Escrito por Tatiana Alcalde
Em um dos painéis do CONAREC 2011, Anna Convery, vice presidente mundial de marketing estratégico da Nice Systems, afirmou que entre os desafios das empresas estão: manter a competitividade, otimizar os custos, alcançar e manter a satisfação do cliente, conquistar e reter clientes, assegurar flexibilidade, e crescimento de receitas.
“Diante de tantas preocupações, como lidamos com tantos pontos de contato?”, questionou a executiva, que falou sobre a “Experiência multicanal do cliente: impactando a cada interação” no primeiro dia do Conarec (Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente). “Hoje temos mais produtos, mais pontos de contato e mais vontade de manter a satisfação do cliente. Mas como manter a satisfação em diferentes canais e com um atendimento preferencial?”.
Segundo Anna é como se existisse uma balança, de um lado está a oferta, o atendimento, a satisfação, a retenção e de outro, fatores como redução de custo e produtividade, entre outros. “Se a empresa consegue fazer a gestão em todos os canais e atender a esses desafios dispostos na balança, irá alcançar o equilíbrio”, afirmou. “Por um lado, melhorar a satisfação, e por outro, melhorar a questão do custo, é um ato de equilíbrio e que pode ser alcançado”.
O uso de multicanais de contato pela empresa oferece ao cliente a possibilidade de escolher por qual caminho irá interagir e lhe dá a sensação de comando sobre a relação com a empresa. “Mas como fazer com que o cliente sinta que ele tem o controle sobre como ele quer falar com a companhia sem encarecer a estrutura de canais de contato?”, comentou Anna. Para a executiva, oferecer canais em um nível acessível para o cliente e para a empresa, em termos de custos, é possível. E a primeira dimensão para encarar esse desafio é conhecer o cliente. “A empresa tem que saber captar dados oriundos de todos os canais e olhar de forma holística todas as oportunidades”, comentou.
Com os dados em mãos, é preciso analisar o comportamento do cliente em cada canal. “E nesse caso, deve-se pensar não só em termos de contact center, mas de empresa”. Ao avaliar o comportamento passado do cliente, é possível obter um histórico, observar tendências e entender o que o cliente quis ao interagir com a companhia. Além disso, segundo Anna, não pode-se perder de vista o que acontece no presente, em tempo real. “Isso contribui para mudanças necessárias”.
Como fazer da interação uma experiência relevante?
Ser tratado como indivíduo e não como uma transação. Este é o desejo do cliente nos dias atuais. Ele também quer ser tratado dentro de um contexto e ter a informação no momento em que precisa. Parece algo simples, mas como fazer da interação com a empresa uma experiência relevante?
Segundo Anna, há três aspectos fundamentais a considerar:
1. Capacidade de analisar e fazer gestão por meio das transações via multicanais. Neste caso, a tecnologia tem papel importante para que as informações sejam agrupadas, façam sentido e possam ser pesquisadas.
2. Pensar de forma diferente os indicadores de atendimento, ou seja, ir além dos indicadores atuais como volume de chamadas e resolução na primeira chamada. Segundo Anna, pesquisas indicaram que o grande indicador de satisfação a ser observado é se o cliente conseguiu interagir e obteve o que precisava no canal que escolheu usar para falar com a companhia.
3. Impacto e gestão de processos de negócios. Em outras palavras “o que mais posso descobrir e perceber que pode ser feito para implantar melhorias?”. “A empresa produzirá um trabalho acadêmico se não usar as informações para agir, para mudar processos e comportamentos”, criticou. “Se não há planos de usar os dados de forma prática, não haverá melhoria na satisfação, na competitividade e nem na redução de custos”, finalizou.
Fonte: B2B Magazine
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