Irmãs empresárias ganharam mais clientes e aumentaram o faturamento. Para isso, elas se inscreveram no programa 'Varejo Mais', do Sebrae.
Foto: G1
Empresárias de móveis do Paraná investem na organização e no visual das
próprias lojas para vender mais. E o resultado chegou logo: elas
conquistaram mais clientes e aumentaram o faturamento.
Há dez anos, as irmãs Dahiane e Gislaine Conradi abriram uma loja em
um dos pontos mais disputados de Curitiba. Porém, tudo era desorganizado
e era difícil atrair a clientela.
“Era bem bagunçado. Não tinha setor. A pessoa ‘ah, eu quero um banco de
jardim’. Aí tinha um banco na frente, um no meio, um atrás. Hoje não, a
pessoa quer um banco de jardim a gente tem um espaço para o banco do
jardim. Espaço para a cama. Espaço para a sala de jantar. É tudo
setorizado”, explica Dahiane.
Mas, para tudo ficar assim organizado, elas se inscreveram no programa
“Varejo Mais”, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae), que atende micro e pequenas empresas do comércio
varejista.
A Federação do Comércio do Paraná (Fecomercio-PR) é parceira da
iniciativa, que já atendeu mais de 9 mil empresas no estado. O objetivo é
a busca do aperfeiçoamento e de diferenciais de mercado. “Com esse
diagnóstico nós podemos apontar a partir daí quais são as orientações
que o empresário tem que por em pratica para que sua loja possa
melhorar”, diz Gilberto Keserle, do Sebrae de Curitiba.
O treinamento capacita os participantes em marketing, vendas,
planejamento e visual. O Sebrae e a Fecomercio arcam com 80% dos custos
do curso. Em pouco tempo, o resultado é sempre positivo.
“Isso foi um beneficio grande para o Sebrae porque cumpre com o seu
dever. A nossa missão também, de cumprir com o apoio de sustentabilidade
a essas empresas. Ao Sebrae cabe o início desse processo todo e a nós
cabe a sustentação desse processo todo. Então, a missão da federação
está sendo cumprida à risca com a parceria do Sebrae. Ajudou a todos, o
empresário, a Fecom e o Sebrae”, diz Darci Piana, da federação.
Na loja, as irmãs empresárias colocaram em prática tudo o que
aprenderam: organização total, cada peça no lugar certo: tanto a mesa de
jantar, como os móveis para a sala. E o cliente passou a se sentir em
casa.
“As primeiras mudanças a gente sentiu diferença no momento em que a
pessoa entrou na loja. Quando a gente mudou a frente da loja, a vitrine,
a gente já sentiu outro tipo de pessoa entrando na loja, mais
satisfeita, achando o que ela estava procurando”, diz Dahiane.
E as mudanças renderam mais: a empresa recebeu os prêmios de loja
revelação e loja referência. Os troféus, recebidos do Sebrae, estão em
exposição em lugar de destaque.
O crescimento nas vendas foi imediato: 30%, só no primeiro mês.
Todos os móveis da loja são feitos aqui em uma fábrica no comando de
Gervásio Conradi - o pai das empresárias. Há mais de 20 anos ele
acompanha de perto toda a produção. O investimento foi de R$ 5 mil em
1990. E com o tempo se multiplicou, com a participação direta das
filhas.
“Setenta por cento dos produtos que a gente vende são de madeira de
reflorestamento. Os clientes preferem, porque é mais barato e a gente
está contribuindo com a natureza também. Mas a gente também tem madeira
nobre, mas é de remanejo florestal”, relata Dahiane.
O processo usado é totalmente artesanal. O material é diferenciado, o
que atrai ainda mais a clientela. E com isso, o faturamento chegou a R$
60 mil mensais entre a loja e a fábrica. O segredo foi seguir o roteiro
sugerido pelo varejo mais.
“Esta talvez seja a maior atratividade do programa como um todo. Ele
tem uma duração relativamente curta porque em um ano ele inicia e
encerra. Ele consegue fazer com que o empresário perceba os resultados
efetivos que traz e todos pontos efetivos do comércio”, afirma Gilberto
Keserle Volta, do Sebrae de Curitiba.
Fonte: G1
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