Na hora de pedir crédito, os empresários precisam estar preparados para fazer perguntas e analisar a situação financeira da empresa
Foto: Dreamstime.com
Conversar com o gerente do banco na hora do aperto é ação comum para muitos empreendedores. Geralmente, as pequenas empresas precisam de uma grana extra para ajudar a pagar as contas ou ganhar alguns dias de caixa positivo até fechar uma compra ou receber dos clientes. Um pesquisa, feita pela MasterCard, indica que 43% das micro e pequenas empresas preferem o contato direto com o gerente do banco, seja pessoalmente ou por telefone.
Neste relacionamento entre empresa e banco, as coisas precisam ser equilibradas, ou quem perde dinheiro é o empresário. “É preciso cultivar um relacionamento de longo prazo, que é estar em contato com o banco não só na hora que precisa de crédito. A melhor hora é quando a empresa está muito bem, com lucro aumentando. Esse é o momento de bater um papo com o gerente ou chamá-lo para conhecer sua empresa”, ensina Marcelo Nakagawa, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper.
Mesmo com o relacionamento mais próximo e informal, existem informações que o gerente do banco não vai dar aos pequenos empresários. É responsabilidade do empreendedor estar bem preparado para negociar. “Por vezes, o profissional envolvido no mercado financeiro parte do pressuposto de que a outra pessoa também conhece e sabe do que estão falando”, explica Osmar Visibelli, professor da Escola de Negócios da Anhembi Morumbi.
Mais do que informação e relacionamento, mostre-se confiante na hora de buscar uma linha de crédito. “Mostrar segurança e falar olhando no olho é importante”, sugere Dariane Castanheira, professora do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento da Fundação Instituto de Administração (ProCED/FIA).
1) "Conheça os números da sua empresa.”
Conversar com o gerente do banco na hora do aperto é ação comum para muitos empreendedores. Geralmente, as pequenas empresas precisam de uma grana extra para ajudar a pagar as contas ou ganhar alguns dias de caixa positivo até fechar uma compra ou receber dos clientes. Um pesquisa, feita pela MasterCard, indica que 43% das micro e pequenas empresas preferem o contato direto com o gerente do banco, seja pessoalmente ou por telefone.
Neste relacionamento entre empresa e banco, as coisas precisam ser equilibradas, ou quem perde dinheiro é o empresário. “É preciso cultivar um relacionamento de longo prazo, que é estar em contato com o banco não só na hora que precisa de crédito. A melhor hora é quando a empresa está muito bem, com lucro aumentando. Esse é o momento de bater um papo com o gerente ou chamá-lo para conhecer sua empresa”, ensina Marcelo Nakagawa, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper.
Mesmo com o relacionamento mais próximo e informal, existem informações que o gerente do banco não vai dar aos pequenos empresários. É responsabilidade do empreendedor estar bem preparado para negociar. “Por vezes, o profissional envolvido no mercado financeiro parte do pressuposto de que a outra pessoa também conhece e sabe do que estão falando”, explica Osmar Visibelli, professor da Escola de Negócios da Anhembi Morumbi.
Mais do que informação e relacionamento, mostre-se confiante na hora de buscar uma linha de crédito. “Mostrar segurança e falar olhando no olho é importante”, sugere Dariane Castanheira, professora do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento da Fundação Instituto de Administração (ProCED/FIA).
1) "Conheça os números da sua empresa.”
Ter um planejamento financeiro organizado é o primeiro passo para ir ao
banco. A parte mais burocrática da gestão costuma ajudar os
empreendedores a convencerem as instituições financeiras. Relatórios
como o balanço patrimonial, demonstração de resultados e rentabilidade
vão ajudar a ter uma projeção do fluxo de caixa para o futuro. “Os
gerentes gostam de ver um plano de negócios para os próximos três ou
cinco anos. Isso mostra uma gestão profissional da empresa”, explica
Nakagawa.
O fluxo de caixa futuro deve comportar o pagamento das prestações. “Toda tomada de empréstimo representa um comprometimento da receita futura. O planejamento financeiro profundo é mais interessante”, diz Visibelli.
Para os especialistas, conhecer os números evita chegar ao limite do endividamento. “As empresas vão para o banco sem saber o que precisam. Quando sabe que vai faltar dinheiro no caixa, antes de ir ao banco, a gente aconselha a negociar primeiro com o fornecedor. Se ele deixar para última hora, vai chegar com a corda no pescoço e o gerente vai colocar mais juros”, afirma Dariane.
Dificilmente, um gerente bancário vai te mandar embora da agência para
pesquisar as taxas da concorrência. “Muitas vezes, o pequeno
empreendedor pode ser enrolado quando ele teria outras condições mais
baratas que o gerente não está interessado em oferecer”, opina Nakagawa.
Antes de correr no banco em que já tem conta, o ideal é procurar informações gerais sobre as linhas de crédito do mercado. “Busque a taxa de juros mais barata. Tem várias linhas do BNDES que precisam ser questionados no banco comercial”, ensina Dariane. O coordenador do Insper sugere o livro “Mercado Financeiro”, de Eduardo Fortuna, como uma fonte fácil de informações.
Saber qual taxa de juros sua empresa comporta é também responsabilidade
do empreendedor. “Não é errado pagar juros, desde que não prejudique a
rentabilidade”, diz Dariane. Segundo ela, a rentabilidade – que é o
lucro dividido pelo total investido – precisa ficar acima de 15% para
compensar o investimento. “Se o total dos juros reduzir tanto o lucro a
ponto de a rentabilidade ficar abaixo dos 7%, não compensa. Hoje,
qualquer taxa de juros acima de 2% ao mês eu acho que está alta”,
explica.
Visibelli ressalta ainda a ilusão dos últimos rebaixamentos das taxas de juros. “Existe uma taxa mínima que é informada pelo banco, mas sempre o empreendedor vai encontrar uma taxa específica que segue o risco do negócio”, conta.
Quem vai conversar com o gerente precisa estar cheio de informações e
de perguntas. Segundo os especialistas, a conversa deve esclarecer todos
os pontos possíveis para não ter surpresas no extrato bancário.
“Prepare um conjunto de questões a serem apresentadas antes de fechar,
como o volume de dívidas, as condições de pagamento e os prazos”, afirma
o professor da Escola de Negócios da Anhembi Morumbi.
Com as recentes quedas nos juros, esta pode ser uma excelente hora para
colocar as contas da empresa em ordem. “Esse é o momento do
empreendedor renegociar o empréstimo”, sugere Nakagawa.
Além disso, se a dívida não for com o banco, pode ser ainda mais fácil. “Se o caixa está negativo, tem que renegociar com os fornecedores, analisar se os produtos estão saudáveis e dando retorno, e mexer no estoque, se isso não afetar a operação”, diz Dariane.
Contratar uma linha de capital de giro pode ser pouco vantajoso para
uma empresa que precisa de um novo equipamento. “Saiba o que você
precisa: se é capital de giro ou investimento. Se vai comprar um bem,
tem linhas mais baixas. É mais caro quando é para capital de giro”,
explica a professora do ProCED/FIA.
Por isso, antes de assinar contratos, saiba quanto o caixa pode pagar, quanto dinheiro precisa durante o ano, quais meses e qual o valor máximo que pode ser a parcela. “Tem que saber o que quer e que juros pode pagar. O planejamento financeiro é a peça chave para ajudar nessas decisões”, diz Dariane.
Fonte: Exame.com
O fluxo de caixa futuro deve comportar o pagamento das prestações. “Toda tomada de empréstimo representa um comprometimento da receita futura. O planejamento financeiro profundo é mais interessante”, diz Visibelli.
Para os especialistas, conhecer os números evita chegar ao limite do endividamento. “As empresas vão para o banco sem saber o que precisam. Quando sabe que vai faltar dinheiro no caixa, antes de ir ao banco, a gente aconselha a negociar primeiro com o fornecedor. Se ele deixar para última hora, vai chegar com a corda no pescoço e o gerente vai colocar mais juros”, afirma Dariane.
2) “Pesquise as taxas da concorrência.”
Antes de correr no banco em que já tem conta, o ideal é procurar informações gerais sobre as linhas de crédito do mercado. “Busque a taxa de juros mais barata. Tem várias linhas do BNDES que precisam ser questionados no banco comercial”, ensina Dariane. O coordenador do Insper sugere o livro “Mercado Financeiro”, de Eduardo Fortuna, como uma fonte fácil de informações.
3) “A taxa de juros não pode mexer na rentabilidade.”
Visibelli ressalta ainda a ilusão dos últimos rebaixamentos das taxas de juros. “Existe uma taxa mínima que é informada pelo banco, mas sempre o empreendedor vai encontrar uma taxa específica que segue o risco do negócio”, conta.
4) “Faça perguntas.”
5) “Renegocie dívidas antes de pegar outro empréstimo.”
Além disso, se a dívida não for com o banco, pode ser ainda mais fácil. “Se o caixa está negativo, tem que renegociar com os fornecedores, analisar se os produtos estão saudáveis e dando retorno, e mexer no estoque, se isso não afetar a operação”, diz Dariane.
6) “Conheça a sua real necessidade.”
Por isso, antes de assinar contratos, saiba quanto o caixa pode pagar, quanto dinheiro precisa durante o ano, quais meses e qual o valor máximo que pode ser a parcela. “Tem que saber o que quer e que juros pode pagar. O planejamento financeiro é a peça chave para ajudar nessas decisões”, diz Dariane.
Fonte: Exame.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário