quarta-feira, 6 de julho de 2011

GS1 propõe metas para todo tipo de empresa

Durante a coletiva de imprensa da GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, sem fins lucrativos - ocorrida na quarta-feira (29), o presidente e CEO da GS1 Global, Miguel Lopera, pontuou algumas necessidades que atacadistas e supermercardistas (pequenos, médios ou grandes) precisam pensar nos próximos nove anos. “Sustentabilidade, cadeia de suprimentos compartilhados, saúde e bem estar do consumidor, e a relação com o consumidor digital são assuntos que as empresas de todo o mundo precisam trabalhar até 2020”.

Sua constatação parte de um estudo divulgado pelo Consumer Good Form, do qual ele participou e fez questão de trazer para a I Conferência Internacional de Automação e Logística, realizada pela GS1 Brasil - pioneira na padronização de processos de logística e rastreabilidade na cadeia de suprimentos no País, por meio do Código de Barras – que aconteceu logo após a coletiva.

O levantamento, feito com o apoio da GS1 Global (que reúne cerca de 110 unidades em todo o mundo), foi realizado a partir das definições e prioridades de 40 CEOs das principais multinacionais de todos os continentes, como Coca-Cola, Walmart e Nestlé, além da participação de pequenas e médias empresas. O fórum acontece a cada dois anos, e contou inclusive com a participação de 300 afiliados da GS1.

No decorrer do evento, Lopera, acompanhado por João Carlos, presidente da GS1 no Brasil, detalhou as razões que os levaram a chegar a essas conclusões.

Sustentabilidade

No que se refere ao tema, Lopera explica que os conceitos foram definidos principalmente pelas empresas do setor do comércio e manufatura e pode se resumir a três itens. “É preciso focar nossos trabalhos, por exemplo, nas embalagens dos produtos, no desmatamento e na refrigeração de substâncias químicas que causam danos ao meio ambiente”. Como solução, as empresas envolvidas se comprometeram a plantar a mesma quantidade de árvores que forem utilizadas, até 2020.

Cadeia de suprimentos compartilhados

A ideia se resume em otimizar mais o transporte dos produtos. “Hoje os caminhões chegam a carregar meia carga, quando na verdade deveriam sair completamente cheios. Por isso, no futuro queremos compartilhar os armazéns entre os fabricantes concorrentes para evitar que isso continue acontecendo”, explica Lopera.

Saúde e bem estar do consumidor

Os Estados Unidos é um dos principais países preocupados com a obesidade. Por conta disso, as empresas pretendem realizar a formulação de todos os produtos e ao mesmo tempo educar o consumidor para que ele possa consumir apenas os alimentos que lhe façam bem.

Consumidor digital

É fato que cada vez mais esse tipo de consumidor se baseia na Internet para tomar suas decisões de compra. “As empresas tem que se adaptar a esse cliente, oferecendo mais informações e acessos, inclusive nos pontos de venda”, explica Lopera.
Após as apresentações do CEO’s da GS1, os convidados para a Conferência – os jornalistas Sonia Racy, Guilherme Barros e Ricardo Amorim – foram unânimes ao declarar que as novas tecnologias, associadas a essas tendências, precisarão ser implementas por todo tipo de empresa, desde as grandes até as locais. “Ou elas fazem isso, ou deixarão de existir nos próximos anos”, define Lopera.

Escrito por Elaine Medeiros – No Varejo

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