Teve início ontem, 24, o 18º Fórum de Varejo da América
Latina, que faz parte do Latam Retail Show. O Latam é um evento que engloba
cinco congressos de referência para o varejo brasileiro e da América Latina. O
objetivo do 18 ° Fórum é promover a discussão de temas relevantes para o
mercado varejista, tais como tecnologia, estratégia, expansão, gestão de produto,
marketing e branding e gestão estratégica e de pessoas.
A abertura do evento contou com alguns dos maiores varejistas
do país de diversos segmentos do comércio: Flávio Rocha, da Riachuelo, Luiza
Helena, da Magazine Luiza, Artur
Grynbaum, do Boticário, Marcílio Pousada, da Raia Drogasil, Guilherme Loureiro,
do Walmart, Manuel Corrêa, da Telhanorte e Marcos Gouvêa de Souza, da GS&MD.
Com a moderação de Donny de Nuccio, do Globo News, o painel
discutiu o papel do varejo no desenvolvimento do país. A problemática girou em
torno de como as empresas estão reagindo diante da crise e quais estratégias
estão adotando para aproveitar o momento como uma oportunidade. Segundo Flávio
Rocha, a crise é um período de ajuste e o país vai sair dessa situação com um
Estado mais enxuto e mais eficiente. O empresário ressaltou que o varejo
evoluiu muito nos últimos anos, por deixar de coadjuvante da indústria e assumi
seu papel de protagonista.
A Magazine Luiza adquiriu mais lojas esse ano e conseguiu
reduzir custos de distribuição em cerca de 30% ao trabalhar e investir em toda
a cadeia. Segundo Luiza Helena, “foi essencial para nossa empresa conseguir
fazer mais com menos”. Já
o Boticário, no último ano, investiu mais de mais de um milhão de reais em
infraestrutura, com fábrica nova, novo laboratório para pesquisa, além de expandir
com novas marcas. O empresário Artur Grynbaum enxerga que o país passar por
problemas, mas recomenda: “ao invés de sair de seu negócio para reclamar, o
varejista deve voltar para dentro da loja e buscar formas de ser mais eficiente”.
Apesar
de medicamentos serem itens indispensáveis, o setor sobre o impacto da crise
nos produtos de higiene, beleza e cosméticos. O conselho de Marcílio Pousada, da
Raia Drogasil, é saber escolher a alocação do capital no momento da crise. Para
Guilherme Loureiro, do Walmart, é fácil perceber o comportamento do consumidor:
as pessoas estão voltando a comprar mais no início do mês e elas buscam por
preço baixo e promoções. Por isso, o empresário está se adaptando a esse novo
perfil de consumo.
O
setor de material de construção é muito competitivo e pulverizado, os maiores
players do mercado não possuem um grande market share. Por isso, Manuel Corrêa,
da Telhanorte,revela: “para os home centers, é cada vez mais difícil encontrar
espaço nas grandes cidades para inaugurar grandes lojas, então buscamos
construir lojas um pouco menores, para que possamos seguir crescendo e atender
ao consumidor mais perto de onde ele se encontra”. Já Marcos Gouvêa de Souza,
da GS&MD, enxerga que o problema da crise e da inflação não está somente no
consumidor, mas também nos funcionários. “Os vendedores se acostumaram com os
anos de crescimento e muitos não sabem como agir nesse contexto de mais pressão
e dificuldade de vender. Por isso, é preciso treiná-los para terem uma postura
crítica e refletir como podem contribuir e inovar para melhorar resultados”,
comenta.
Ao
longo do evento, também discutiu-se como conquistar o coração do consumidor. Para
isso, é preciso conhecer as suas necessidades, além de integrar no negócio o
melhor que existe no varejo físico e online: entrega rápida, devoluções
fáceis, experimentação, atendimento informativo, processo de compra fácil,
preço justo, variedade de produtos, informação e avaliações de especialistas,
comentários de outros consumidores.
Em síntese, confira dicas para conquistar o coração do cliente:
. Experiência de compra sem fronteira entre online e físico,
provendo informação em tempo real sobre o produto é sua disponibilidade.
. Equipe de atendimento que conheça o perfil do consumidor e
tenha acesso fácil às informações individualizadas do relacionamento da empresa
com cada consumidor.
No nosso ramo de atividade está bem complicado, as vendas cairam drasticamente nesse mês de agosto!
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