Quando olhamos para o maior varejista do mundo com um faturamento de mais 400 bilhões de dólares nos perguntamos: “As lojas deles não tem nada demais, o que faz com que eles vendam tanto e sejam tão grandes?”.
É simples. Usam a tecnologia e a logística intensivamente na sua retaguarda, essa é a grande diferença. Ainda na década de 90 seu fundador percebeu que o que faria a diferença seria a informática e investiu pesadamente, quando muitos nem sequer sabiam o que era ou não davam a menor importância e investiam em estoque. Desde essa época usam radiofreqüência e comunicação de todos os PDV’s, de todas as lojas, com um super computador que armazena todas as vendas, e seu pessoal de marketing estratégico passam os dias analisando os passos e hábitos de seus consumidores. Essa é a grande diferença que os tornou os maiores.
Isso agora está muito claro, não adianta apenas ter uma loja bonita, bem arrumada e em um bom ponto, é preciso ter também toda a retaguarda no mesmo nível. Com o perfil de competição dos dias de hoje, o custo da operação e a logística de abastecimento fazem a diferença.Ter tecnologia de ponta significa elevar a produtividade, reduzir custos e melhorar o atendimento.
A melhoria nos processos de compra, a redução de estoques, a eliminação de perdas por furto, a diminuição de mercadorias encalhadas por uma administração mais exata do perfil dos clientes, aliados a recursos tecnológicos na hora de atendê-los e de se comunicar com eles, viabilizam qualquer investimento em tecnologia.
Na última NRF (National Retail Federation), que aconteceu no inicio do ano em Nova York, com a presença de uma delegação brasileira de cerca de 1.400 pessoas (a maior delegação do evento), chamou atenção o interesse por soluções que evitem furtos, como câmeras de monitoramento e etiquetas antifurto e RFID, que são integradas a softwares para analisar o comportamento do consumidor na loja.
Tanto nos estoques como nos corredores das lojas, as tecnologias pós-código de barras estão avançando. As etiquetas com micro transmissores de rádio (RFID) são as que mais chamam atenção, mas mesmo com o apoio do maior varejista do mundo, seu avanço ainda é muito aquém do previsto na década passada. Tudo por causa da falta de um padrão único, pois os existentes não conversam entre si e acabam causando problemas com os equipamentos de leitura.
Seu preço unitário também é um obstáculo, porque continua alto, mas se ele cair drasticamente nos próximos meses, isso causará uma grande transformação nas operações do varejo. Para quem, como eu, que teve a oportunidade de ver e trazer essa tecnologia no inicio dos anos 90, posso dizer que a tecnologia está madura e o mercado está prestes a adotá-la.
Sem dúvida nenhuma, poder fazer um levantamento de itens de estoque na loja com essas etiquetas, de uma forma rápida e precisa, sem ter que modificar a disposição das mercadorias com equipamentos que permitem a leitura por código de barras e também por RFID, é muito atrativo. Além disso, é possível, com recursos disponíveis nessa tecnologia, localizar um item perdido. Essa função pode ser aplicada, por exemplo, para encontrar produtos deixados por clientes fora das gôndolas ou araras. A comunicação de dados pode ser feita de varias formas como radiofreqüência, Bluetooth, batch e voip.
E o que dizer dos softwares de frente de loja e de controle de retaguarda? Hoje existem no mercado mundial softwares especializados para cada segmento, especialmente desenvolvidos para atender a necessidade do varejista, seja uma cadeia própria ou uma rede de franquias.
Com as exigências fiscais se tornando cada vez mais rigorosas e complexas no Brasil e o Governo se aparelhando tecnologicamente, o varejista tem que se atualizar em termos de software para fazer frente a todas as exigências legais, dentro dos prazos exigidos, e também poder fazer frente à concorrência internacional que está desembarcando no Brasil e que já vem com esses softwares sofisticados a tira colo.
Com as exigências fiscais se tornando cada vez mais rigorosas e complexas no Brasil e o Governo se aparelhando tecnologicamente, o varejista tem que se atualizar em termos de software para fazer frente a todas as exigências legais, dentro dos prazos exigidos, e também poder fazer frente à concorrência internacional que está desembarcando no Brasil e que já vem com esses softwares sofisticados a tira colo.
Com a introdução da NFe (Nota Fiscal Eletrônica), ST (Substituição Tributária), SPED e outras exigências, o varejista tem hoje um motivo a mais para investir em tecnologia.
O trinômio ponto de venda, retaguarda e obrigações fiscais fazem com que o varejista abra os olhos para investir em hardware, software e serviços de tecnologia, podendo assim, continuar crescendo. Se não fizer isso estará morrendo.
O trinômio ponto de venda, retaguarda e obrigações fiscais fazem com que o varejista abra os olhos para investir em hardware, software e serviços de tecnologia, podendo assim, continuar crescendo. Se não fizer isso estará morrendo.
Eduardo Santos é fundador, administrador e presidente da ADDMARK
Fonte: No Varejo
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