52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista

Por Alberto Vallim

Aconteceu, de 12 a 14 de setembro, em Fortaleza/CE, a 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista. Com o tema “Associativismo: Nossa Fortaleza”, o evento contou com um público de mais de 5 mil lojistas de todo o Brasil. As palestras dos três dias de programação trouxeram orientações práticas e concretas aos empresários presentes, contribuindo para que cada um deles saísse do evento mais preparado para gerir seu negócio e para trabalhar em conjunto com outros lojistas em defesa de seus interesses.

Além de palestras direcionadas aos empresários, a Convenção também contou com atividades paralelas com foco no jovem empresário e na mulher empresária e com a FENAL - Feira Nacional de Produtos, Serviços e Soluções para o Lojista.

Confira os destaques de algumas das apresentações da Convenção:

Ciro Gomes

Conjuntura econômica brasileira: análise e perspectiva

Ciro defendeu a ideia de que, atualmente, apenas o “ideal de consumo” é globalizado, e não as condições de produção. Pelo fato de os ambientes para empreender serem muito diferentes, é necessário que o governo atue para defender alguns setores da economia, particularmente os micro e pequenos negócios, que são quem mais emprega no país.

Sandro Magaldi (www.sandromagaldi.com.br)

Vendas 3.0: um novo mundo dos negócios movidos pelas ideias

O palestrante mostrou, de forma eficiente, que os clientes são sensíveis ao valor que percebem que o produto tem, e não ao preço. Para mostrar o valor de seu produto ao cliente, o vendedor precisa encontrar aquilo que tem significado para ele. Comprar com base no preço é a vingança do cliente contra a mediocridade de fornecedores/vendedores que não souberam mostrar o valor de seu produto a ele.

Bruno Quick - Gerente de Políticas Públicas do Sebrae

Nacional (www.sebrae.com.br)

PLP 87/11 - PLC 77/11

A participação de Bruno Quick teve como objetivo sensibilizar os lojistas sobre o PLP 87/11, que agora tramita no Senado como PLC 77/11. Ainda que nele existam benefícios, como ampliação do teto de faturamento do Simples Nacional, não foi aprovada a inclusão no projeto de questões muito importantes às MPE, como o tema de compras governamentais, a inclusão de novas categorias no Simples e, principalmente, a alteração do regime de substituição tributária. Muito bem recebido pelos lojistas, Bruno Quick os incitou a atuarem em seus estados na defesa dessas questões importantes para os micro e pequenos empresários.

Patrícia Peck - Advogada especializada em Direito Digital (www.pppadvogados.com.br)

Sociedade Digital: oportunidades e ameaças da Era Digital no negócio

A palestra de Patrícia Peck se destacou por orientar efetivamente o lojista sobre como deve ser sua atuação na internet. Ela não se limitou a ressaltar a importância da atuação na internet, algo já repetitivo, e trouxe também orientações sobre obrigações jurídicas decorrentes da atuação na internet e como elaborar a política digital da empresa de forma a protegê-la de problemas judiciais.

Washington Olivetto

O que inspira na palestra de Washington Olivetto?

Mostrando diversos vídeos de seus trabalhos mais conhecidos, Washington Olivetto teve como objetivo mostrar que para criar uma marca forte é preciso de uma publicidade que seja facilmente internalizada e, sobretudo, replicada pelo público.

Família Schürmann (www.schurmann.com.br)

Navegando com o sucesso

Traçando um paralelo entre suas expedições de volta ao mundo e o dia-a-dia do empresário, Vilfredo e David Schürmann abordaram temas como planejamento e gestão, liderança e delegação de competências, convivência e gestão de pessoas, recrutamento e contratação, decisão sob pressão. A palestra foi efetiva e, mesmo com foco motivacional, conseguiu tocar diretamente em tópicos da realidade do empresário.

Clemente Nóbrega (www.clementenobrega.com.br)

Inovação é dinheiro novo no seu negócio: como inovar?

O palestrante explicou que, no passado, os bens/serviços eram commoditties: eram todos iguais e só se diferenciavam pelo preço. Passando pelo estágio de diferenciação pela qualidade, seguido da diferenciação por serviços extras agregados, hoje os bens/serviços são avaliados pela experiência que proporcionam ao consumidor. Com bastante didatismo, o palestrante trouxe casos reais para exemplificar cada estágio que mencionou.