAL
ITENS COMO GAMES, SMARTPHONES, CALÇADOS E TVS CRESCERAM TRÊS VEZES MAIS QUE OS DEMAIS EM 2012, SEGUNDO PESQUISA DA CONSULTORIA GFK
A economia brasileira pode estar crescendo a um ritmo modorrento, mas o consumidor nacional quer mais é se divertir. Pelo menos essa é uma das conclusões de um estudo da empresa de pesquisa de mercado GfK sobre as vendas de 75 tipos de produtos no varejo brasileiro em 2012 na comparação com 2011.
De acordo com a pesquisa, o faturamento de uma lista de 14 itens com foco em entretenimento - que inclui brinquedos, calçados esportivos, games, TVs de tela fina, notebooks e smartphones – aumentou 5,5% no ano passando, chegando a R$ 61,3 bilhões. Já as vendas de bens duráveis como um todo tiveram elevação de apenas 1,8% em 2012, ficando na casa de R$ 97,4 bilhões.
“Praticamente todas as categorias que formam a cesta de entretenimento vêm apresentando crescimento. Existe sim uma evolução mais acelerada para esse segmento, fazendo com que ele ganhe cada vez mais importância, impulsionado especialmente pelas vendas de brinquedos e itens de alta tecnologia”, afirma Simone Aguiar, Gerente de Unidade de Negócio Varejo da GfK.
Segundo a empresa, entre todas as 75 categorias pesquisadas foi a de Games que apresentou o maior crescimento entre 2012 e 2011, com 133% de expansão. Outros segmentos com crescimento elevado foram as fritadeiras elétricas (86%), os tablets (85%) e os cortadores de cabelo (81%).
Em termos geográficos, a região com maior crescimento foi o Nordeste, com 8%, seguida pelo interior de São Paulo, com 5%. Esta,aliás, se tornou principal local do país em termos de faturamento total, responsável por 19% do total de vendas. O interior de São Paulo perde espaço para a capital apenas na cesta de entretenimento. Nesta, a maior cidade do estado representa 25% da receita do país.
Outra tendência apontada pela GfK é o crescimento das lojas generalistas, um setor que inclui hipermercados, lojas de departamentos e e-commerce sem loja física. O segmento teve elevação de 19,5% em seu faturamento, enquanto as lojas especialistas tiveram queda de 2% em sua receita no ano passado. Com o resultado, as lojas generalistas ganham espaço dentro dos canais de vendas, já sendo responsáveis por 22% das vendas no país.
Para os próximos anos, a GfK acredita que o foco do consumidor estará em produtos que tenham o apelo da sustentabilidade, assim como a elevação no potencial de consumo de moradores de favelas e comunidades de periferia, especialmente nas linhas branca e marrom. “Os anúncios do governo sobre incentivos fiscais para fabricação local de itens ligados à alta tecnologia, principalmente de televisores 3D visando a Copa do Mundo e as Olimpíadas, também indicam que o consumo ganhará movimento”, diz Simone.
Fonte: Época Negócios
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