Afinal, sem a entrega dos produtos nas quantidades certas e dentro das especificações exigidas não tem como realizar uma boa venda. Quando se pensa em varejo fica inevitável não pensar na cadeia de suprimentos brasileira e nas dificuldades que ela encontra pelo caminho. Afinal, sem a entrega dos produtos nas quantidades certas e dentro das especificações exigidas não tem como realizar uma boa venda.
Por conta disso, Altamiro Borges, diretor-presidente da Consultoria ABGroup detalhou durante a palestra “Trabalhando Supply Chain como diferencial competitivo” alguns entraves pelos quais essa cadeia ainda passa. Um deles é a necessidade de trabalhar com um enfoque mais estratégico e operacional. “É preciso diminuir o ciclo de pedidos de forma conjunta, trabalhando as ineficiências de grandes estoques, realizando uma previsão de venda entre varejo e indústria que funcione, e evitar demandas desnecessárias e vendas perdidas”.
De acordo com eles esses fatores contribuem inclusive para uma comunicação mais lenta e um ciclo vicioso no varejo bastante comum. Ou seja, a cadeia de suprimentos precisa pensar com urgência sobre os problemas relacionados à demanda, estoque, produção e materiais. “Ainda vivemos a fase em que alguns varejistas realizam negociações paralelas e acabam gerando sobra de coleções, ações, fretes extras e custos”, define Borges.
Como proposta de melhoria, ele cita por exemplo Berlim, que lida melhor com sua cadeia se suprimentos, ao ponto de possuir um planejamento elaborado até 2016. “Eles enxergam melhor o shopper, diferente do Brasil, no qual o consumidor mudou, mas a cadeia ainda trabalha e produz da mesma maneira”. Dentro desse projeto Borges ressalta inclusive a preocupação do país com sustentabilidade, sancionalização da distribuição e integração de toda a logística, do ponto de vista comercial, tributário, cultural e tecnológico.
“Enquanto isso no Brasil há muita reunião e pouca execução. Aqui os caminhões ainda circulam vazios em 50% do trajeto. Não há uma comunicação entre as áreas. É preciso pensar na redução de custos, emissão de gás carbônico, simplificação da infraestrutura e melhoria no transporte”, conclui.
Diante de um cenário como este, qual a principal lição de casa que fica para o varejo? “Fazer o básico funcionar. Ter o produto certo, na quantidade certa, no lugar adequado, com o menor custo possível, melhorando o relacionamento com o fornecedor e o plano de negócios da cadeia”, complementa o diretor.
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