Fonte: PEGN
No Brasil, os altos impostos aliados
à burocracia representam um grande entrave para novos negócios se
desenvolverem. Por essa razão, as pequenas empresas devem estudar, o
tempo todo, novos processos para aumentar a competitividade no mercado.
Durante o Congresso da Micro e
Pequena Indústria, realizado nesta segunda-feira (26/5), em São Paulo, questões
como controle, gestão e produtividade das empresas estiveram em debate. O
evento, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp), teve a participação de diversos especialistas e empreendedores. Em
diversos debates, eles apontaram soluções para lidar com esses desafios.
Conheça agora algumas delas:
Invista no controle do negócio. “Ninguém controla o
passado, mas pode controlar o que vai acontecer”, disse Roy Martelanc,
professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), durante o congresso.
Para ele, o empreendedor deve acompanhar e ter domínio das finanças da empresa.
“Mas medir não é o bastante, é preciso comparar”. Martelanc afirma que o
empreendedor deve traçar metas coerentes com os seus objetivos e ter um
parâmetro sempre em mente. Essas metas podem levar em consideração o desempenho
da empresa no ano interior, o crescimento do concorrente ou um número absoluto.
Isso ajuda a definir problemas contábeis e a se preparar para momentos de
crise.
Integre seus sistemas de gestão. Manter diversos
segmentos da empresa isolados também pode ser preocupante, tanto na hora de
prestar contas como na busca por crédito. Para estar a par do que acontece em
diferentes áreas da empresa, vale a pena contar com a ajuda de um Sistema
Integrado de Gestão. Fernando José Gonzalez, especialista no assunto e
professor do Instituto Mauá de Tecnologia, explica que com o uso desse tipo de
sistema o negócio passa a ter um banco de dados centralizado.
Assim, é possível manter a segurança da informação, aumentar a
produtividade e relacionar dados. Em empresas que precisam otimizar processos
produtivos porque são mais enxutas, esse tipo de sistema garante ainda uma
redução de custos operacionais, porque diminui o retrabalho com cadastro de
dados.
Seja produtivo. Para José Ricardo Roriz, diretor do Departamento de Competitividade e
Tecnologia da Fiesp, o cenário atual é desestimulador para quem investe capital
próprio na indústria em busca de retorno financeiro. Segundo dados levantados
pela Fiesp em 2013, o “custo Brasil” chegou a ser 38% maior do que aquele
praticado em outras economias emergentes. Neste ambiente desfavorável, Roriz
afirma que o fortalecimento interno da indústria é ainda mais importante, sendo
a produtividade um grande diferencial.
Como caminho para tornar uma indústria produtiva, ele ressalta a
importância de dois fatores: produção de mercadorias com valor agregado e
capacitação profissional. Isso porque, uma base sólida nessas duas esferas
permite que o empresário invista em gestão, compra de máquinas e equipamentos e
pesquisa e desenvolvimento.
Apesar do conselho, Roriz é realista: “Estamos passando por uma fase de
desindustrialização. A margem de faturamento bruto das empresas tem se mantido
estável e isso compromete investimentos em competitividade”.
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