quinta-feira, 5 de julho de 2012

Empresárias investem no visual e organização de lojas de móveis no PR

Irmãs empresárias ganharam mais clientes e aumentaram o faturamento. Para isso, elas se inscreveram no programa 'Varejo Mais', do Sebrae.

Foto: G1
Empresárias de móveis do Paraná investem na organização e no visual das próprias lojas para vender mais. E o resultado chegou logo: elas conquistaram mais clientes e aumentaram o faturamento.

Há dez anos, as irmãs Dahiane e Gislaine Conradi abriram uma loja  em um dos pontos mais disputados de Curitiba. Porém, tudo era desorganizado e era difícil atrair a clientela.

“Era bem bagunçado. Não tinha setor. A pessoa ‘ah, eu quero um banco de jardim’. Aí tinha um banco na frente, um no meio, um atrás. Hoje não, a pessoa quer um banco de jardim a gente tem um espaço para o banco do jardim. Espaço para a cama. Espaço para a sala de jantar. É tudo setorizado”, explica Dahiane.

Mas, para tudo ficar assim organizado, elas se inscreveram no programa “Varejo Mais”, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que atende micro e pequenas empresas do comércio varejista.

 
A Federação do Comércio do Paraná (Fecomercio-PR) é parceira da iniciativa, que já atendeu mais de 9 mil empresas no estado. O objetivo é a busca do aperfeiçoamento e de diferenciais de mercado. “Com esse diagnóstico nós podemos apontar a partir daí quais são as orientações que o empresário tem que por em pratica para que sua loja possa melhorar”, diz Gilberto Keserle, do Sebrae de Curitiba.

O treinamento capacita os participantes em marketing, vendas, planejamento e visual. O Sebrae e a Fecomercio arcam com 80% dos custos do curso. Em pouco tempo, o resultado é sempre positivo.

“Isso foi um beneficio grande para o Sebrae porque cumpre com o seu dever. A nossa missão também, de cumprir com o apoio de sustentabilidade a essas empresas. Ao Sebrae cabe o início desse processo todo e a nós cabe a sustentação desse processo todo. Então, a missão da federação está sendo cumprida à risca com a parceria do Sebrae. Ajudou a todos, o empresário, a Fecom e o Sebrae”, diz Darci Piana, da federação.

Na loja, as irmãs empresárias colocaram em prática tudo o que aprenderam: organização total, cada peça no lugar certo: tanto a mesa de jantar, como os móveis para a sala. E o cliente passou a se sentir em casa.
“As primeiras mudanças a gente sentiu diferença no momento em que a pessoa entrou na loja. Quando a gente mudou a frente da loja, a vitrine, a gente já sentiu outro tipo de pessoa entrando na loja, mais satisfeita, achando o que ela estava procurando”, diz Dahiane.

E as mudanças renderam mais: a empresa recebeu os prêmios de loja revelação e loja referência. Os troféus, recebidos do Sebrae, estão em exposição em lugar de destaque.

O crescimento nas vendas foi imediato: 30%, só no primeiro mês.

Todos os móveis da loja são feitos aqui em uma fábrica no comando de Gervásio Conradi - o pai das empresárias. Há mais de 20 anos ele acompanha de perto toda a produção. O investimento foi de R$ 5 mil em 1990. E com o tempo se multiplicou, com a participação direta das filhas.

“Setenta por cento dos produtos que a gente vende são de madeira de reflorestamento. Os clientes preferem, porque é mais barato e a gente está contribuindo com a natureza também. Mas a gente também tem madeira nobre, mas é de remanejo florestal”, relata Dahiane.

O processo usado é totalmente artesanal. O material é diferenciado, o que atrai ainda mais a clientela. E com isso, o faturamento chegou a R$ 60 mil mensais entre a loja e a fábrica. O segredo foi seguir o roteiro sugerido pelo varejo mais.

“Esta talvez seja a maior atratividade do programa como um todo. Ele tem uma duração relativamente curta porque em um ano ele inicia e encerra. Ele consegue fazer com que o empresário perceba os resultados efetivos que traz e todos pontos efetivos do comércio”, afirma Gilberto Keserle Volta, do Sebrae de Curitiba.


Fonte: G1

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