Por Camila Almeida - Exame.com
Com o consumidor brasileiro cada vez mais aberto ao comércio eletrônico - dados recentes divulgados pelo e-bit e a Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico (camara-e.net) indicam que, no primeiro semestre de 2011, 4 milhões de consumidores compraram pela primeira vez na internet -, as franquias de negócios online começam a se configurar como oportunidade de negócio para os empreendedores brasileiros. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), ainda há poucas marcas voltadas para esta modalidade, mas as experiências em outros mercados mais maduros mostram que há espaço para o crescimento da categoria. "No Brasil, elas começaram a surgir há cerca de dois anos. Em outros países, existem há seis ou sete anos, mas são mais fortes nos Estados Unidos", comenta o diretor executivo da entidade, Ricardo Camargo.
Nas franquias online, a maior parte do trabalho é feita virtualmente. O empreendedor gerencia o estoque e pedidos feitos através do site, presta consultoria ou divulga sua franquia pela internet e pelas redes sociais. No dia a dia, algumas franquias exigem que parte do trabalho seja feito fora do mundo virtual, contemplando a visita a estabelecimentos que poderão se tornar clientes ou parceiros para o seu negócios. Em geral, o franqueado precisa apenas de computador, acesso à internet e, em alguns modelos, um número mínimo de funcionários para começar o negócio. "Antes de fechar negócio, o empreeendedor deve pesquisar e entender qual será seu trabalho no dia a dia", recomenda a diretora do Grupo Bittencourt, Claudia Bittencourt.
O baixo investimento é um dos principais atrativos do modelo. Para algumas marcas, como a Clube Turismo, o aporte inicial fica abaixo de R$ 3 mil. Porém, os especialistas recomendam uma análise criteriosa antes de assinar o contrato, como para qualquer tipo de franquia. Claudia diz que o futuro franqueado precisar estar ciente de todos os custos "escondidos", como locomoção, telefone, internet, manutenção do computador, prospecção de material, logística e a própria remuneração pelo trabalho. "Ele deve conhecer a sede da empresa pessoalmente, visitar outros franqueados e, se não entende bem de números, deve procurar ajuda." Segundo a especialista, também é importa analisar o contrato com cuidado e ter claro qual é o suporte oferecido pela franqueadora.
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