A ABF- Associação Brasileira de Franchising e a ECD, consultoria especializada em Food Service, divulgaram os resultados da pesquisa “Panorama Global das Franquias do Setor de Alimentação”, realizada durante os meses de maio e junho de 2011 com 46 redes de franquia, ou seja, 40% das que operam no mercado. O faturamento das redes participantes da pesquisa cresceu 16,8% em 2010 e alcançou um faturamento de R$ 9,2 bilhões, o que corresponde a 61% do faturamento do setor. A expectativa para esse ano é ainda maior. “As franquias de alimentação pesquisadas esperam crescer 18,6% em 2011”, afirma João Baptista Jr, coordenador do Grupo Setorial de Redes de Alimentação da ABF.
Segundo ele, esse número poderia ser ainda maior. “O setor enfrenta desafios muito grandes como a falta de mão de obra, a alta expressiva nos custos dos imóveis e problemas logísticos que atrapalham uma expansão maior”.
A pesquisa também aponta as expectativas do segmento para 2011 e os próximos dois anos (até 2013). “O objetivo da ABF é identificar as principais tendências e desafios para as franquias do segmento de Food Service, um dos mais representativos do sistema”, explica Ricardo Bomeny, presidente da ABF.
A amostra da pesquisa foi dividida em seis segmentos presentes no setor de redes de alimentação: comida asiática (5%), pizza/massas (8%), comida variada (29%); doceria (1%); snack/cafeteria (16%) e sanduíches (41%).
Presença das lojas por Estado em 2010
Também pôde ser verificado na amostra o crescimento do franchising em determinadas regiões, bem como perfil de cada mercado. O destaque vai para o Centro-Oeste, que tem uma presença de lojas superior às despesas com alimentação fora de casa, bem como o Nordeste, que é a região com maior abertura de novas lojas. “Constatou-se que essas regiões são as novas fronteiras de expansão do sistema de franquias”, afirma Enzo Donna, da ECD Food Service, coordenador da pesquisa.
A região Sudeste continua sendo a mais representativa para o setor, com 65,7% das lojas, que equivalem a participação na despesa de alimentação fora de casa. A tendência, segundo a pesquisa, é que para os próximos anos São Paulo e Rio de Janeiro diminuam o ritmo de abertura de novas lojas. “Já Minas Gerais ainda tem espaço para crescer”, aponta o consultor.
Donna ressalta a queda na participação do Sul (com 10,7% das lojas), que, apesar de representar uma grande parcela das despesas do brasileiro com alimentação fora do lar, possui uma limitação em relação ao crescimento do número de lojas. “O sistema de franquias deverá repensar o modelo de negócio para essa região”, afirmou.
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