quarta-feira, 11 de maio de 2011

O celular vai virar carteira


eBay, Apple, Google, Facebook e Amazon: os pesos-pesados do Vale do Silício entram na corrida dos pagamentos móveis



No fim da década de 90, quando os celulares começaram a se tornar um produto de massa, surgiram as primeiras demonstrações de uso do telefone como uma carteira eletrônica. No Japão, que na época liderava a tecnologia de redes móveis, os passageiros pagavam o transporte público com seus celulares.

Na Finlândia, quem visitava a sede da No­kia era inevitavelmente apresentado à máquina de vender refrigerantes que aceitava pagamentos via mensagem de texto. Eram os tempos da bolha da internet, e a carteira eletrônica era uma das muitas promessas de um futuro cada vez mais eletrônico.

Mas foi necessária uma década inteira para que as peças tecnológicas estivessem no lugar certo. Agora, enfim, a esperada aposentadoria da carteira parece pronta para virar realidade. Empresas do ramo, como o gigante dos pagamentos eletrônicos PayPal e a varejista Amazon, e outras aparentemente insuspeitas, como Apple e Facebook, estão se preparando para o dia em que será possível sair de casa apenas com chaves e celulares.

O interesse dos grandes nomes do mundo da tecnologia não é casual. O número de cartões de débito em uso no mundo deve chegar a 5,3 bilhões em cinco anos, de acordo com um estudo da consultoria Global Industry Analysts. Faz todo sentido substituir os cartões de plástico pelo telefone celular — e, de quebra, driblar os grandes bancos e as operadoras de cartões.
Os pagamentos móveis devem movimentar 633 bilhões de dólares até a metade da década, de acordo com uma estimativa do instituto de pesquisas Generator Research, e o total de celulares usados como forma de pagamento deve se aproximar de meio bilhão de unidades. É de olho nesse mercado que uma grande onda de inovação, concentrada no Vale do Silício e longe dos bancos, está se formando.

Uma das companhias mais bem posicionadas para o futuro sem carteiras é o eBay. O PayPal, empresa do grupo que efetua pagamentos via internet, adotou um modelo similar ao do iPhone: desenvolvedores independentes podem criar produtos e serviços que se aproveitem da base de mais de 230 milhões de contas registradas

Fonte: Exame

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