A revolução tecnológica barateou equipamentos que antes eram usados apenas pelas grandes corporações. Uma empresa lançou um pequeno leitor de códigos de barras. O aparelho agiliza o pagamento de contas pela internet. A novidade é ideal para pessoas físicas e pequenas empresas.
O minileitor de código de barras foi desenvolvido pelos empresários José Domingos Voidella e Marcos Canola. O aparelho serve para pagar contas pela internet e promete facilitar a vida de pequenos empresários.
O equipamento é bem parecido ao usado nos caixas dos bancos. A novidade é que esse é pequeno e barato custa a partir de R$ 85. É só passar a conta no leitor e, na hora, aparecem os 44 números da conta na tela. Rápido, e sem erro.
“Quando o leitor transmite, faz a transmissão dos caracteres, a probabilidade de troca de um caractere não existe. Então, ao contrário de uma situação manual que pode errar uma tecla, o leitor não, ele vai assegurar que o trabalho foi bem feito”, afirma Voidella.
A fábrica do aparelho existe desde 1985. Mas foi a partir de 2004 que os empresários deram uma guinada no negócio. De olho na popularização do pagamento de contas pela internet, eles criaram um equipamento para conquistar um novo mercado.
“A gente está falando de todas as empresas no Brasil. Nosso mercado a gente está correndo atrás das pequenas e médias empresas, então assim são milhões de pequenos empresários por aí que a gente quer atender e propiciar esse tipo de solução para eles”, afirma Canola.
Façanha
A grande façanha da empresa foi diminuir o tamanho do aparelho. Foram dois anos de pesquisa e um investimento de R$ 500 mil em busca de peças que tivessem a mesma função em menor espaço, como um processador, que é o cérebro do aparelho.
“Com muita pesquisa em cima dos fabricantes de circuito integrado, nós descobrimos que hoje o microcontrolador muito pequeno é capaz de substituir dezenas de outros circuitos”, diz Voidella.
De acordo com ele, um exemplo é uma placa antiga que tem dezenas de circuitos integrados e é substituída por um único circuito integrado, microcontrolador que cabe na ponta de um dedo e substitui toda a placa antiga.
O resultado: a empresa conseguiu fazer um miniequipamento, leve e prático, muito diferente dos verdadeiros “dinossauros” produzidos até o final da década de 90. A redução de tamanho teve consequências em toda a cadeia de produção e derrubou custos.
“A redução de transporte, o equipamento sendo menor, ele fica mais leve. (...) Então, as transportadoras, o Sedex, se tornam mais baratos também (...) e a margem de lucro aumenta”, explica Domingos.
Preços pela metade
Hoje o preço para o consumidor é metade do dos antigos equipamentos. A empresa também lançou uma versão para registro de notas fiscais, um leitor tipo pistola. Custa R$ 210. A empresa está de olho em um novo mercado. Desde abril de 2010, a nota fiscal eletrônica é obrigatória em todo o país.
“Nesta nota fiscal existe um código de barras, todas as empresas vão ter que de uma forma ou outra de fazer o controle desse documento circulando (...). Vslumbrando isso é que a gente soltou também um novo equipamento para poder atender este mercado específico, que é um mercado gigantesco, que é atuar no Brasil inteiro”, diz Canola.
Hoje a fábrica produz 3 mil mini leitores de código de barra por mês. Vende para o Brasil, Estados Unidos, Europa e Ásia. A empresa tem dobrado de tamanho a cada quatro anos. Para continuar crescendo, ela conta com a agilidade na produção.
“Esse é um diferencial que nós conseguimos remoldar. A linha de produção em poucas horas para atender determinados produtos. Então, quando acontece algum pedido grande de última hora, nós conseguimos, com muita rapidez, mudar toda nossa linha para atender esse cliente em poucas horas e conseguir um melhor prazo para esse cliente, o que deixa ele mais satisfeito, né”, revela Voidella.
15 boletos em um dia
Um dos clientes é uma empresa que atua no mercado financeiro. Quem cuida das contas é a assistente administrativa Andrea Melo. Ela chega a pagar 15 boletos em um dia. Andrea perdia horas para digitar e conferir um a um os números no computador. A empresa comprou o minileitor no ano passado. Hoje, pagar as contas aqui é tarefa simples.
“O tempo que eu gastava numa operação mecânica, sem muita importância, eu posso produzir coisas para empresa, aumentei até minha quantidade de funções na empresa”, afirma.
Outro cliente é um escritório de contabilidade que recebe 30 mil notas fiscais por mês - um calhamaço. Até o ano passado, todas as notas eram digitadas à mão. São 1,3 milhão de números por mês. Um trabalhão, mesmo para esse pessoal treinado. Eles demoravam mais de 250 horas, quase nove dias de trabalho, só para digitar os números.
“Eu ficava aqui muitas horas todos os dias, até as 22h, porque nós temos prazos para recolhimento dos tributos. E isso não tem jeito, não tem como deixar para amanhã”, revela Peter da Fonseca.
Em janeiro deste ano, o escritório comprou dois leitores de código de barra para notas fiscais. Fonseca foi atraído pelo preço do aparelho. O retorno do investimento se mede em produtividade. Hoje, o registro das 30 mil notas fiscais é feito em oito horas de trabalho.
“Vale a pena com certeza. Não dá nem para fazer uma mensuração de custo de investimento. O que a gente economizou em um mês acho que comprava vários leitores, então realmente vale a pena”, diz Fonseca.
onde eu compro esse leitor. a reportagem nao diz onde. deveriam ajudar a empresa em divulgar seus produtos.
ResponderExcluirtb estou interessada... conde comprar? grata, Shirlene
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