terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Seis tendências da NRF 2012 para ficar atento

Consultora destaca as principais tendências mostradas na feira

Por: Thiago Borges
Foto: Divulgação

Mais de 100 palestras, 400 expositores, 25 mil participantes (sendo 4500 brasileiros). A quantidade de informação transmitida durante a 101a. edição do Retail's Big Show da NRF, que aconteceu neste mês em Nova York, é imensa.

Por isso Daniel Zanco, sócio-diretor da consultoria Universo Varejo, resumiu as seis principais tendências da NRF 2012 e como isso se aplica à realidade brasileira, em apresentação feita nesta quinta-feira (19/01) à comitiva da Alshop.

1 - Omnichannel (Oni-canal): 
Não há mais diferenças entre loja física ou virtual.  O cliente conhece o produto na loja, compra pela internet, e vice-versa. Na loja de instrumentos musicais Guitar Center, a equipe de vendas das lojas físicas orientam os compradores da internet, e gerentes podem criar mini lojas virtuais específicas para uma determinada região.

Bons exemplos também são o self checkout da Apple, em que o pagamento da compra feita na loja física é realizado pelo celular. Na Coreia, a Tesco montou uma prateleira virtual no metrô.

No Brasil, temos poucos smartphones, a internet 3G é cara e de baixa qualidade. O e-commerce tem crescido mas em poucas categorias, e a logística e o fisco são barreiras no País. Para começar, é importante saber se é possível acessar o site da empresa pelo celular, gerar conteúdos e gerenciar redes sociais.

2 - Marketing Um para Um: 
É a perfeição do CRM, com uso de algoritmos de correlação de análise de dados, que permitem saber o que o cliente gostaria de comprar. No Brasil, a Droga Raia já faz isso com seu cartão fidelidade. A Macy's, nos EUA, envia 500 mil mensagens diferentes de um mesmo e-mail marketing.

Não há muitas ações do tipo ainda no Brasil. Quem pode tirar um bom proveito disso são os magazines de vestuário, que vendem até 90% dos produtos com cartão próprio e conseguem saber quem está comprando e onde está comprando. A palavra de ordem é cadastrar!

3 - Loja não é mais ponto de venda: 
Se a loja não tiver emoção e conectividade com o cliente, é melhor comprar na internet. Na loja da Disney, a placa com o Mickey Mouse não agradece pela compra feita e sim pela magia compartilhada.

Nesse sentido, o Brasil tem muitos casos de sucesso até porque brasileiro gosta de interação. O trabalho de atendimento é que precisa evoluir - muitas vezes a ação é mais individual, do vendedor, que uma cultura da empresa.

4 - Engajamento: 
É o capitalismo consciente, em que os valores da empresa vão além da geração de lucro, como sustentabilidade. Na Aéropostale, os jovens contratados são questionados sobre seu engajamento social. No Brasil, bons exemplos são o Pão de Açúcar, Chilli Beans e Natura.
O consumidor brasileiro ainda é pouco consciente. Mas o trabalho pode ser desenvolvido entre os colaboradores, engajando-os em uma causa.

5 - Tecnologia para precificação e suprimento: 
A concorrência entre on-line e off-line diminuiu as margens. Com dados em ordem, o varejista consegue evitar liquidações a 70%, por exemplo. Na Sonae, de Portugal, dá para saber que o produto está para vencer e determinar a venda mais barata para evitar quebras. O Brasil ainda tem muito a evoluir nisso.

6 - Tecnovarejo: 
Tablets, QR Code, displays interativos, aplicativos para celular, mobile payment... são tecnologias para melhorar a experiência de compra e processo dentro da loja, e o nível de serviço ao consumidor.

O cliente brasileiro gosta de tecnologia no ponto de venda, mas equipamentos são caros e quem decidir fazer alguma coisa deve gerar conteúdo relevante para o público. "Tecnologia não é fim, é meio. Tem que facilitar processo de compra", comenta Zanco.

Fonte: Revista No Varejo

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Tendências de consumo para o primeiro trimestre

Pesquisa indica as tendências de consumo para o período de janeiro a março de 2012

Foto: divulgação

O Programa de Administração de Varejo (PROVAR), da Fundação Instituto de Administração (FIA), junto com a Felisoni Consultores Associados, divulgaram na última terça-feira (17) o resultado da Pesquisa Trimestral de Intenção de Compras no Varejo – Janeiro a Março de 2012.

De acordo com o levantamento – que se divide entre pesquisa de campo, estatísticas e pesquisa com compradores e-commerce – este início de ano sofrerá uma forte desaceleração nas vendas, por conta da redução estimada das disponibilidades orçamentárias para o primeiro trimestre, e o aumento da inadimplência.

Para que se tenha uma ideia, a evolução do consumo global caiu para 3,2%, entre novembro de 2010 e novembro de 2011. No paralelo, a taxa de juros para crédito aos setores privados e públicos aumentou de 39,1% (em novembro de 2010) para 44,7% (em novembro de 2011), enquanto o índice de inadimplência, que era de 6% em março do ano passado, já pode chegar a 7,89% neste primeiro trimestre.

Por conta disso, as intenções de compra sofrerão os primeiros reflexos, caindo de 71,8% (registrado no primeiro trimestre de 2011) para 60,6% nos próximos meses.

Dentre as categorias mais consumidas neste período, vestuário e calçados aparecem com 15,4%, seguidos por viagens e turismo, com 12%; material de construção (9,8%), produtos da linha branca (9,6%), automóveis e motos (9,4%) e materiais de informática (8,4%).

Dos 500 entrevistados que participaram da pesquisa de campo – no período de 19 a 30 de dezembro de 2011, na cidade de São Paulo – a maioria pertence à classe C (34%), seguida de D (33,4%) e B (18,2%), e pretende gastar no máximo R$ 2971, com a compra de móveis, e no mínimo R$ 127 com eletroportáteis. Para estes parâmetros, o levantamento levou em consideração também as amostras por ordem de renda, sendo a maioria (64,8%) com três a oito salários; 20,2% com oito a quinze, e 10,2% com até três salários mínimos.

Do ponto de vista positivo, no período do primeiro trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2012, haverá um crescimento significativo nas intenções de compra e gastos médios com materiais de construção (62,2%), móveis (63,7%), telefonia e celulares (44,9%), e queda no consumo de produtos ligados a cine e foto (-28,4%), eletroeletrônicos (-35,7%), imóveis (-5,4%), casa, mesa e banho (-42,2%) e informática (-8,5%).

Intenção de compra pela internet

Na análise que também foi feita com 4.375 internautas, no período de 2 a 10 de Janeiro deste ano, as intenções de compra pela internet neste primeiro trimestre cairão de 90% (registrado no primeiro trimestre de 2011) para 86,4% nos próximos meses.

Os produtos da linha branca ficam no topo da lista de interesse do consumidor este ano (com 6,4% de intenção) e os de menor importância aparecem na seguinte ordem: CDs, DVDs, livros e revistas (-18%), produtos para casa (-9,4%), informática (-7,3%) e viagem e turismo (-6,1%).

Já a renda familiar para esse perfil de entrevistado oscilou entre R$ 3900 (para 30,8% dos internautas), e R$ 1950 a R$ 1040 para 22,1% deles. Consequentemente, os produtos mais procurados neste início de ano, divididos por categorias, serão os eletroeletrônicos com 38%, os materiais de informática (31%), telefonia e celulares (27,8%), linha branca (23,5%) e produtos para casa (22,1%).

Diante deste cenário, as instituições puderam concluir também que 18,4% da renda familiar dessas pessoas está comprometida com crediários, sobrando 10,2% para as demais despesas com alimentação, educação e habitação, que aparecem no topo das prioridades.

Fonte: Revista No Varejo

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Como precificar meus produtos?

Especialista ensina a calcular qual o preço justo para a sua empresa
(Respondido por Dalton Viesti, especialista em gestão)


Foto: Divulgação

Para obter resultados positivos, tanto na lucratividade como na competitividade, é imprescindível que usar todas as ferramentas financeiras e mercadológicas possíveis. Inicialmente você deve apurar os custos. Antes de qualquer cálculo, separe-os por atividades, como produtos fabricados, produtos revendidos e serviços.

Os custos se dividem em diretos, indiretos, fixos e variáveis. Liste, primeiro, os custos diretos e variáveis, que são essenciais para compor a margem de contribuição. Esta margem avalia seu ganho sobre tudo o que se gasta na aquisição de bens e serviços que são consumidos diretamente pelo cliente e que variam conforme o consumo deste cliente, como matérias-primas, embalagens e mercadorias.

Depois se apura os custos fixos e indiretos que são usados para fazer a empresa funcionar, após tirar da margem de contribuição chegamos ao lucro bruto. Custos fixos são os gastos que, independe de vender ou não, você terá que pagar, pois fazem parte de sua estrutura, como aluguel, impostos da empresa, salários e energia.

Apurado seus custos a pergunta a ser feita é qual o valor e quantidade devo vender para cobrir os custos diretos e indiretos. Um cálculo matemático!

Após fazer este cálculo e definido o preço de venda para obter a lucratividade, vamos ao próximo passo, verificar se com este nível de preço iremos vender as quantidades projetadas no seu cálculo financeiro.

Para isso, verifique os preços que estão sendo oferecidos no mercado para produtos e serviços similares ao seu, considere também seu diferencial, ou seja, algo que você oferecerá e os concorrentes não, e avalie qual é o preço que deveria cobrar para ter sucesso comercial. Se mudar, não se esqueça de rever as quantidades a serem vendidas.

Em geral, os custos de uma empresa iniciante são maiores, por isso nem sempre estes números são próximos. O esforço daqui para frente é corrigir seus custos, enxugá-los, renegociar com seus fornecedores a ponto de que cheguem a satisfazer as duas condições que colocamos no início: competitividade e lucratividade.

Lembre-se que experiência e vontade são muito importantes, mas conhecimento técnico é vital para realizar um trabalho competente e com menos chances de erro na hora de precificar.

* Dalton Viesti é consultor, coordenador dos cursos de graduação da Trevisan Escola de Negócios e professor de Empreendedorismo, Marketing e Gestão Estratégica

Fonte: Revista Exame

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ex-morador de rua vira empresário e fatura R$ 100 mil ao mês

Depois de falir e morar nas ruas, empresário deu a volta por cima e tem 340 microfranquias

Por: Patrícia Basilio
Foto: Eduardo Anizelli

Marcelo Ostia é exemplo de superação
A primeira empresa de Marcelo Ostia,31, faliu. Vindo do interior de São Paulo para a capital, ele sobreviveu com R$ 4 por dia. Alugou vaga de estacionamento, mesmo sem ter carro, para fugir da violência das ruas. No inverno, tomou banho em um tanque de lavar roupas de uma indústria e, por isso, era vítima de gripes frequentes. Conseguiu se reerguer: hoje é empresário com loja própria e 340 microfranquias. 

Confira abaixo o depoimento do empresário concedido à Folha

*
Descobri que havia nascido para trabalhar com confecção aos sete anos, quando ganhei uma camiseta do Batman e fiquei curioso para saber como ela havia sido feita.

Aos 18 anos, confirmei a teoria ao abrir uma empresa de estamparia de roupas em Itu [a 101 km de São Paulo], cidade onde moro hoje. Ganhei muito dinheiro [com o negócio], mas como era "filho de papai", não soube aproveitar a oportunidade. 

O empreendimento chegou ao fim quando tomei calote de R$ 4.500 de um dos clientes e fiquei no vermelho. Para microempresas, qualquer perda é um grande prejuízo. 

Falido e desempregado, fui para São Paulo com R$ 50 para vender peças personalizadas e reerguer minha vida financeira. Durante um mês, sobrevivi com R$ 4 por dia.

Para não dormir na rua, aluguei um estacionamento no Brás (centro de São Paulo). Não tinha carro, mas usava a vaga para descansar. Era uma forma de me proteger da violência nas ruas. Dormia sobre um cobertor velho e usava camisetas com defeito como travesseiro. 

Durante o inverno, tomava banho no tanque de uma fábrica sem xampu nem sabonete. Sentia frio e pegava gripe com muita facilidade.

No começo da noite, vagava pelas ruas para evitar o barulho do entra e sai de carros no estacionamento.

TAPA NA CARA
 
A minha vida mudou quando tomei um "tapa na cara" do destino: recebi uma blusa usada de representantes da prefeitura em uma campanha que dá roupas a pessoas carentes. Eu, que vendia peças novas, aceitei uma antiga. 

Era com essa camiseta que me cobria enquanto dormia no estacionamento. Três meses depois de chegar a São Paulo, a mãe de um colega me chamou para morar com ela e deixar as ruas. 

Era uma muçulmana de quem até hoje só consegui ver os olhos [por causa da vestimenta]. Fico triste por saber que, se encontrá-la, não a reconhecerei para agradecer o que ela fez por mim e pela minha carreira. 

Os planos na capital foram interrompidos quando soube que minha namorada, em Itu, estava grávida. Voltei ao interior disposto a ser empregado para criar o bebê.
Fiquei três meses distribuindo currículo e consegui emprego como auxiliar administrativo em uma fábrica. Mas a alegria não durou muito. Um salário mínimo não foi suficiente para sustentar a minha filha. 

RECOMEÇO
 
Para complementar a renda, voltei a vender camisetas personalizadas em um portal de compras. Foi um recomeço em 2004. 

Meu interesse de infância em empreender foi atiçado, apesar de ter falhado na primeira tentativa. Juntei R$ 300 e montei um site para mostrar e vender as peças. A ideia deu frutos e, depois de um ano, transformou-se no site Camisetas da Hora. Deixei de ser empregado.
Hoje vendo cerca de 8.000 camisetas por mês e tenho faturamento mensal de R$ 100 mil, loja própria em um shopping na cidade de Itu e 340 microfranquias distribuídas pelo Brasil.

A minha meta como empreendedor é chegar a mil microfranquias no país, exportar as peças e ser reconhecido como o maior empresário de camisetas do mundo.
Minha história fez toda a diferença para o sucesso como empreendedor.
As dificuldades me fizeram ser uma pessoa melhor e mais humilde, compreensiva e paciente. A camiseta usada que ganhei na campanha está hoje emoldurada e pendurada em uma das paredes da empresa. 

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sebrae agora no seu iPhone e iPad

Aplicativo para dispositivos da Apple já está disponível para os usuários


Sempre por dentro das novidades tecnológicas, o Sebrae agora também está disponível para acesso para usuários de iPhone e iPad. O aplicativo, desenvolvido em parceria pela Unidade de Tecnologia e Informação (UTIC), Unidade de Capacitação Empresarial (UCE), Unidade de Marketing e Comunicação (UMC), Unidade de Atendimento Individual (UAI) e Sebrae Santa Catarina, já está disponível na App Store do iTunes.

No aplicativo estão disponíveis informações de todas as unidades estaduais do Sistema Sebrae, assim como informações Institucionais, notícias nacionais e locais (com possibilidade de publicação no Facebook e Twitter); endereços do Sebrae (baseado em consulta georeferenciada), ideias de negócios, cursos, palestras, seminários e oficinas do Sebrae, além de um sistema de busca, onde o usuário pode selecionar um tema e acessar as informações sobre ele.

Para ter acesso ao aplicativo para download, pesquise “Sebrae” na App Store e clique na opção instalar. Ou clique no link abaixo:


Em fevereiro, será lançada a versão para o sistema Android.

Caixa vai destinar R$ 345 milhões em crédito este ano a empreendedores individuais

Operação oferece taxa de juros de 0,64% ao mês e prazo de até 24 meses para pagar

Da Agência Brasil de Notícias 
Foto: Divulgação

A Caixa Econômica Federal vai destinar este ano R$ 345 milhões em crédito para empreendedores individuais, por meio do microcrédito produtivo orientado (Crescer). A operação oferece taxa de juros de 0,64% ao mês e prazo de até 24 meses para pagar.

O empreendedor que tiver interesse em contratar uma operação pode se dirigir a uma agência ou a um dos postos de atendimento do banco, instalados em comunidades atendidas pelo programa.

De acordo com a Caixa, desde setembro do ano passado – quando teve início o programa – a dezembro de 2011, regiões como o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, e Heliópolis, em São Paulo, receberam, pelo programa, R$ 5 milhões, em aproximadamente mil contratos. No total, a Caixa concedeu mais de R$ 11 milhões pelo Crescer, desde o início do programa.

Em dezembro de 2011, a Caixa ampliou a atuação para mais três comunidades do Rio de Janeiro: Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, aproveitando o processo de pacificação dos bairros. O primeiro contrato na Rocinha foi firmado no dia 7 de dezembro, no valor de R$ 6 mil, com prazo de pagamento de dez meses.

Segundo a Caixa, a atuação do banco no microcrédito produtivo orientado tem um elemento inovador: a contratação de jovens das próprias comunidades atendidas para atuar como agentes de microcrédito. Em 2011, foram contratados mais de 500 jovens. Para 2012, devem ser selecionados mais 2 mil aprendizes. Com idades entre 18 e 22 anos, os 2,5 mil agentes atuarão na prospecção e orientação dos potenciais tomadores de crédito, com a supervisão direta de empregados da Caixa.

Os recursos do microcrédito produtivo orientado podem ser usados como capital de giro ou para compra de equipamentos e máquinas. O valor máximo do empréstimo é de R$ 15 mil, com prazo de até 24 meses para pagar. A Taxa de Abertura de Crédito (TAC) é de 1% do valor do empréstimo. Atualmente o valor médio concedido aos empreendedores é de R$ 4 mil.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Desafios para os varejistas em 2012

Foto: Divulgação

Entra ano, sai ano e os desafios do varejo continuam semelhantes. Ganhar relevância, fidelidade, aumentar as vendas, integrar com o mundo digital, novos formatos, segmentação, modelos e estratégias diferentes para enfrentar um mundo diferente deram o tom do primeiro dia de palestras na Conferência anual da NRF – National Retail Federation – em Nova York, nos Estados Unidos, o maior termômetro do varejo no mundo.

Embora seja uma minoria, ainda nos dias de hoje, há varejistas que não tomam decisão com base em dados históricos ou em tempo real. Só que estamos na era em que é possível ter uma análise preditiva do comportamento de compra, antecipando os desejos dos compradores e adaptando a cadeia para uma demanda específica. O varejo está se tornando inteligente. Mas ainda há um longo caminho pela frente.

“Os varejistas precisam saber o que terão no estoque que realmente vai vender”, afirma Jon Iwat, Vice Presidente de Marketing da IBM. “Mesmo o melhor modelo de segmentação não é mais suficiente para vender porque o consumidor mudou. Temos que segmentar constantemente, fazendo análise de comportamento e vendo cada indivíduo para que possamos influenciar a sua decisão de compra”, completa.

Dados a favor do Marketing

As pessoas querem isso, aponta o executivo. Segundo uma pesquisa da IBM, 70% das pessoas aceitam informar suas informações para que as marcas possam lhes entregar algo personalizado e mais relevante. É o que fez a Rite Aid. Com um programa de fidelidade, a rede de farmácias soube que havia um grande número de clientes diabéticos. A partir daí, foi criado um programa ainda mais específico focado neste público, com conteúdo orientando sobre a doença, comunicação integrada – incluindo vídeos, visual merchandising e mobile – e promoções exclusivas.

Para cada 50 dólares gastos na categoria de diabetes, o cliente ganhava 10 dólares de desconto em outras categorias. “O programa ajuda a orientar as ações de Marketing, entrega soluções e reforça a nossa relevância para nossos cliente”, afirma Craig Riner, Vice Presidente de Marketing da Rite Aid. Todo o projeto tem como base o uso da mídia digital, outro meio em que os varejistas ainda precisam se desenvolver.

O canal digital ganha ainda mais força com a possibilidade de entrega de conteúdo que permita uma maior interação com o usuário e o ajude a comprar. Mas é no ponto de venda físico onde ainda mora a maior preocupação dos varejistas. Por isso, não faltam novos modelos que prometem fazer as vendas crescerem neste canal. Nem tão novo assim, o exemplo da Coca-Cola mostra como ainda há espaço para aumentar as vendas nas lojas.

Shopper Marketing entra na pauta

A marca mais valiosa sabe que o caminho é planejar experiências nas lojas que ofereçam o que as pessoas precisam ou estão realmente procurando. O desafio é estar com o produto certo na hora certa e pensar no desejo do comprador e em como a pessoa se comporta quando está consumindo as suas bebidas. Neste cenário, entra o Shopper Marketing.

A empresa lança mão de estudos focando em sete insights. Uma equipe dentro da companhia analisa as macrotendências, os canais, o varejo, o público alvo, a estratégia da categoria, os motivadores da compra e o comportamento da compra, estes dois últimos os mais importantes. “Vemos como as pessoas decidem o que e onde vão comprar”, afirma Claire Quinn, Diretora de Shopper Insights. “Analisar a preparação para a compra também é muito importante. Temos que saber quem é o comprador e o consumidor”, completa.

Entender, e influenciar, a ocasião de compra passa por saber como se dá o consumo do produto. É necessário estudar a situação, o momento de consumo, e reproduzir o que foi pesquisado na comunicação das lojas, por meio do visual merchandising e do design diferenciado. E isso difere também de acordo com a rotina de compra. Uma compra mensal, segundo a Coca-Cola, tem duração média de mais de 20 minutos. Uma compra de rotina, entre 10 e 20 minutos, enquanto uma compra eventual pode levar menos de 10 minutos. Acrescente ainda se o comprador está com o passo acelerado, o que influenciará no local e no tipo de comunicação dentro do varejo.

Fonte: Mundo do Marketing

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Boletim Oportunidades & Negócios - Tendências e a força das mídias sociais no varejo

O boletim Oportunidades & Negócios - Tendências e a força das mídias sociais no varejo, criado pela Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do SEBRAE, edição janeiro de 2012, expõe a facilidade de interação das mídias sociais da internet e como elas influenciam o varejo, em comparação com outros meios de comunicação em massa como televisão, rádio e jornal, que deixam cada vez mais a desejar no quesito interação com o público.


sábado, 21 de janeiro de 2012

Brasil, China e Índia dominarão varejo online

Redes sociais têm potencial moderado de vendas no país

Foto: Divulgação

Nova York - Os empresários que integram a comitiva do Sebrae no Rio Grande do Sul na 101ª Convenção Anual da National Retail Federation, a Retail's BIG Show 2012, ouviram boas notícias sobre o Brasil no domingo e na segunda feira.

Eles viajaram depois de uma seleção realizada com base no edital de feiras internacionais, disponibilizado pela instituição de apoio aos micro e pequenos negócios, que custeia 50% das despesas realizadas.

Segundo a diretora da Forrester Research, Zia Daniell, a tendência é que Brasil – quinto maior mercado de internet do mundo em número de usuários, com 91 milhões de usuários -, China e Índia dominem o comércio varejista on line.

"Os consumidores brasileiros utilizam principalmente cartão de crédito nas compras feitas pela internet. As redes sociais também são muito populares no país, mas até agora apresentam baixo impacto direto sobre as vendas", disse Daniell. A Forrester Research é uma empresa de pesquisa independente que presta assessoria a líderes mundiais em negócios e tecnologia.

Outra personalidade a elogiar a posição do Brasil na economia global foi o ex-presidente americano Bill Clinton. O país é a aposta do conferencista para o futuro. Clinton apenas ressalvou que a questão ambiental na geração de energia necessita maiores cuidados. "A devastação da Amazônia é uma preocupação mundial, mas o Brasil está buscando resolver o problema", disse.

A 101ª Retail's BIG Show 2012 acontece entre 15 e 18 de janeiro, em Nova York. O evento reúne as tendências e novidades do varejo sobre inovação e novas oportunidades de negócio. Durante a convenção, também são realizadas sessões com líderes mundiais do varejo, como Best Buy, Coca-Cola, Macy's e Sears.


Fonte: Exame.com

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Bill Clinton e sua confiança no varejo e no Brasil

Clinton prevê que Brasil será o pais mais próspero do mundo

Foto: Mundo do Marketing

Clinton foi ouvido por mais de 30 mil pessoas na NRF 2012
O varejo pode ser um dos grandes responsáveis por tirar os Estados Unidos da crise e o Brasil será a maior potência entre os emergentes. Essas são as crenças do ex-presidente Bill Clinton. Junto com outros países, todos devem enfrentar três desafios: a instabilidade da economia mundial e dos fenômenos naturais, a desigualdade e a sustentabilidade.

As apostas de Clinton fazem sentido. O varejo norte-americano representa 20% do produto interno bruto e emprega 25% da população. Por isso o crescimento do setor nos últimos meses tem sido comemorado como nunca. Mas ainda há mais a fazer para voltar os tempos de bonança. “Estamos emergindo lentamente da crise e sem dúvidas o varejo tem papel fundamental nesta retomada”, acredita o 42º presidente dos EUA, ouvido por mais de 30 mil pessoas nesta manhã durante a Conferência Anual da NRF – National Retail Federation.

Ainda assim, os empregos e o dinheiro que o varejo coloca na economia norte-americana não serão suficientes para combater a amplitude do problema. “Essa crise é muito mais do que econômica”, aponta Clinton. “Ela chegou no centro da vida das pessoas, ao ponto de terem pais que não conseguem mais olhar para as filhas por vergonha”, conta. “Por isso, não adianta apenas dar-lhes empregos e colocar dinheiro no bolso deles”.

Brasil, o país do futuro

A crise abateu o sonho americano. Em seu último livro, o democrata conta tudo que fez para ganhar dinheiro antes de entrar para a política e confessou sua origem varejista. Aos 13 anos, Clinton trabalhou em uma loja vendendo revistas em quadrinhos. “Mesmo assim, eu sabia que ganharia a vida. Hoje já não temos mais esta certeza”.

Uma convicção de Clinton é que o Brasil será o país mais próspero do mundo. “O Brasil teve um feito econômico enorme e é o mais sustentável entre as grandes economias”, afirma o ex-presidente. De acordo com o democrata, estamos na dianteira com relação à energia limpa e equacionados com relação à desigualdade social. “A China tem a maior classe média do mundo, mas também o maior número de pobres”, acrescenta.

O combate à pobreza no mundo é uma das bandeiras levantadas pela Fundação Clinton. Atuante em 70 países, os projetos sociais do ex-presidente trabalham em diversas causas, que vão desde o combate à Aids, até a construção de um sistema de saúde no Haiti, passando por ações voltadas para educação e obesidade infantil nos Estados Unidos.


Fonte: Mundo do Marketing

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Com loja dentro de estação de trem, Apple consolida sua imagem inovadora

Por Camila Alencastro


A famosa maçã, símbolo da marca, foi disposta no teto da estação
A Apple é conhecida pela inovação em produtos de alta qualidade. A gigante do setor eletrônico procura sempre manter os consumidores atentos nos lançamentos inéditos feitos por ela. Seguindo esse pensamento, a multinacional inaugurou em dezembro de 2011, uma loja na Grand Central Station, Nova Iorque. A estação é nada mais nada menos do que a maior estação ferroviária do mundo, inaugurada em 1903. Nela passam cerca de 125 mil pessoas diariamente.


A loja é, atualmente, a maior Apple Store do mundo. Com 2,1 mil metros quadrados, o ponto custará à empresa cerca de US$ 1 milhão por ano, isso somente de aluguel. Mais de 300 pessoas serão empregadas no estabelecimento. Quanto ao design, a loja é aberta, não tem paredes ou portas, e tem vista para o saguão da estação. Já o interior, é semelhante às Apple Stores tradicionais, mas tem um perfil mais clássico. Todos os produtos da marca são oferecidos, e o famoso serviço de atendimento dos vendedores, que costumam trocar ideias com os nerds aficcionados pela marca, está presente. A loja esteve, desde a inauguração, sempre cheia. A Agência de Transportes Metropolitanos - que gerencia o sistema de transporte na cidade e é dona do espaço da loja – disse que a Appe Store na Grand Station deve aumentar o tráfego de pedestres, o que provavelmente ajudará outros estabelecimentos dentro do terminal.

Vista da loja e saguão da Grand Central Station

Atualmente, a Apple possui outras cinco lojas em Nova York, sendo quatro em Manhattan (Midtown, Upper West Side, Chelsea e Soho) e uma em Staten Island.


Fontes: Revista Exame/Mundo do Marketing
Fotos: Revista Exame

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Riachuelo: case brasileiro para gringo ver

Por: Mundo do Marketing (http://mundodomarketing.com.br)


Flávio Rocha, CEO da Riachuelo
Perto das grandes redes de varejo dos Estados Unidos, a Riachuelo tem o tamanho de uma formiga. Mas diante de um mercado mundial que busca diferenciação e aumento de faturamento, a empresa pode ser considerada gigantesca. Caçula no varejo brasileiro, a companhia veio até Nova York para ensinar a gringos e a compatriotas um modelo de sucesso. 


A estratégia da companhia é baseada no entendimento da necessidade de seu target, as mulheres da nova classe média, e na verticalização de seu negócio. Muito além das mulheres de hoje terem dinheiro para gastar, a consumidora da Classe C expressa a sua ascensão social por meio da aparência. E nada melhor que a moda para deixar isso claro. Por isso, o foco da Riachuelo foi entregar roupas da moda a um preço acessível. 

 

Desde 1998 a companhia promove a associação com estilistas reconhecidos para desenharem suas coleções, como Cris Barros e Oskar Metsavaht. Tudo na Riachuelo é produzido pela própria empresa, desde o design das roupas até o crédito para a compra, passando pela fabricação e logística. Ter toda a cadeia de produção sob sua responsabilidade faz com que a eficiência e rentabilidade da companhia, pertencente ao Grupo Guararapes, aumente a cada ano.

 

“Ter um processo integrado facilita a tomada de decisão. Podemos lançar uma coleção e só produzir mais se ela está vendendo bem. Acabamos com a briga que existe entre a indústria e o varejo. O desafio é ser eficiente em toda a cadeia”, aponta Flávio Rocha, CEO das Lojas Riachuelo, que hoje conta com 145 pontos de venda.

E-Commerce e redes sociais marcam abertura do NRF em NY

Por Gustavo Carrer – SEBRAE/SP

O primeiro dia de congresso do maior evento mundial de varejo, o Retail's Big Show, foi marcado por palestras que abordavam as tecnologias a favor do comércio eletrônico que estão sendo utilizadas pelos principais varejistas do mundo e as novas experiências de compra que tem seduzido os consumidores mais exigentes. 

A NRF 2012 atraiu grande público para
as palestras e exposições
Durante todo o domingo foram apresentados cases de sucesso de marcas bastante conhecidas como Coca-Cola, Amazon, Metro Systems, Master Card, entre outros. As palestras abordavam situações do varejo que todas as empresas, independente do seu porte, devem estar atentas como a integração das tecnologias móveis com as lojas físicas, o olhar atento para proporcionar a melhor experiência de compra para o novo consumidor, estratégias de merchandising para o varejo e o uso das redes sociais a favor do negócio. “Viemos preparados para assistir a palestra de e-commerce e o que mais gostamos foi o case da Amazon. Eles desenvolveram uma ferramenta em parceria com o Facebook que permitia, na hora da compra, a Amazon cruzar os dados do perfil dos seus amigos no Facebook, indicando os aniversários e os produtos dentro do site para presenteá-los, de acordo com as preferências do aniversariante. O mercado está muito dinâmico, temos que filtrar estas novidades e identificar uma forma de conseguir trazer a ideia para o nosso negócio”, relatou o empresário Carlos Augusto Gobo, proprietário da Boot Co, loja de calçados femininos na região de Campinas, interior de SP.

Para Gustavo Carrer, consultor de Marketing do Sebrae-SP que integra a missão empresarial, o destaque do dia também veio da palestra sobre varejo digital com outra experiência com redes sociais de quem já descobriu como promover o envolvimento maior do consumidor.“ Gostei da palestra da Jennifer Hyman, proprietária da Rent The Runway, uma loja que aluga roupas sociais. Ela usa de maneira intensa as rede sociais, mostrando as pessoas que usaram suas roupas, com seus testemunhos e, ao compartilhar as experiências das clientes com a roupa alugada, acaba impulsionando a criação de novas marcas e modelos de vestidos. As redes sociais ao mesmo tempo que estão incentivando o varejo, estão exigindo que as marcas lancem mais modelos e mais rápido, porque as pessoas ao verem uma roupa que já foi muito usada, não vão querer usar de novo”, destacou.


Antes do congresso os empresários tiveram uma palestra da Associação de Lojistas da Madson Avenue e visitaram o Century 21, um dos mais movimentados outlets de Nova York com peças de grifes a preços bem atrativos, mas cuja experiência de compra requer paciência, foco e decisões rápidas da parte do cliente. A missão passou também pela famosa loja da Apple, localizada numa área de 2.100 m², que equivale a metade do andar superior da Estação Central de Metrô de New York. A loja está dentro de um prédio histórico de 140 anos, com arquitetura e layout preparados para alto tráfego (mais de 750 mil pessoas por dia), que encontram no local o que há de mais moderno em tecnologia de comunicação. “Interessante ver como aproveitaram um espaço público em uma loja super atraente, sem estragar o design do ambiente. Além do café de convivência, a loja tem uma área de orientação técnica sobre os produtos, ou seja, se você tiver interesse em aprender como usa o produto e precisar de ajuda para ativá-lo, os próprio técnicos da Apple te auxiliam na hora da compra”, acrescentou Gustavo Carrer.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Impactos das Medidas de Estímulo à Economia nas MPE

O artigo "Impactos das Medidas de Estímulo à Economia nas MPE", produzido pela Unidade de Gestão Estratégica do SEBRAE NA,busca analisar as recentes medidas anunciadas pelo Governo, com o objetivo de estimular a economia.

O documento contém ainda um quadro sintético da quantidade de MPE e EI, por setor da atividade econômica, que podem ser beneficiados com tais medidas.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Boletim Estudos e Pesquisas

A Unidade de Gestão Estratégica do SEBRAE Nacional apresenta o Boletim Estudos & Pesquisas, edição dezembro de 2011.

Neste número, além do desempenho recente da economia brasileira, é apresentada uma análise das informações mais recentes das indústrias da construção, têxtil e confecções, móveis e comércio, bem como o artigo intitulado “Indicadores de Atendimento – um outro olhar”.

Boa leitura!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pesquisa de Comportamento do Consumidor de Vestuário - DF

O SEBRAE/DF em parceria com o Sindicato das Indústrias do Vestuário (SINDIVESTE), Pólo de Modas e SENAI apresenta a Pesquisa de Comportamento do Consumidor de Vestuário.

O estudo é resultado de sucessivas reuniões, realizadas em junho de 2011, entre dois grupos de mulheres compostos pelas classes A/B1 e B2/C que discutiram o comportamento de consumo.

A pesquisa foi apresentada para empresários do setor, estudantes, formadores de opinião e potenciais empreendedores durante o Capital Fashion Week, realizado nos dias 28 a 30 de novembro, na Câmara Legislativa do DF, em Brasília.

Confira abaixo o resultado da pesquisa!

Fonte: SEBRAE/DF - Gabriella Araujo Rocha